Toda atividade laboral traz certos perigos à saúde do trabalhador que a executa, sejam eles físicos ou psicológicos. Chamamos eles de riscos ocupacionais. A ausência de uma política de prevenção pode trazer sérios danos aos colaboradores.
Diversas doenças e lesões físicas podem ser causadas por eles, chamadas de Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). As mais comuns são lesões no ombro e inflamação em articulações, que causam sintomas como dor e fadiga.
Essas são consequências que podem até mesmo ser consideradas leves. Em alguns outros casos, como veremos, dependendo da situação, há risco de morte. Por conta da seriedade do assunto, nesse artigo vamos mostrar:
Preparado? Então corrija a postura da coluna e siga para a leitura agora mesmo!
Os riscos ocupacionais são situações de perigo as quais o trabalhador está exposto no exercício de sua atividade laboral. Qualquer condição que possa causar danos à saúde ou integridade física do colaborador é considerada um risco ocupacional.
Ou seja, podemos considerar circunstâncias como trabalho em altura, contato com reagentes químicos ou fogo, risco de choque elétrico ou explosão, exposição a ruídos, entre outros.
Existem ainda situações causadas pelo próprio descuido do empregador ou colaborador, como armazenamento impróprio de materiais, utilização de ferramentas descalibradas, falta de fornecimento ou uso apropriado de equipamentos de proteção individual (EPI’s) entre outras.
Todas essas condições de trabalho podem causar riscos à saúde do trabalhador, desde lesões corporais até casos mais graves, como invalidez ou mesmo a morte. Isso dependerá do fator de risco associado à condição, ou seja, o potencial de dano à saúde.
O líder e/ou o gestor devem conferir não só a qualidade dos produtos da empresa mas também de todo o processo produtivo, certificando-se que existem condições salubres de trabalho.
Por isso, é importante que eles conheçam formas de medir a qualidade dos processos para avaliar tanto o desempenho quanto a segurança deles, para isso temos uma dica para você!
“Aquilo que não é medido não é gerenciado”. Essa importante frase de Robert Kaplan e David Norton reflete o quão importante é você ter um modelo eficaz de gerenciamento das métricas de sua empresa. Nada melhor que inspirar-se na metodologia que as empresas que são referências globais nas suas respectivas áreas utilizam: OKR.
Nesse curso você aprenderá desde como estruturar esse sistema na sua empresa até como acompanhar o gerenciamento de forma efetiva e voltada para resultados. Além disso, você verá como alinhar o mindset da organização para um modelo de gerenciamento e criar metas que sejam SMARTs, ou seja, específicas, mensuráveis, atingíveis, relevantes e temporais.
Além dos danos para o próprio trabalhador, os riscos ocupacionais podem acarretar sérios problemas jurídicos para as organizações.
Existem diversas normas expedidas pelo antigo Ministério do Trabalho que regulam a segurança para atividades laborais no Brasil, como a Norma Regulamentadora 9 (NR-9), NR-10, NR-12, NR-15, NR-16, NR-17 e a Portaria n.º 25/1994.
Por isso, é muito importante que as empresas estabeleçam medidas de gestão interna para reduzir a probabilidade de ocorrência de acidentes, bem como elaborar protocolos de segurança voltados à preservação da integridade física do colaborador de acordo com as especificações de sua atividade.
Não é possível evitar os riscos ocupacionais sem conhecê-los, certo? Então, no próximo tópico, você conhecerá os principais tipos no ambiente de trabalho e como classificá-los. Continue a leitura!
A já citada Portaria n.º 25/1994, em seu Anexo IV, separa os riscos ocupacionais em alguns grandes grupos característicos. Cada um deles é associado a uma cor diferente, para facilitar a elaboração do mapa de riscos da empresa. Vamos ver seus tipos:
São os agentes causadores de vibrações, ruídos, radiações ionizantes e não-ionizantes, calor, frio, pressão anormal e umidade. Para cada um desses riscos, temos um limite de tolerância estabelecido.
Para ruídos, por exemplo, como estamos falando de sons, o limite é medido em decibéis. Podemos encontrar os limites de exposição dos riscos na Norma Regulamentadora 15. A cor que simboliza os riscos físicos é verde.
Os riscos químicos estão associados a fumos, gases e vapores. Em síntese, é qualquer substância, composto ou produto químico em geral que pode causar dano ao trabalhador quando absorvido pelo organismo por meio da inalação, exposição à pele ou ingestão.
