O Japão possui a décima maior população do mundo e está dentre as três maiores economias do globo.
Os casos de Covid-19 começaram a se espalhar no país em Janeiro de 2020. E, meses depois, enquanto o resto do mundo estava adotando medidas cada vez mais restritivas para conter o vírus, o Japão fez diferente.
A estratégia adotada foi chamada de “San Mitsu” e se tornou polêmica por atuar de maneira contrária ao que se esperava frente à pandemia.
Isso se deve ao fato de que, basicamente, a tática tem por objetivo aprender a conviver com o vírus, ao invés de instaurar confinamentos obrigatórios e multas.
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A estratégia San Mitsu é uma estratégia única adotada pelas autoridades japonesas para tentar controlar o vírus ao mesmo tempo em que tentava manter a economia do país estável.
Foi anunciada em maio de 2020 pelo então primeiro-ministro Shinzo Abe, que suspendeu o estado de emergência e declarou o novo estilo de vida. Assim, o vírus faria parte do cotidiano das pessoas.
As exigências se iniciavam baseadas no senso comum: uso de máscara, distanciamento social e higienização frequente. Mas, atividades coletivas como prática de esportes e lazer em bares e restaurantes poderiam acontecer.
As ressalvas nas práticas coletivas eram: não conversar alto, não gritar nos eventos esportivos e, novamente, manter distanciamento.
E, para manter a economia, houve também campanhas nacionais incentivando a população a se alimentar fora de casa e a viajar dentro do país, enquanto o resto do mundo estava em quarentena severa.
Segundo Hitoshi Oshitani, professor de virologia da Tohoku University School of Medicine, a decisão não se baseou apenas por razões políticas e de infraestrutura, mas sim no que havia conhecido do vírus até então.
Ainda de acordo com Oshitani, o vírus, provavelmente, não vai embora tão cedo, permanecendo entre nós por alguns anos. Dessa forma, precisamos aprender a conviver com com ele.
O papel dos pacientes assintomáticos foi a base da estratégia adotada pelo Japão. Desde fevereiro de 2020, a equipe de Oshitani já recomendava considerar que o vírus poderia ser transmitido por pessoas que estão aparentemente saudáveis.
Por conta da dificuldade de identificar o vírus nessas pessoas, o propósito não foi contê-lo, mas sim tentar suprimir as transmissões.
No início da pandemia, o evento ocorrido com o navio Diamond Princess no Japão fez com que os especialistas entendessem como o vírus funcionava, disse Oshitani:
"Sabíamos que a maioria dos infectados com o vírus, quase 80%, não o transmite para ninguém. Em vez disso, uma pequena proporção infecta muitos outros".
Então, o controle desses eventos de super contágio também foi a base da estratégia para conviver com o vírus. Assim, a transmissão não poderia ser contida, se a infecção por esses grupos também não fosse controlada.
Na primeira onda de casos de Covid-19 o Japão foi tido como referência devido a estratégia adotada poder evitar milhares de mortes sem confinamento.
Mas com a chegada do frio, em Novembro de 2020 o país começou a ter um aumento significativo de casos da doença, a pior onda de infecções desde o início da pandemia.
Então, em Janeiro de 2021 o Japão declarou um segundo estado de emergência, se estendendo até março. O alerta sanitário do país não inclui confinamento, mas incita a população a não realizar deslocamentos desnecessários.
A vacinação no país se iniciou em Fevereiro deste ano, mais de dois meses depois de países como Estados Unidos e Reino Unido. O governo japonês, então, disse que isso aconteceu porque o país foi cauteloso na aprovação da vacina.
O Japão tem uma das taxas mais baixas de confiança, por escândalos que remontam a 50 anos.
E você? O que acha da estratégia adotada pelo Japão frente a pandemia desde 2020?
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Grad. em Engenharia Química pela Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG). Foi Diretora de Projetos e, posteriormente, Diretora Presidente na empresa júnior ProEQ Jr - Consultoria e Soluções em Engenharia Química. Também atuou como Assistente de Marketing no Centro Acadêmico de Engenharia Química e foi monitora da disciplina de "Transformações Químicas". Possui certificação em Produção de conteúdo, Marketing de conteúdo, Copywriting e Revisão de conteúdo. Especialista na produção de conteúdo na área de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Voitto.
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