Você já deve ter ouvido falar de blockchain, e por isso sabe que está relacionado com criptomoedas ou com o bitcoin, mas pode ter dúvidas para responder a pergunta: "O que é blockchain?".
Essa não é uma pergunta simples de ser respondida, porque esse tema envolve conceitos complexos que podem ser difíceis de assimilar e acabam causando confusão.
Porém, para a sua sorte, neste artigo você vai encontrar não só a resposta para essa pergunta mas também para outros questionamentos que envolvem a tecnologia blockchain:
Blockchain é um livro razão digital (livro contábil) onde informações sobre transações financeiras são registradas. A tradução literal de blockchain é "cadeia de blocos". Cada bloco contém um conjunto de informações e, a cada 10 minutos, um novo bloco é formado e ligado ao anterior formando uma cadeia sequenciada, por isso blockchain.
Em linhas gerais, você pode entendê-lo como um banco de dados.
Só para você ter uma ideia de como o armazenamento desses registros é tão importante, as empresas podem aplicar estratégias de CRM (Gestão de Relacionamento com o Cliente) para melhorar resultados por meio de uma gestão eficiente de dados financeiros utilizando a tecnologia blockchain.
Além disso, outra definição válida é entender o blockchain como uma rede peer to peer (p2p), ou seja, uma rede onde não existe um servidor central, os computadores dos usuários são pontos ou nós que funcionam prestando serviços e compartilhando dados.
Como você pode ver o blockchain está muito relacionado ao comércio e ao mercado. Falando nisso, confira abaixo essa oportunidade!
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O surgimento da primeira rede blockchain está associada à criação do conceito de moedas digitais (ou criptomoedas) idealizado por Satoshi Nakamoto em 2008, quando o autor dissipou um artigo (Bitcoin: A Peer-to-Peer Cash System) propondo uma descentralização do sistema financeiro.
Os estudos em torno de um banco de dados criptografados tiveram início em 1991, com as pesquisas de Stuart Haber e W. Scott Stornetta. No entanto, apenas com a divulgação do artigo de Satoshi (que aliás, possui identidade desconhecida), os termos blockchain e bitcoin ganharam força e vêm crescendo até hoje.
Mas então, como funciona o blockchain? Embora não seja um termo fácil de entender, abaixo vamos aprender como é o funcionamento dessa rede de blocos.
O funcionamento é um tanto complicado por envolver conceitos de criptografia.
Então, primeiramente, se você não está familiarizado com o termo, entenda criptografia como "decifrar um enigma". Resolver um sudoku pode ser encarado como um exemplo simples de criptografia.
A rede blockchain funciona da seguinte forma: toda e qualquer informação que acontece digitalmente é registrada em um bloco. Quando o bloco está em fase de criação ele é conhecido como transacional.
Um dos principais trabalhos dentro da rede é criar uma identidade criptografada para esse bloco, conhecida como hash.
A hash do bloco que está sendo criado é feita com base na hash do bloco anterior. Dessa forma, eles estão ligados (formando a cadeia) e por isso o trabalho de descriptografar as informações é muito difícil.
Depois que uma hash é criada, é preciso verificar se as informações ali estão seguras e corretas. Proof of Work é o processo de validação do bloco, no qual os usuários da rede tentam, de diferentes formas, decifrar a hash para verificar o nível de segurança da criptografia.
Os mineradores são os usuários envolvidos na validação das transações. Eles determinam a honestidade das informações contidas no bloco, para tanto precisam entrar em consenso.
Consenso é a aprovação por 50% + 1 dos usuários (também conhecidos como "nodes" ou "nós") que garantem a validade do bloco. Após isso, o bloco é armazenado na rede e conectado a um outro já validado.
Ficou confuso? Se liga na imagem abaixo com um fluxograma do funcionamento do blockchain:
Até aqui, você entendeu um pouco sobre essa tal blockchain. De agora em diante, você vai compreender mais um pouco sobre dessa tecnologia.
