Em fevereiro de 2021, Jeff Bezos anunciou que em agosto do mesmo ano deixaria o cargo de CEO da Amazon. No dia 15 de abril, o empresário publicou a sua última carta aos acionistas como diretor executivo da empresa.
A carta escrita por Bezos é realmente longa e conta parte da trajetória da Amazon no início e projeções para o futuro. Nesse artigo, veremos:
Em fevereiro de 2021, Jeff Bezos anunciou que deixaria o cargo de CEO da Amazon em agosto. Na ocasião, ele também informou que o cargo seria repassado a Andy Jassy, atual CEO da Amazon Web Services (AWS).
Bezos já havia tomado a decisão ainda em 2020, mas a oficializou apenas nesse ano. Ele ainda afirmou que a decisão lhe possibilitaria se dedicar a outras paixões que ele cultiva além da Amazon.
Apesar de ainda ser CEO da Amazon, Jeff Bezos escreveu a sua última carta ocupando o cargo. Nela, o empresário fez muito mais do que apenas informar aos acionistas sobre a sua decisão. Ele também deu conselhos a todos aqueles que, de alguma maneira, o acompanharam em toda a sua trajetória.
No documento, Bezos falou sobre criar inovação, os objetivos da Amazon em se tornar referência no bem-estar de funcionários, mudanças climáticas e sobre como o mundo tenta puxar todos nós para a mediocridade.
Você pode conferir a carta na íntegra aqui, mas elaboramos um resumo de cada ponto da carta e você pode conferi-lo logo abaixo:
Jeff Bezos afirma que se você quer ter sucesso na sua vida, você precisa criar mais do que consome, especialmente se você é empresário. Ou seja, foque em criar valor para as outras pessoas, do contrário, mesmo que seu produto seja bom, ele não irá durar muito tempo no mercado.
Você precisa criar valor para todos os envolvidos com a sua empresa. Bezos cita o quanto de valor a Amazon criou para seus acionistas a partir do lucro da empresa em 2020: US $21,3 bilhões.
Mas ele não se limita apenas ao valor gerado aos seus acionistas. Ele ainda cita o quanto de salários e bonificações (que é o valor criado por uma empresa aos seus funcionários) foram pagos aos colaboradores no mesmo ano, na faixa dos 91 bilhões de dólares.
Quanto a vendedores externos à Amazon, mas que utilizam a plataforma para comercializar os seus produtos, seus lucros podem somar algo entre 25 e 39 bilhões.
Chegando nos clientes, os principais stakeholders de uma empresa, Bezos cita que um dos maiores valores gerados pela Amazon é o tempo.
Segundo ele, metade das compras feitas na plataforma levam menos de 15 minutos, enquanto que uma tradicional ida a uma loja física leva, em média, 1 hora. Isso possibilita aos clientes da Amazon uma economia de até 75 horas por ano.
Ou seja, a Amazon cria valor para todos os que estão envolvidos com ela. Para Bezos, sua empresa não joga um jogo de soma zero, mas sim de criação de valor.
Toda essa cadeia de valor criada pela Amazon mostra que ela está muito preocupada em criar soluções para atender os seus stakeholders. Isto é, ela é uma empresa que pensa muito mais em criar do que consumir. Para Bezos, a criação de valor é uma grande métrica para a inovação.
Bezos tem orgulho da Amazon ser um lugar que não deu oportunidade apenas a grandes cientistas da computação ou pessoas com grandes diplomas, mas também gerou emprego para pessoas que não tiveram essa oportunidade.
Porém, ele almeja que a Amazon não seja apenas a empresa mais centrada no cliente em todo o mundo, mas que também seja a empresa mais centrada nos seus funcionários.
Ele ainda cita um dos programas criados pela empresa nesse sentido: o programa WorkingWell, que treina pessoas sobre mecânica corporal, bem-estar proativo e segurança. O objetivo desse programa é reduzir o número de lesões causadas por movimentos repetitivos, algo muito comum em novos colaboradores na Amazon.
O atual CEO da Amazon afirma que a década de 2030 será definitiva para a saúde do planeta e que a economia precisará mudar muito até lá. Para isso, sua empresa planeja estar no centro dessas mudanças, incentivando outras gigantes a adotarem novas práticas.
Nesse sentido, em 2019 a Amazon lançou o Climate Pledge e o Global Optimism, programas para impulsionar as boas práticas ambientais entre as empresas.
Hoje, menos de 2 anos após o início desses programas, 53 empresas já aderiram a ideia de alcançar carbono líquido zero em seus negócios mundiais até 2040. Dentre essas essas empresas estão grandes nomes como IBM, Microsoft, Mercedes-Benz e Siemens.
Não, você não caiu em um livro de autoajuda sem querer. Esse é o último conselho que Jeff Bezos deixou em sua última carta como CEO da Amazon.
Quanto esforço é necessário para manter aquilo que te diferencia das outras pessoas ou empresas?
Apesar de aprendermos desde cedo que precisamos ser únicos, ser nós mesmos, isso ainda demanda um grande esforço, pois o mundo em nossa volta tentará nos fazer normais para que entremos todos em equilíbrio.
Porém, segundo Bezos, o equilíbrio nem sempre é bom. Por exemplo, a democracia não é algo historicamente natural da nossa sociedade, mas sim a tirania. Se parássemos de nos esforçar para manter a democracia, nossas sociedades rapidamente entrariam em equilíbrio novamente com tiranos.
Portanto, o último conselho que Bezos dá em sua carta é que vale a pena ser único, apesar do grande esforço demandado para desenvolver e manter aquilo que te diferencia.
Grad. em Engenharia Elétrica na Universidade Federal de Santa Maria. Participou do Movimento Empresa Júnior atuando em consultorias, gerenciamento de equipes e no setor de marketing pela ITEP Jr. Bolsista de iniciação científica na área de eficiência energética. Possui formação em Excel avançado, Gerenciamento de Projetos, Fundamentos de Scrum, Produção de conteúdo, Marketing de conteúdo, Copywriting e Revisão de conteúdo. Especialista na produção de conteúdo na área de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Voitto.
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