Não é novidade para ninguém que as chamadas Big Techs, as maiores empresas de tecnologia do mundo estão cada vez mais poderosas. A Apple, por exemplo, é uma empresa tão grande nesse meio que o seu faturamento em 2017 foi maior que o PIB de Portugal.
Com tanto poder em mãos, fica difícil competir com essas empresas. Os poucos que conseguem ainda precisam lidar com um grande problema: propostas de compra muito tentadoras feitas por essas mesmas Big Techs.
É visando isso que países como Alemanha, França e Holanda querem ter mais voz sobre as decisões de compra feitas por essas grandes empresas. Para entender melhor esse cenário, nesse artigo abordaremos os seguintes pontos:
Bom, você deve estar se perguntando se há algum problema em fundir uma empresa menor a uma Big Tech, pois, na teoria, seria bom para ambos os lados.
Afinal, as empresas menores teriam acesso a toda a infraestrutura de uma gigante tecnológica, o que garante maior competitividade para ela. Já para a empresa compradora, a vantagem seria o acesso ao know how sobre algo específico.
Mas infelizmente não é assim que as coisas acontecem. Como você deve saber, boa parte das Big Techs que temos hoje surgiram pequenas (Apple e Microsoft, símbolos dessas empresas, surgiram em garagens). Portanto, elas sabem que uma empresa que hoje é pequena, amanhã pode ser a nova gigante do mercado.
Com isso em mente, uma prática muito comum atualmente é a aquisição de empresas promissoras para simplesmente fechá-las e ficar com os seus talentos, acabando com uma potencial concorrente.
Quando temos empresas que faturam mais que um país inteiro, a discussão sobre o poder que elas têm é algo inevitável.
Esse tema inclusive já foi um assunto discutido na comissão antitruste do Congresso dos Estados Unidos, onde o presidente dela, David Cicilline, afirmou que Facebook, Amazon, Apple e Google são poderosos demais.
Inclusive, o valor de mercado dessas 4 empresas no dia dessa comissão era de 5 trilhões de dólares, o que equivale a mais de 73% do PIB brasileiro de 2020.
O presidente da comissão afirmou que essas empresas exercem a sua expansão de maneira predatória, a partir de preços que impossibilitam a competição e acabam matando concorrentes menores.
Para combater práticas de monopólios, os Estados Unidos têm as suas leis antitruste. Em meados de 2020 as quatro maiores Big Techs do mundo começaram a ser investigadas sobre suas possíveis práticas predatórias.
E parece que outros países estão preocupados com as práticas das Big Techs. Alemanha, França e Holanda pretendem prestar maior atenção às aquisições feitas pelas gigantes da tecnologia.
Nesta quinta-feira, dia 27, Alemanha, França e Holanda informaram que estão esboçando regras direcionadas para Big Techs para a aquisição de concorrentes.
O objetivo dessas regras é estabelecer limites claros para a aquisição de negócios com baixo volume de negócios mas alto valor de mercado para que potenciais compras predatórias possam ser inibidas. As novas regras podem entrar em vigor já no ano que vem.
Além disso, a França também pretende fazer com que a União Europeia mude as regras sobre conteúdo ilegal na internet. O objetivo é obrigar que as empresas forneçam esses conteúdos removidos de seus sites para as autoridades.
Também foi proposto que sites de armazenamento mantenham seus conteúdos bloqueados nos últimos seis meses e os transfiram para as autoridades do país onde o responsável pelos arquivos estiver.
Grad. em Engenharia Elétrica na Universidade Federal de Santa Maria. Participou do Movimento Empresa Júnior atuando em consultorias, gerenciamento de equipes e no setor de marketing pela ITEP Jr. Bolsista de iniciação científica na área de eficiência energética. Possui formação em Excel avançado, Gerenciamento de Projetos, Fundamentos de Scrum, Produção de conteúdo, Marketing de conteúdo, Copywriting e Revisão de conteúdo. Especialista na produção de conteúdo na área de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Voitto.
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