Infelizmente, vivemos em meio a uma pandemia que parece não ter fim. Quando finalmente a humanidade consegue criar uma vacina, o vírus da Covid-19 sofre uma mutação e a eficiência do que foi produzido fica comprometida.
Mas e se eu te disser que existem empresas que estão estudando formas de criar uma vacina eficiente contra todas as variantes do coronavírus? Vamos dar uma olhada?
Neste artigo, veremos:
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o coronavírus não é apenas o vírus da Covid-19 em si, mas sim uma família de vírus. Seu nome se deve ao fato do seu formato se assemelhar ao de uma coroa.
O primeiro componente dessa família viral foi encontrado em 1960 e de lá para cá já aconteceram algumas epidemias causadas por ela. A mais famosa foi a epidemia da China, em 2002, que infectou mais de 8 mil pessoas ao redor do mundo, dentre as quais 774 acabaram perdendo a vida.
A vacina para o coronavírus até chegou a ser estudada durante essa epidemia de 2002, mas seu desenvolvimento foi cancelado, pois o surto foi controlado e o vírus parou de circular.
10 anos depois, em 2012, um novo surto de coronavírus surgiu: o da Mers-Cov, que gerou a síndrome respiratória do Oriente Médio. Nessa ocasião, o vírus foi transmitido aos seres humanos através de camelos.
Apesar de os vírus da família coronavírus terem sido os responsáveis por essas duas grandes epidemias, eles também são responsáveis por boa parte das gripes “comuns” que temos. Ou seja, são microorganismos que normalmente não causam grandes danos aos seres humanos.
O grande problema é que esses vírus têm grande capacidade de mutação, o que pode deixá-los muito perigosos para os organismos dos seres humanos ou até mesmo aumentar a capacidade de transmissão do agente patológico.
O vírus que temos atualmente espalhado por todo o mundo e que mudou completamente as relações no nosso planeta é o Covid-19, uma das muitas variantes dos coronavírus.
Como estamos presenciando atualmente, uma pandemia de uma variante do coronavírus é capaz de mudar completamente a dinâmica do nosso mundo e, principalmente, afetar a vida das pessoas (desde a emocional até a profissional).
Diante desse cenário, algumas empresas assumiram uma missão muito “ousada”: desenvolver uma vacina capaz de proteger os seres humanos contra qualquer variante do coronavírus e, assim, evitar novas epidemias ou pandemias.
Uma dessas empresas é a VBI Vaccines, uma pequena biotech focada em desenvolver vacinas para doenças infecciosas e câncer.
O grande empecilho dessa empresa são os seus pequenos recursos financeiros, que acabam impedindo-a de competir com os grandes players do mercado. Para contornar isso, a empresa de biotecnologia teve que buscar aportes financeiros.
A ideia começou a ser concretizada em março, quando a VBI firmou uma parceria com a CEPI, uma organização filantrópica que busca financiar projetos que visem impedir pandemias.
A parceria tem como foco desenvolver essa vacina capaz de combater a Covid-19, suas variantes e todos os vírus da família coronavírus.
O projeto está indo muito bem e a previsão é que no segundo semestre já tenhamos alguns testes clínicos da vacina em desenvolvimento.
Caso ela funcione, há uma grande chance de ser a substituta das vacinas que já estão no mercado, uma vez que as atuais apresentam grande ineficiência contra as variantes encontradas no Brasil e na África do Sul.
A ideia da vacina é simples, embora sua execução seja complicada. O intuito é que ela “treine” nosso sistema imunológico para resistir a pontos que todos os coronavírus têm em comum: seus espinhos de proteína que são usados para adentrar outras células.
O objetivo da vacina não é treinar o sistema imunológico contra um tipo específico de vírus com um tipo específico de espinho, mas sim contra qualquer vírus que se assemelhe a um determinado formato.
A ideia já foi testada em alguns animais que nunca entraram em contato com uma determinada variante do vírus. Eles foram imunizados e então colocados em contato com o coronavírus completamente novo e o resultado obtido foi que o sistema imunológico desses animais respondeu da maneira esperada.
Outras empresas também trabalham em uma vacina capaz de combater todos os coronavírus. Uma delas é a Gritstone, empresa de Emeryville, na Califórnia, que está trabalhando em vacinas que reforcem as células-T, responsáveis pelo nosso sistema imunológico.
Já a Entos Pharmaceuticals, do Canadá, está trabalhando em uma vacina universal baseada em DNA para combater o vírus.
Na França, a Osivax tenta produzir uma vacina focada em reconhecer o capsídeo viral, que a empresa espera que tenha uma taxa de mutação menor que os espinhos de proteína.
A CEPI, que já financiou o projeto da VBI, informou que está oferecendo mais de 200 milhões de dólares como ajuda para empresas que estejam desenvolvendo uma vacina contra todos os coronavírus.
Independentemente de quem ganhar essa corrida das vacinas, o maior vencedor dela será a humanidade, que poderá retomar a sua vida sem medo de contrair o vírus.
Grad. em Engenharia Elétrica na Universidade Federal de Santa Maria. Participou do Movimento Empresa Júnior atuando em consultorias, gerenciamento de equipes e no setor de marketing pela ITEP Jr. Bolsista de iniciação científica na área de eficiência energética. Possui formação em Excel avançado, Gerenciamento de Projetos, Fundamentos de Scrum, Produção de conteúdo, Marketing de conteúdo, Copywriting e Revisão de conteúdo. Especialista na produção de conteúdo na área de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Voitto.
Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade.
Respeitamos sua privacidade e nunca enviaremos spam!