Você sabe como funciona a emissão de moeda no Brasil? Este tema vem à tona em um contexto muito interessante e relevante para a economia brasileira: a nova nota de 200 reais.
Pois é, se você é uma daquelas pessoas que gosta de guardar o seu suado dinheiro embaixo do colchão, isso vai te agradar!
A partir de agosto de 2020, sua cama será capaz de guardar o dobro da quantia que guardava antes!
Isso porque o Banco Central do Brasil (BaCen) anunciou que seu Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a criação da nova nota de 200 reais.
Porém, mesmo que você não faça parte deste grupo, que não confia nos bancos para guardar seu dinheiro, deve querer entender o que motivou essa criação, quais os possíveis impactos dela na economia e como funciona a emissão de moeda no Brasil, não é mesmo?
Continue comigo neste artigo que eu vou te explicar!
A emissão de moeda no Brasil começa com a aprovação do Conselho Monetário Nacional do Banco Central e é feita pela Casa da Moeda. O CMN busca garantir para a população o fornecimento e o controle da quantidade adequada de dinheiro em espécie, conforme as necessidades do país.
Desta maneira, o Banco Central solicita a impressão de dinheiro ao fabricante e fornece este dinheiro a uma Instituição Custodiante, que, por sua vez, armazena e faz a logística do dinheiro. É esta instituição que faz também o recolhimento das cédulas que não estão em bom estado.
A Instituição Custodiante fornece então o dinheiro para as Instituições Financeiras, que repassam para seus clientes e correntistas.
A emissão de moeda é vista por muitos como a forma mais fácil de o Governo Federal, por meio da casa da moeda, injetar dinheiro na economia.
Porém, atualmente isto não é bem uma verdade. Afinal, hoje em dia, quando necessário, isto pode ser feito por meio de operações financeiras que ocorrem digitalmente entre governo e bancos ou pessoas.
Além disso, nem sempre a emissão de novas cédulas está ligada a injeção de dinheiro na economia. Muitas vezes pode ser tratar de uma reposição de cédulas danificadas pelo tempo ou eliminadas.
A criação da nota de 200 reais, valor mais alto do que o das notas já existentes, levantou a polêmica de uma possível volta da Hiperinflação, já que, notas maiores, para comprar as mesmas coisas, sugere que as mesmas estão mais caras.
Devemos entender que a inflação é o aumento dos preços de bens e serviços. A Hiperinflação, por sua vez, é caracterizada por uma inflação que atinge mais de 50% de aumentos ao mês e foi o que o Brasil viveu entre as décadas de 80 e 90, quando o plano Real sequer existia.
Diversas medidas nas últimas décadas buscaram conter a inflação no Brasil e, hoje em dia, ela está bem controlada na opinião da maioria dos economistas.
Entre as diversas ferramentas utilizadas para este controle, o Banco Central do Brasil faz uso, principalmente, da definição da taxa básica de juros nas reuniões periódicas do Copom, tendo por base o sistema de metas.
Por isso e devido a todo o contexto econômico, a ideia de hiperinflação é quase descartada atualmente. Isso porque o país vêm de um longo período de recessão com baixa atividade econômica seguido pela grande crise provocada pela pandemia, tais fatos tendem a provocar talvez até uma deflação (queda dos preços).
Como foi explicado no tópico anterior, a criação de uma nova nota não implica na desvalorização do real. Porém, o real, assim como as demais moedas, tende sim, a perder valor com o tempo.
Sendo assim, o contrário é o que se verifica: a desvalorização do real é que pode ter tornado necessária a criação da nota de 200 reais.
Porém não foi este o motivo dado pelo Governo para a nota de 200 reais.
O BaCen divulgou dados que mostram que o PMPP (Papel-Moeda em Poder Público), cresceu 29% de fevereiro à Junho, indo de 210,2 bilhões de reais para 270,9 bilhões de reais. Fato esse, motivado pela pandemia e a liberação do auxílio de 600 reais, que fez com que muitos sacassem o dinheiro físico.