Nesse caso, o limite de tolerância é estabelecido pelo nível de toxicidade da substância. Quanto maior for ela, menor o período que o trabalhador pode ficar exposto ao agente químico. A cor que os define é o vermelho.
Esse risco se refere a organismos vivos como bactérias, protozoários, vírus, fungos e parasitas presentes no ambiente de trabalho ou decorrentes da atividade, que podem prejudicar a saúde do trabalhador quando infectam o organismo.
Por isso, existem medidas de prevenção e higienização que reduzem os níveis de concentração desses elementos. Elas variam conforme a capacidade do agente biológico em questão de causar doença no trabalhador. Sua cor é o marrom.
Os riscos ergométricos são causados pela ausência de ergonomia na relação do homem com o ambiente de trabalho: excesso de esforço físico, postura inadequada, trabalho noturno, jornadas de trabalho prolongadas e qualquer outra situação que possa causar estresse físico.
O controle e prevenção são feitos através de um laudo ergonômico de análise de riscos. A partir dele, podem ser tomadas ações como a adoção de uma rotina de ginástica laboral ou mais pausas ao longo da jornada, por exemplo. A cor que os definem é amarelo.
Engloba as situações de perigo que colocam o trabalhador em riscos de acidentes. Por exemplo: operação de máquinas sem devida proteção, trabalho em altura, presença de substâncias escorregadias, má iluminação, risco de choque elétrico, entre outros.
Eles são avaliados por uma conferência das condições de trabalho, tanto dos equipamentos como do ambiente laboral. Sua cor é azul.
Vários tipos de riscos, não é mesmo? Isso só mostra o quão importante a segurança do trabalho do dia a dia dos colaboradores. Entenda mais sobre isso a seguir. Siga a leitura!
A segurança do trabalho é importante para preservar a integridade física e mental dos trabalhadores, preservando sua capacidade produtiva, saúde e segurança.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que, a cada 15 segundos, um trabalhador morre por um acidente de trabalho. Ela também entende que a única forma eficaz de enfrentar os riscos passa pelo estabelecimento de uma forte cultura de segurança e respeito aos dispositivos legais.
No Brasil, por exemplo, 173 mil trabalhadores morreram em decorrência de acidentes de trabalho nas últimas cinco décadas. Isso demonstra que, em nosso país, a segurança do trabalhador não é valorizada, apesar de toda a legislação sobre os riscos.
As normas, como já citamos, auxiliam as empresas a definirem os riscos ocupacionais e implementarem políticas de prevenção de acidentes. Assim, tanto os trabalhadores têm sua saúde preservada quanto a empresa pode contar com sua capacidade de produção.
Além disso, os acidentes de trabalho causados pelos riscos ocupacionais sobrecarregam o sistema previdenciário brasileiro, que já se encontra em uma situação complicada há anos. Em 2010, 25% dos benefícios de aposentadoria definitiva foram concedidos por invalidez.
Portanto, as ações da engenharia de segurança do trabalho não são importantes somente para o trabalhador, mas também para as empresas e para toda a sociedade.
Muitas empresas adotaram o modelo de trabalho home office ou officeless o que torna mais difícil a verificação e prevenção de riscos ocupacionais, principalmente aqueles relacionados à falta de ergonomia no trabalho remoto.
A melhor medida para empresas nessa situação é compreender como desenvolver um sistema de gestão remota não só para acompanhar o desenvolvimento dos projetos, mas também para monitorar a qualidade do ambiente de trabalho remoto dos colaboradores.
Em breve, lançaremos um curso sobre gestão remota que ensinará você a desenvolver esse sistema de gerenciamento. Você verá quais são as melhores práticas para incentivar e monitorar a produtividade dos funcionários.
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Thiago é engenheiro de produção, pós-graduado em estatística e mestre em administração pela UFJF. Especialista Black Belt em Lean Six Sigma, trabalhou na Votorantim Metais e MRS Logística, onde foi gestor e especialista em melhoria contínua. Com certificações MOS® e Auditor Lead Assessor ISO 9001, atuou em projetos de consultoria e ministrou treinamentos e palestras em congressos como ENEGEP e Six Sigma Brasil. Professor nas áreas de Gestão e Empreendedorismo, é fundador do Grupo Voitto e mentor de empresas, dedicando-se à liderança executiva da Voitto, com a visão de torná-la a maior escola online de gestão do Brasil.
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