Se você está acompanhando os noticiários, com certeza já se deparou com matérias sobre o baixo crescimento econômico de diversos países, os impactos da guerra na Ucrânia ao redor do mundo e diversas outras situações alarmantes. O conjunto desses acontecimentos, podem gerar um cenário de estagflação.
Assim como aconteceu nos Estados Unidos e Reino Unido na década de 1970, esse tipo de estagnação econômica vem através de uma combinação entre o baixo crescimento e a alta dos preços, o que gera impactos como o aumento do desemprego.
Quer saber mais sobre o que é estagflação, suas causas e consequências? Confira este conteúdo até o final e encontre as respostas para os tópicos abaixo!
O termo estagflação é o conjunto das palavras estagnação e inflação. O conceito surgiu na década de 1965, utilizado pela primeira vez por Ian Macleod, um político britânico, para caracterizar a economia do Reino Unido do período.
Na época, o cenário destacava duas situações:
1. A acelerada alta nos preços;
2. A brusca queda da atividade econômica.
No entanto, para caracterizar um momento de estagflação também é preciso que haja um aumento do desemprego. Situação que normalmente é tida como comum quando a procura diminui na queda da atividade econômica.
A combinação desses fatores gera preocupações e para contornar essas situações muitas vezes é preciso a atuação dos bancos centrais e do governo.
Nesse sentido, a busca é pela preservação do poder de compra se atentando ao valor do dinheiro no tempoe por impulsionar a retomada da economia. No entanto, como o cenário é desafiador, deve-se pensar em medidas que tenham impacto positivo nos dois vértices de foco.
Mas para que isso aconteça, antes é importante conhecer a fundo as causas do estagflação e o efeito cascata que eles podem ter na alta dos preços, impacto na taxa básica de juros, na oferta e demanda de bens e serviços, entre outras variáveis.
A estagflação não é um contexto econômico comum e por isso pode ter como causa a combinação de diversos eventos internos e externo não previstos, bem como a má formulação de políticas econômicas.
Diante desse cenário amplo e até mesmo subjetivo, podemos levantar algumas possíveis causas de estagflação, como:
Muitas pessoas ao conhecer o conceito de estagflação passam a analisar o cenário nacional para entender se essa conjuntura pode estar se formando em território brasileiro. No entanto, alguns cuidados devem ser tomados.
Como a maior parte dos indicadores financeirose econômicos do país são divulgados mensalmente, é importante analisar a série histórica e comparar a evolução dos mesmos.
Apesar da guerra entre Rússia e Ucrânia, dos resquícios da recente pandemia e do fato que a economia brasileira ainda não tenha se recuperado totalmente das últimas recessões, não basta analisar essas variáveis isoladamente.
Por isso, vale avaliar as características de um cenário de estagflação de maneira conjunta. O primeiro ponto podemos relacionar ao desemprego. Apesar de uma taxa ainda muito ainda, o índice tem apresentado recuos consecutivos em 2022.
No primeiro trimestre a taxa estava em patamares de %, quanto no segundo passou para 9,3% e no terceiro para 8,7%, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além disso, perante a mesma instituição, é possível notar que a inflação também é uma variável que não está se comportando como em cenários de estagflação. Nos meses de julho, agosto e setembro deste ano ocorreu deflação, ou seja, diminuição generalizada na média dos preços de produtos e serviços.
Vale ressaltar que o Banco Central do Brasil e o mercado financeiro em geral também estão projetando um Produto Interno Bruto (PIB) para 2022 maior em relação ao ano anterior. O que mostra que não há indícios gerais de desaquecimento econômico.
Como você já pôde perceber, o cenário de estagflação causa inúmeros impactos na rotina e nos planos de cidadão. Afinal, as suas consequências afetam diversas áreas da vida.
Por isso, é essencial que para se proteger dessas oscilações você já se prepare montando uma reserva de emergência. Em geral, é necessário acumular o montante equivalente de 6 a 12 meses do seu custo de vida mensal.
Dessa forma, caso algum imprevisto aconteça, você terá condições de se manter de maneira tranquila até que tudo se reestabeleça. Principalmente pelo fato do desemprego e do aumento de preços serem características da estagflação.
Mas, além disso, você também pode utilizar investimentos adequados a seu favor para passar por esse momento de maneira mais assertiva. Confira abaixo algumas das melhores opções de ativos para esses cenários.
Em qualquer situação desafiadora, a melhor estratégia costuma ser a diversificação. Afinal, com investimentos em diferentes classes de ativos, diversos países e outras estratégias alternadas, as chances de alcançar um bom equilíbrio entre risco e retorno é maior.
No entanto, existem algumas opções de investimento que se caracterizam por apresentar uma menor volatilidade diante das oscilações do cenário econômico.
Alguns exemplos no âmbito da renda variável são os Exchange Traded Funds (ETFs). Por ser um tipo de investimento que replica a composição de um índice, eles já são naturalmente diversificados. Por isso, possuem em sua composição o equilíbrio entre ativos inversamente correlacionados, mantendo uma oscilação mais baixa em momentos de crise.
Mas para quem deseja manter o seu capital mais protegido, há também opções de renda fixa. Por a estagflação ser um cenário onde a inflação é muito alta, o foco dos investidores deve ser em manter o poder de compra do seu dinheiro.
Diante disso, ativos indexados ao IPCA podem ser uma ótima opção. Afinal, além de serem corrigidos por um dos índices mais utilizados para medir a inflação do Brasil, costumam ter uma parcela pré-fixada garantindo um retorno acima dela.
Nessa vertente é possível encontrar Certificados de Depósito Bancário (CDBs), Letras Financeiras, Debêntures e até mesmo fundos que tenham como estratégia principal o rendimento acima da inflação.
Vale lembrar que existem também boas alternativas que são menos comuns. Normalmente, elas podem apresentar desempenhos maiores em tempos de crise. Alguns exemplos são:
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Thiago é engenheiro de produção, pós-graduado em estatística e mestre em administração pela UFJF. Especialista Black Belt em Lean Six Sigma, trabalhou na Votorantim Metais e MRS Logística, onde foi gestor e especialista em melhoria contínua. Com certificações MOS® e Auditor Lead Assessor ISO 9001, atuou em projetos de consultoria e ministrou treinamentos e palestras em congressos como ENEGEP e Six Sigma Brasil. Professor nas áreas de Gestão e Empreendedorismo, é fundador do Grupo Voitto e mentor de empresas, dedicando-se à liderança executiva da Voitto, com a visão de torná-la a maior escola online de gestão do Brasil.
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