Entender essa relação é simples, agora que você sabe como o blockchain funciona. O bitcoin é um tipo de moeda virtual (isso mesmo, existem outras moedas virtuais além do bitcoin).
O blockchain pode ser usado para registrar todas as informações envolvendo transação de bitcoins. Transações, nesse caso, podem ser transferências dessa moeda entre carteiras dos usuários ou pagamentos virtuais. Dois exemplos de blockchain são a Ethereum e a EOS como blockchains pública e privada, respectivamente.
No próximo tópico, vamos ver outras aplicações do blockchain além do bitcoin.
A utilização da rede blockchain começou restrita ao sistema financeiro, mas hoje é possível ver a tecnologia sendo utilizada em outras áreas como ferramenta de análise de dados. Como:
Contratos inteligentes (ou Smart Contracts) são os acordos feitos entre duas partes estabelecendo regras, restrições, funções, benefícios e outros acordos, exatamente como ocorre com os contratos tradicionais que conhecemos.
A vantagem aqui é que os contratos inteligentes são virtuais e, por estarem na rede blockchain, impedem que as informações sejam alteradas.
A Ethereum é uma referência nesta aplicação, pois permite a criação de contratos inteligentes entre duas pessoas sem que esse documento precise de intermediário (geralmente uma terceira parte precisa validar o contrato).
A IBM, uma das pioneira na aplicação de blockchain, utiliza a tecnologia na chamada IBM Food Trust.
Essa é a solução criada pela empresa para garantir que a logística de fornecimento de alimentos ocorra de maneira mais segura e inteligente permitindo que os produtos sejam rastreáveis desde a região de plantação até ser colocado na prateleira do supermercado.
Se você já teve o trabalho de ir atrás de todo seu histórico escolar ou enfrentou filas exaustivas e processos burocráticos massantes para tirar o passaporte, consegue imaginar quão eficiente seria se pudesse tirar todos esses documentos online.
O blockchain seria o banco de dados onde todas suas informações estariam registradas e você não precisaria ir a cartórios para autenticar nada. A Civic é uma plataforma que já aplica a tecnologia para registrar documentos e identidade.
Você acabou de ver algumas situações onde é possível usar o blockchain e algumas empresas que já estão utilizando a tecnologia.
Você pode ter ficado na dúvida se todos os processos ou empresas de diferentes setores podem usar esse recurso em seus negócios.
Bem, depende. Wus e Gervais (2017) recomendam que o blockchain seja utilizado quando:
Você já entendeu que a ideia de banco de dados digitais é antiga, potencializou-se com o artigo do Satoshi, pode ser aplicado em várias situações, mas pode estar confuso e se perguntando "por que utilizar a tecnologia blockchain?" ou "quais as vantagens de aplicar o blockchain?".
Então, se liga nessas 3 vantagens:
Você viu que a primeira aplicação do blockchain foi aliada ao caso do bitcoin. A ideia por trás do manifesto do Satoshi é descentralizar o sistema financeiro.
Descentralizar o sistema, de modo geral, significa a não necessidade de uma instituição intermediadora durante a realização de processo. Os mineradores são os responsáveis por validar e intermediar os processos, lembra?
Se você for fazer uma compra internacional, o tempo de realização de uma transação é em torno de 2 dias. Utilizando a tecnologia blockchain, ocorre quase imediatamente.
Claro que a existência de intermediadores de pagamento possui suas vantagens, mas quando uma empresa precisa realizar uma operação internacional o mais rápido possível, a intermediação pode ser custosa.
Quando você utiliza seu cartão de crédito para fazer um compra internacional ou nacional, você paga uma taxa de 6,38% referente ao IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Isso porque existe um órgão realizando aquele operação para você, no caso, a empresa do seu cartão de crédito.
Se essa operação fosse realizada na rede blockchain, você não iria pagar essa taxa, tendo em vista que a única empresa ali envolvida durante a compra é a fornecedora do seu produto.
