As boas práticas de fabricação (BPF), que também são conhecidas pelo o seu nome em inglês, Good Manufacturing Practices (GMP), consistem em um conjunto de regras que visam garantir a qualidade nos procedimentos operacionais na produção de produtos.
Essas boas práticas vão desde os processos de produção destinados para as indústrias médicas, até as farmacêuticas e de alimentos.
A BPF é concebida para reduzir as falhas relacionadas em qualquer produção incapaz de ser eliminada via o teste do produto final.
Nesse artigo nós abordaremos os seguintes tópicos:
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As Boas Práticas de Fabricação (BPF) compreendem Processos Operacionais Padronizados (POP) que podem interferir no resultado do produto acabado.
A BPF apresenta regras exigindo que os procedimentos devam estar consistentes em cada fase do processo de fabricação.
As Good Manufacturing Practices (BMP) surgiram no ano de 1992. Elas foram originadas inicialmente como uma diretriz para os regulamentos técnicos no segmento de produtos biológicos e de farmácias.
Hoje em dia esse conjunto de práticas são utilizadas por vários países, incluindo as Filipinas, a China, a Austrália, bem como boa parte da América e Europa.
Ela é importante porque regulariza todos os aspectos da produção, que vão desde os materiais de partida, as instalações e equipamentos utilizados, inclusive o treinamento e a higiene pessoal dos colaboradores.
Nos EUA, por exemplo, elas são regulamentadas pela FDA, que é a sigla para Federal Drugs Administration. Já no Brasil é responsabilidade da Agência Brasileira de Vigilância Sanitária, a ANVISA, regulamentar as Boas Práticas de Fabricação.
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A BPF apresenta ao todo dez diretrizes. O intuito dela é minimizar os riscos na fabricação de produtos.
Tais riscos consistem em contaminação cruzada e problemas na produção, especialmente na indústria de alimentos e farmacêutica.
Nesse caso, confira abaixo com mais detalhes as dez diretrizes das Boas Práticas de Fabricação:
Os bons procedimentos escritos devidamente apresentados podem auxiliar os trabalhadores a realizarem o seu trabalho de maneira mais segura e correta. Sendo assim, os procedimentos operacionais devem ser claramente determinados e analisados de forma consistente.
Uma ferramenta que pode auxiliar nessa diretriz é a metodologia do Design para Manufatura e Montagem (DFMA).
O acompanhamento dos procedimentos escritos, a validação do sistema e a avaliação do desempenho dos funcionários é a segunda diretriz.
É nessa etapa que a qualidade deve ser analisada.
Elaborar uma descrição detalhada de cargo para cada trabalhador impede problemas de comunicação e diminui o risco de atingir baixos índices de qualidade do produto.
As descrições de trabalho devidamente estipuladas permitem que todos devam estar aptos a realizar tarefas pré-determinadas. Além disso, acúmulos de responsabilidades podem ser evitadas.
Assegurar uma boa manutenção dos registros possibilita um rastreamento de todas as atividades efetuadas nos procedimentos operacionais. Sendo assim, fica mais fácil documentar problemas, não conformidade, reclamações e outros detalhes referentes aos processos.
Todos os detalhes envolvidos em equipamentos e instalações devem estar adequados. Eles devem estar alinhados com o os valores e a missão da empresa com o intuito de atingir produtos de qualidade e garantir a segurança dos funcionários.
Todos os funcionários necessitam de treino para atuarem de maneira correta nas suas respectivas funções. Portanto, é necessário analisar as competências dos colaboradores e capacitá-los para o trabalho.
É importante sempre levar em consideração os detalhes relacionados à higiene dos funcionários e dos locais de trabalho.
Instalações bem organizadas e as inspeções frequentes de equipamentos são fundamentais para assegurar que os materiais estejam sempre em dia, ou detectar quais deles necessitam de conserto ou substituição.
As inspeções também ajudam a controlar as preocupações de segurança e a evitar a ocorrência de acidentes que podem ferir os colaboradores.
É fundamental avaliar a qualidade dos materiais antes de utilizá-los para produção. Da mesma forma, se certificar de que os materiais sejam aprovados e obedeçam às determinações dos fabricantes.
Além disso, todos os itens que foram deixados de lado devem ser guardados em uma área devidamente protegida.
As listas de verificação de auditoria do BPF auxiliam as empresas a determinar as diretrizes de boas práticas estipuladas pelas autoridades reguladoras.
Pelo fato da exigência das verificações de listas, é possível encontrar procedimentos que não estão de acordo com as exigências e com isso adotar medidas imediatas para a correção das áreas para melhoria.
Adotar as Boas Práticas de Fabricação melhoram a qualidade da empresa e a tornam mais competitiva no mercado. Além disso, garante também a padronização da cadeia produtiva, trazendo mais higiene e segurança.
Para iniciar a adoção da BPF na empresa, é preciso efetuar algumas ações básicas. Vamos ver quais são?
Pode ser feito por meio de um checklist para avaliar as condições de higiene. Ele auxilia na hora de tomar as decisões mais adequadas e traz uma visão mais abrangente dos seus procedimentos.
O manual deve ser criado por profissionais devidamente treinados na regulação da qualidade dos alimentos.
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Thiago é engenheiro de produção, pós-graduado em estatística e mestre em administração pela UFJF. Especialista Black Belt em Lean Six Sigma, trabalhou na Votorantim Metais e MRS Logística, onde foi gestor e especialista em melhoria contínua. Com certificações MOS® e Auditor Lead Assessor ISO 9001, atuou em projetos de consultoria e ministrou treinamentos e palestras em congressos como ENEGEP e Six Sigma Brasil. Professor nas áreas de Gestão e Empreendedorismo, é fundador do Grupo Voitto e mentor de empresas, dedicando-se à liderança executiva da Voitto, com a visão de torná-la a maior escola online de gestão do Brasil.
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