Participar do programa Gestão 4.0 foi uma oportunidade única de aprender práticas de gestão que grandes empresas utilizam para melhorar seus resultados.
Foram 3 dias em uma imersão de conteúdo prático e mentorias com Tallis Gomes (fundador da Easy Taxi), Alfredo Soares (fundador da XTECH COMMERCE) e Bruno Nardon (presidente e sócio-fundador da Rappi Brasil).
Conhecer esses grandes empreendedores que superaram desafios e conquistaram bons resultados é algo inspirador e, certamente, o compartilhamento dessas experiências encurta a nossa curva de aprendizado e faz com que a gente aumente o nosso potencial enquanto empreendedores.
Neste artigo irei trazer os conhecimentos adquiridos sobre gestão 4.0, em uma das palestras de Tallis Gomes, na qual ele tratou de frameworks para tomadas de decisão, comentou sobre as ferramentas que as melhores empresas do mundo utilizam para gerir seus colaboradores e seus resultados, e também explicou como conduzir um processo de contratação e construção de um produto.
Tallis gomes começou a sua apresentação falando sobre:
Apresentou uma comparação entre as empresas que compunham o ranking da Fortune em 2001 e as que compõem hoje, em 2019, enfatizando a mudança significativa que ocorreu no perfil dessas organizações ao longo dos anos.
No início do século, as organizações que eram conhecidas, ou reconhecidas como as mais ricas do mundo, eram as que tinham um alto investimento em recursos para construção e transformação de matéria-prima em produtos.
Por outro lado, no cenário atual, a gente observa que as empresas que estão entre as mais valiosas do mundo são empresas com modelos de negócios disruptivos, escorados na prestação de serviço e soluções de tecnologia intensa.
Dentro dessas alterações que ocorreram no cenário empresarial, Tallis Gomes ressalta a mudança no volume dos times dentro das organizações.
E para mostrar isso, ele apresentou uma pesquisa do estudioso Richard Hackman (Ex-professor da Harvard), em que ele mostra que a eficiência dos times diminui à medida que eles aumentam, e que um líder tem uma quantidade ideal de pessoas para gerenciar, que é entre 6 e 7 pessoas.
Para reforçar ainda mais essa questão dos times, Tallis Gomes traz um conceito instituído por Jeff Bezos (presidente e CEO da Amazon), o qual ele chama de “Equipes 2 pizzas”, que diz:
“Se uma equipe não pode ser alimentada por 2 pizzas, ela é grande demais para discutir ideias”.
Além de melhorar gerenciamento e a produtividade da equipe, Tallis também ressalta a melhoria no one-to-one semanal, que é um momento único, em que gestor e colaborador alinham expectativas e entregas, mostram o desempenho da semana anterior, as atividades que serão realizadas na semana seguinte e como o gestor ou líder pode ajudar a fazer com que as metas e os resultados sejam alcançados.
Após aprender o tamanho ideal de uma equipe, Tallis Gomes fala sobre outro tópico de extrema importância, que é o pilar de pessoas.
Nesse momento ele explica como grandes empresas de tecnologia criam mecanismos de atração e retenção de talentos.
Tallis cita o que ele chama de Rex para encontrar o triple A, ou seja, o profissional que é AAA, de altíssima performance.
Ele comenta que uma maneira de atrair esses profissionais é através de palestras em universidades, de artigos de geração de conteúdo em plataformas como Medium e Linkedln.
Além disso, o Linkedln também deve ser usado como ferramenta de identificação, de investigação e de procura, é claro, como um bom serviço de PR Public relationship, ou assessoria de imprensa, para que você ou a sua empresa ganhem notoriedade na mídia, se tornando alvo e desejo por parte das pessoas que estão em busca de oportunidades de contratação.
O primeiro ponto está na condução da entrevista, pois esse é o primeiro contato do candidato com a empresa. Devido a isso, é ressaltada na palestra a importância do gestor de Recursos Humanos ou até mesmo do CEO participar do processo de atração e de seleção de pessoas para sua empresa.
Tallis Gomes diz que uma entrevista deve ser conduzida como um processo de conquista e relacionamento, um verdadeiro date.
Então esse é o momento de gerar a primeira impressão positiva e despertar a atração das pessoas para trabalhar com você.
Durante esse processo de conquista, aproveite para avaliar quais são os hobbies do candidato, pois isso diz muito sobre as práticas, hábitos, rotinas e sobre a aderência cultural que ele pode vir a ter com a empresa, a qual é fundamental para sua retenção na mesma.
Outra sugestão, também dada para o momento da entrevista, é pedir aos candidatos para apresentarem uma opinião polêmica e defender a sua visão, e com isso observar o seu comportamento durante a sua fala.
Tallis aponta, em sua palestra, 4 características que são observadas no profissional AAA, que são: criatividade com inteligência, independência e comprometimento
Para exemplificar a identificação de um profissional AAA, ele apresenta a metodologia que o Google utiliza, que é feita a partir da avaliação de 4 competências, que são:
Então ao final da entrevista, analisando esses fatores, você irá conseguir saber se aquele é ou não um profissional AAA.
O primeiro recado é: esteja sempre entrevistando e buscando talentos, pois é dessa forma que irá encontrar profissionais que queiram trabalhar e gerar diferencial dentro da organização.
Uma outra coisa muito importante nesse processo de atração de pessoas é compartilhar com o time a responsabilidade de encontrar os profissionais AAA, afinal, gente boa traz gente boa.
