Muitas empresas compreendem que o segredo do sucesso é saber trabalhar com os seus dados, e a partir de um estudo analítico desses dados, é possível traçar estratégias, planos de ação e tomadas de decisões mais assertivas.
Você deve ter percebido como o Mercado de Data Science está quente! Cada vez mais as empresas estão requisitando profissionais qualificados para trabalhar com seus dados e garantir melhores resultados, afinal “Data is the new oil” (“Dados são o novo petróleo”), frase dita por Clive Humby, um cientista de dados britânico.
E de fato, os dados são as novas riquezas para as empresas. Saber trabalhar com os dados garante vantagem competitiva e alavanca resultados.
E é aí que a metodologia CRISP DM entra em ação; uma abordagem extremamente eficiente utilizada por especialistas na resolução de problemas e projetos envolvendo dados.
A seguir, você aprenderá o que é, os estágios da metodologia e qual a importância do CRISP DM a partir dos seguintes tópicos:
Curioso? Continue a leitura!
CRISP DM significa Cross Industry Standard Process for Data Mining, traduzindo para o português significa Processo Padrão Inter-Indústrias para Mineração de Dados. O CRISP DM é uma metodologia ágil que fornece uma abordagem estruturada e robusta para o planejamento de projetos envolvendo Machine Learning, mineração e análise de dados.
Foi criada em 1996 pela IBM (International Business Machines). O objetivo principal foi ter uma metodologia voltada para projetos que envolviam dados. Haviam muitas na época, mas todas deixavam a desejar quando se tratava do processamento e análise de um grande volume de dados.
CRISP DM parte de princípios envolvendo agilidade, entrega incremental, técnicas de concepção e validação de estratégias para projetos.
O CRISP DM funciona como um processo cíclico, pois quando o projeto envolve muitos dados, informações e variáveis, não é possível ter a percepção completa do que irá ocorrer no final do projeto; portanto, é necessário um processo que faça explorações etapa a etapa e que seja capaz de retornar aos estágios anteriores sempre que necessário.
Na imagem a seguir, você será capaz de perceber o como funciona o ciclo de vida do projeto com a metodologia. Observe as linhas que interligam os estágios, elas indicam as dependências mais frequentes e importantes entre as etapas.
O principal diferencial do CRISP em relação às outras metodologias está justamente na “conversa” que os estágios têm entre si. Por exemplo, se durante o estágio de Modeling (modelagem), o analista de dados perceber que os dados presentes não são suficientes para resolver o problema, a equipe pode retornar ao estágio de Data Preparation (preparação de dados) e selecionar novas variáveis a serem trabalhadas, de tal forma que não seja necessário retornar ao estágio inicial do processo.
Como dito anteriormente, o CRISP DM é uma metodologia muito útil para projetos que envolvem análise de dados. Mas você pode usá-lo combinada à metodologia ágil SCRUM.
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O primeiro passo para resolver um problema é entender e ter uma visão geral sobre ele. Para isso, destrinchar e analisar a situação é fundamental! Com a Planilha de Definição de um Problema você poderá observar os aspectos que geram e agravam o problema, além de ter uma visão sistêmica ao definir o nível de gravidade dele.
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Os estágios do CRISP DM são seis:
Esses estágios garantem a performance do método. A seguir vamos destrinchar cada um dos estágios.
1. Entendendo o negócio
Nesse estágio será realizado um estudo do projeto ou negócio (business understanding), atendendo os objetivos e interesses do cliente. Será necessário descobrir possíveis impedimentos e fatores que podem impactar no resultado final do projeto.
Nessa etapa é importante definir com clareza os objetivos, as metas, possíveis impedimentos e riscos, as aplicações para o produto a ser desenvolvido, além de custos, terminologia e os critérios de sucesso empresarial.
Também é importante verificar os recursos que a empresa tem: ferramentas, softwares, banco de dados e etc. E assim, se iniciam os planos de ação.
2. Entendendo os dados
O próximo estágio é sobre o entendimento dos dados (data understanding). Envolve a coleta, exploração e mineração dos dados. Esse estágio é extremamente importante para que haja a familiarização com os dados, garantindo fidedignidade, qualidade e relevância. Uma vez que haja compreensão dos dados, a modelagem se torna muito mais fácil.
É importante verificar se esses dados irão suprir as necessidades que o projeto demanda, ou seja, se estão corretos, coerentes e coesos. Após a coleta dos dados, pode ser interessante fazer relatórios descritivos deles.
3. Preparando os dados
A preparação dos dados (data preparation) envolve a escolha correta de quais dados serão usados. Dados de entradas ruins resultam em dados de saídas ruins; portanto é importante dar como entrada os dados corretos.
Portanto, essa etapa inclui os seguintes passos:
4. Modelagem
Modelagem (Modeling) envolve técnicas e algoritmos, muitas vezes algoritmos de classificação, — como árvore de decisão, redes neurais e regressão logística — no âmbito de Machine Learning. Esse estágio fica em loop com o estágio de preparação dos dados.
Pode ser interessante separar os dados em dois conjuntos: um de treino e outro de teste. No de treino serão gerados os modelos, e no de teste será a parte de validação do modelo.
Nesse estágio, a equipe irá selecionar o algoritmo, definir planos de testes para validação, construir o modelo e avaliar essa modelagem.
5. Avaliação
O estágio da Avaliação (Evaluation) irá avaliar a qualidade, fidedignidade e segurança dos resultados obtidos da etapa de Modelagem. Nessa etapa é necessário fazer uma revisão de todo o processo, levando em consideração os objetivos iniciais do primeiro estágio, de tal forma que os modelos propostos consigam atender os objetivos pré definidos.
É bem comum nesse estágio identificar novas necessidades no projeto - uma vez que durante todo o processo, novos padrões de dados são reconhecidos. Por esse motivo, o método propõe retornar ao estágio inicial.
Na etapa de avaliação será definido os próximos passos, envolvendo as possíveis ações e decisões a serem tomadas.
6. Implantação
Na etapa de implantação se inicia o processo de desenvolvimento dos modelos criados e avaliados nas etapas anteriores. Vale ressaltar que essa etapa só é possível quando atingimos com sucesso todos os objetivos das etapas anteriores.
Essa etapa é o momento de colocar os modelos em produção. Você pode implantar em uma pipeline ou em serviços de cloud computing.
Os objetivos dessa etapa são os seguintes:
Como vantagens da metodologia CRISP DM, podemos citar:
Uma cultura orientada a dados é o que chamamos de Data Driven — cultura e gestão empresarial que utiliza os dados como elementos principais na tomada de decisão. Seu objetivo é validar planos de ação levando em consideração os dados produzidos.
Neste artigo você aprendeu como o CRISP DM funciona para projetos que envolvem análise de dados, facilitando a tomada de decisões e trazendo uma grande vantagem competitiva no mercado.
Uma vez que a qualidade da análise de dados está garantida com a metodologia apresentada nesse artigo, você precisa garantir que os dados irão fornecer insights preciosos quando sua empresa almejar um resultado específico.
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Grad. em Engenharia Elétrica com ênfase em Telecomunicações pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
Possui curso técnico em Eletromecânica pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas (IFET).
Bolsista de Iniciação Científica na UFJF. Possui certificação em Growth Hacking, White Belt em Lean Seis Sigma e Agile Scrum.
Atua no Grupo Voitto na área de Pesquisa & Desenvolvimento, apaixonada por falar de Tecnologia e Inovação de forma democrática e acessível. Acredita que compartilhar conhecimento é a maneira mais eficaz de mudar o mundo.
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