Sim! Dentro da rede blockchain, documentos não podem ser alterados, duplicados, falsificados ou adulterados. De acordo com G1, falsificação de documentos representam 75% das fraudes em Minas Gerais (MG).
É muito difícil fraudar um documento dentro da rede, por causa da cadeia de blocos que está armazenada.
Lembra do hash? Pois bem, se alguém tentar invadir um bloco para "duplicar ou falsificar" uma informação, essa pessoa precisará decodificar o hash daquele bloco e essa ação deverá envolver 50% + 1 de todos os usuários da rede.
É um trabalho muito grande e precisa ser feito em 10 minutos, antes que um novo bloco surja e atrapalhe a decodificação. É possível para imaginar quão complicado é para se realizar uma operação dessas.
Com tantas vantagens, por que essa tecnologia não está sendo usada em todos os lugares? No próximo tópico, você entende o porquê.
Tudo que é novo causa muita dúvida nas pessoas e com o blockchain não é diferente. Estamos falando de uma tecnologia que promete digitalizar as informações e revolucionar o mundo da maneira que conhecemos hoje.
Claro que a mudança não será do dia para noite, Bruno França, membro da Comissão Técnica de Instituições Financeiras do IBEF-SP afirma que tal revolução ainda vai levar décadas para ocorrer.
As principais dificuldades para a aplicação do blockchain são:
Esse blockchain dá o que falar. Tem muitas vantagens, dificuldades e até mesmo as suas desvantagens. O certo é que o mundo está evoluindo e estamos diante de uma nova revolução digital e podemos especular quais serão os impactos que tal tecnologia trará.
Tendo em vista que as criptomoedas são rastreáveis, diferente do dinheiro que conhecemos hoje. Então, será possível identificar se a moeda está sendo desviada.
De acordo com o Banco Mundial, mais de 1 bilhão de pessoas não conseguem atestar sua identidade. Pense no caso dos refugiados. Já imaginou o quão difícil é para que essas pessoas atestem sua identidade em um novo país uma vez que perderam todos seus documentos.
Já se comentamos como o blockchain vai mudar o setor financeiro com facilitação de transações, diminuição de taxas, melhoria nos processos e aumento da transparência das informações, e consequentemente, o mercado vai mudar junto com esse setor.
Não se sabe quando essa tecnologia será usada em larga escala no mundo , mas já se pode ver algumas empresas engatinhando para aplicá-la em seus negócios.
Dessa forma, o profissional que estiver por dentro dos conceitos de blockchain vai se destacar no mercado e estará apto para lidar com as transformações digitais. Além desse conhecimento, é importante também se tornar especialista em áreas como finanças e investimentos.
O mundo está cada vez mais dinâmico e as inovações e tendências da tecnologia não param de surgir!
Por isso, alinhar as expectativas para se adaptar à transformação digital é tão importante. Diante disso, a Engenharia não poderia ficar para trás, afinal, o avanço da tecnologia acarreta em novas ferramentas e estratégias para que os resultados na engenharia sejam ainda mais satisfatórios!
Por isso, não perca a oportunidade de aprender mais sobre esse assunto, clique na imagem:
Grad. em Engenharia Mecânica pelo Instituto Federal do Piauí (IFPI). Foi bolsista PIBIC/CNPQ na área de Engenharia dos Materiais e voluntário em desenvolvimento de projetos de pesquisa. Participou do treinamento Sebrae Like A Boss para ideação de negócios e startups pelo SEBRAE/PI. É Líder de Projetos na equipe Sol do Equador Aerodesign/IFPI e atuou, inicialmente, como analista de Estabilidade e Controle. Voltado ao desenvolvimento de competências em liderança, gestão e tecnologia. Possui certificação em White Belt em Lean Seis Sigma, Marketing de Conteúdo, Produção de Conteúdo para web e Copywriting. Especialista na produção de conteúdo na área de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Voitto.
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