Além disso, Tallis Gomes ressalta a importância de compartilhar com o time a decisão da entrada ou não de novas pessoas, pois isso aumenta a taxa de retenção e de aceitação da equipe com os novos integrantes.
Na sequência, Tallis Gomes falou sobre a construção de novos produtos, e ele começa comentando que a forma como se constrói um produto pode também ser aplicada na construção de qualquer tipo de serviço.
E para dar início ao assunto, Tallis Gomes apresenta o conceito clássico do MVP (Minimum Viable Product), que é um conceito de protótipo funcional importado do sistema Toyota de produção.
Para essa construção de produtos mínimos viáveis, Tallis Gomes deu um exemplo fantástico do Google, o qual utiliza uma metodologia que é ou pode ser operacionalizada e executada em uma semana, o Design Sprint, que é realizado a partir das seguintes etapas:
Em seguida, Tallis Gomes destaca algo muito interessante; ele diz: “Não existe nada que não possa ter um protótipo funcional em uma semana”.
Então, se é necessário mais de uma semana para executar determinado protótipo, significa que o mesmo está mais avançado do que deveria, com isso, é necessário diminuir esse produto mínimo viável de forma que a sua criação se encaixe em uma semana.
E quem deve participar desse processo de construção do produto? Tallis Gomes responde a este questionamento através de um conceito muito interessante chamado de working backwards approach, que vem da Amazon, e diz a respeito à inclusão do time de pesquisa e desenvolvimento na criação do produto.
A vantagem disso é que ninguém melhor do que o time que conhece o produto para contar suas dificuldades, propor soluções e apontar as questões principais que podem surgir durante a experiência do usuário.
Nesse momento também é citada uma máxima do mercado, que diz: “Se determinada solução tecnológica, ou determinado produto precisa de manual é porque ele não está bom”, ou seja, o produto deve ser tão simples quanto isso, para não precisar de um manual.
E surge o questionamento de como fazer um produto bom e simples de consumir. Jeff Bezos, da Amazon, diz que os seus processos iniciativos estão sempre no Beta, o always Beta, que significa que nós estamos sempre trabalhando para lançar a versão seguinte e, com isso, melhorar continuamente.
As empresas que crescem são obcecadas por entender e melhorar a experiência do usuário e, para que isso seja alcançado, é importante trabalhar quatro pilares:
E isso é muito importante, tanto que Bill Gates tem uma frase na qual ele fala que o seu melhor cliente é aquele que te odeia, porque é um cliente que vai poder te ensinar, além de trazer muitos insights do aprimoramento do seu processo.
Tallis Gomes, em sua palestra, fala também sobre a importância da construção de KPI’s, que são os indicadores-chave do processo.
Afinal de contas, como diz Vicente Falconi: “não se pode gerenciar o que não se mede e não se pode melhorar o que não se mede”.
Então KPI’s e indicadores de medições são críticos para que a gente possa realmente dar saltos de patamar no nosso processo.
Tallis relata 5 medições importantes que devem ser feitas, que são:
Tallis Gomes compartilha a experiência do Google com a implantação do OKR (objectives and key results), que é a forma como as empresas mais valiosas do mundo criam suas metas.
A construção do OKR é recomendada por um direcionamento de construção trimestral quarter, ou seja, fecha por trimestre.
Outro ponto importante, sobre o OKR, é definir 3 objetivos e 3 resultados-chave, em que os mesmos precisam ser sempre claros e metrificáveis.
Além disso, para ter um OKR com sucesso é importante que eles sejam bottom up, ou seja, com o envolvimento de toda a liderança, e é claro, que haja mensuração das entregas durante o processo.
Na sua apresentação, Tallis Gomes fala também sobre o processo de decisão, como tomar decisões mais assertivas dentro das empresas.
E para exemplificar ele cita a metodologia da Amazon, a qual direciona o processo de tomada de decisão para uma discussão livre, e a partir dela chega a uma decisão clara, e a mesma precisa ser aceita ou, como citado por Tallis Gomes, o commitment, ou seja, é necessário que todos se comprometam com a decisão final.
Então, esse é um processo para tomar decisões no qual todo mundo dá as opiniões, daí chega-se a um consenso, mesmo que ele não seja absoluto é importante que todos se comprometam com a decisão pensada de forma geral.
Finalizando a sua fala, Tallis Gomes comenta sobre os desafios da expansão internacional frente a Easy Taxi, e como ele conseguiu criar uma Startup que alcançou 30 países pelo mundo afora.
Tallis menciona os primeiros passos para uma escala Internacional, que são:
Tallis Gomes finaliza sua fala com a máxima: “feito é melhor que perfeito“, valorizando assim a importância da velocidade da ação e das tomadas de decisão frente ao mundo moderno e os Desafios de um gestor 4.0.
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Thiago é engenheiro de produção, pós-graduado em estatística e mestre em administração pela UFJF. Especialista Black Belt em Lean Six Sigma, trabalhou na Votorantim Metais e MRS Logística, onde foi gestor e especialista em melhoria contínua. Com certificações MOS® e Auditor Lead Assessor ISO 9001, atuou em projetos de consultoria e ministrou treinamentos e palestras em congressos como ENEGEP e Six Sigma Brasil. Professor nas áreas de Gestão e Empreendedorismo, é fundador do Grupo Voitto e mentor de empresas, dedicando-se à liderança executiva da Voitto, com a visão de torná-la a maior escola online de gestão do Brasil.
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