Outro fato que motiva isso é a desconfiança na economia brasileira, que faz com que muitos prefiram, literalmente, guardar seu dinheiro em casa do que em bancos ou instituições ligadas ao governo, processo esse chamado de entesouramento.
Sendo assim, começamos a entender o motivo de o governo fabricar mais dinheiro.
Mas, por que criar a nova nota de 200 reais, ao invés de imprimir mais das outras?
O Conselho Monetário Nacional optou por imprimir 100 bilhões de reais em papel-moeda no último mês para suprir a demanda e garantir a circulação de dinheiro.
Estes mesmos 100 bilhões podem ser impressos em 500 milhões de notas de 200 reais, 1 bilhão de notas de 100 reais, 2 bilhões de notas de 50 reais, 5 bilhões de notas de 20 reais, e assim por diante.
Qual opção você acha que é a mais barata? Obviamente, a primeira.
O gasto da impressão de dinheiro realizada ainda em 2020 totalizará 437,9 milhões de reais para imprimir os 100 bilhões de reais em papel-moeda. Sim, fazer dinheiro custa dinheiro, e não custa pouco.
Houveram alguns pontos polêmicos levantados na internet após a divulgação do lançamento da nota.
Um deles é o fato de que, uma nota maior poderia facilitar crimes de tráfico de drogas, contrabando, corrupção e lavagem de dinheiro.
Afinal na maleta que antes cabia "x" agora caberá "2x".
Justamente por isso vemos a maioria dos países do mundo fazendo um movimento contrário e buscando extinguir notas de maior valor. Sem falar na tendência de realizar cada vez mais operações digitais.
O movimento parece controverso até mesmo se colocado frente a criação do PIX, o novo sistema de pagamentos instantâneos brasileiro.
Isso fez grande parte dos estudiosos do ramo sentirem fragilidade, incoerência e falta de comunicação no planejamento financeiro brasileiro como um todo.
Como bons brasileiros que somos, não poderíamos deixar passar a oportunidade de fazer piada com o fato. Assim que a nova nota de 200 reais foi anunciada, surgiram diversas especulações e palpites do animal que nela seria estampado.
Muitos bons palpites foram dados mas queremos enaltecer aqui a figura do mais difundido, o famoso Vira-lata Caramelo, presente em cada canto do país.
No entanto o animal escolhido para representar a nota de 200 reais foi outro, tão importante quanto, ameaçado de extinção e típico da América do Sul: o lobo guará. Segue modelo proposto pelo site collectgram.com, seguindo as características já mencionadas pelo Banco Central.
Ilustrações de Maned Wolf Redraw de ArsonAnthemKJ (DevianArt) e Laura Montserrat do Núcleo de Ilustração Científica da USP naproposta criada pelo site “https://collectgram.com/blog/cedula-de-200-reais-sera-lancada-pelo-banco-central/”
O modelo da nota oficial será divulgado em breve.
Se você chegou até aqui, suponho que seja grande o seu interesse por economia e finanças e, ainda maior, a sua vontade de estar por dentro dos assuntos que influenciam no seu dinheiro e, consequentemente, na realização de muitas de suas conquistas.
A criação da nova nota de 200 é um tema que gera curiosidade e envolve diversos conceitos econômicos que tentei te explicar neste artigo.
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Grad. de Engenharia Elêtrica com habilitação em Sistemas de Potência pela UFJF e técnico em Eletromecânica pelo IF Sudeste MG. Possui formação de White Belt em Lean Seis Sigma, Construção de Websites, Linguagem HTML, Padrões W3C, Recursos de Formatação, Marketing de Rede e Excel Intermediário. Foi bolsista como monitor das disciplinas Cálculo I e Análise de Investimentos em Engenharia e Gestão de Obras na UFJF. SEO Funcional Manager e head da equipe de produção de conteúdos na área de Pesquisa e Desenvolvimento do blog da Voitto.
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