No dia 26 de maio, Joe Biden exigiu respostas sobre a possível origem em laboratório do coronavírus nos próximos 90 dias. A atitude coloca em xeque a credibilidade dos estudos feitos pela OMS, que afirmou que as chances de o vírus ser consequência de um erro laboratorial são muito baixas.
Além disso, o pedido do presidente norte americano também causou incômodos entre representantes chineses. Para entender melhor o que aconteceu, abordaremos os seguintes pontos:
Apesar de em fevereiro de 2021 a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter feito uma investigação em solo chinês e constatado que o vírus provavelmente não foi criado em laboratório, os Estados Unidos parecem não estar convencidos do resultado.
Nesta semana, Joe Biden, atual presidente americano, exigiu que o serviço de inteligência americano volte a investigar a origem do vírus Sars-Cov-2 e retorne um relatório em até 90 dias.
Segundo o presidente, os Estados Unidos irão trabalhar com seus parceiros para pressionar a China a fazer uma investigação completa e transparente sobre o caso.
Possivelmente a volta da discussão desse tema tenha a ver com a notícia de que pelo menos três cientistas do instituto de virologia da cidade de Wuhan apresentaram sintomas da covid-19 ainda em novembro de 2019, antes do primeiro caso registrado.
O Ministério do Exterior Chinês negou a existência desses casos.
Segundo o estudo da OMS, é possível (ou provável) que a origem tenha sido contágio direto de animal para humano e que é extremamente improvável que ele tenha sido originado em laboratório. Mas o resultado ainda gera algumas dúvidas.
As desconfianças com relação à origem laboratorial do vírus Sars-Cov-2 se dão principalmente por conta da existência do Instituto de Virologia de Wuhan, laboratório situado na cidade onde a epidemia teve seu início e que trabalha com esse tipo de agente patológico e uma série de outros vírus.
Apesar de a ideia do vírus ter sido criado em laboratório não ter sido completamente descartada, a hipótese mais aceita no momento é a de que o vírus teve sua origem em outros animais e foi repassada aos humanos.
A OMS no início de 2021 realizou estudos na China para descobrir se o vírus tem origem animal. Apesar de a organização não ter estudado sobre a possibilidade do vírus ter sido criado em laboratório, ela afirmou que as chances disso ter ocorrido são remotas.
No dia 27 de maio, os Estados Unidos também pediram para que a OMS conduza uma nova fase do estudo sobre a origem do vírus Sars-Cov-2, pois julga que os resultados obtidos no estudo do começo do ano são insuficientes e inconclusivos.
A tese mais aceita até o momento é que o vírus se originou em um mercado de Wuhan onde são comercializados diversos tipos de animais.
De qualquer forma, ainda não existem provas concretas da origem do vírus que assola o mundo todo atualmente. Independentemente do lugar de onde o novo coronavírus veio, precisamos tomar cuidado com ele, uma vez que os hospitais brasileiros vêm sofrendo muito com o alto número de pessoas contaminadas.
Se de um lado temos Biden pedindo novas investigações e criticando a que já foi feita (a equipe que investigou o caso não teve total liberdade, sendo auxiliada por profissionais chineses que, inicialmente, foram contra a ação), do outro temos a China criticando abertamente a atitude americana.
Para Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, os Estados Unidos não estão se importando com fatos e verdades, além de ser algo extremamente desrespeitoso com a ciência.
Ele ainda questionou os mais de 200 laboratórios biológicos dos Estados Unidos espalhados por todo o mundo, sugerindo que podem haver muitos segredos escondidos neles.
Fato é que, embora ainda não se saiba com certeza qual é a fonte inicial do vírus, a exigência de Biden gerou dúvidas quanto aos estudos da OMS e certamente estremeceu suas relações diplomáticas com a China. Teremos que aguardar mais algum tempo até sair um laudo conclusivo (se isso for possível) sobre a origem do vírus Sars-Cov-2, que mudou o mundo com a pandemia de covid-19.
Grad. em Engenharia Elétrica na Universidade Federal de Santa Maria. Participou do Movimento Empresa Júnior atuando em consultorias, gerenciamento de equipes e no setor de marketing pela ITEP Jr. Bolsista de iniciação científica na área de eficiência energética. Possui formação em Excel avançado, Gerenciamento de Projetos, Fundamentos de Scrum, Produção de conteúdo, Marketing de conteúdo, Copywriting e Revisão de conteúdo. Especialista na produção de conteúdo na área de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Voitto.
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