O World Class Manufacturing é um programa de excelência operacional que, assim como o Lean Manufacturing, se originou do Sistema Toyota de Produção e se fundamenta em 10 pilares gerenciais e técnicos para sua implementação.
Confira neste artigo as diferenças entre os pilares gerenciais e técnicos, e conheça cada um dos pilares gerenciais, seus objetivos e a importância de se implementar cada um deles.
Os pilares gerenciais sustentam a implementação dos pilares técnicos e são fundamentais para proporcionar clareza, engajamento e objetividade na melhoria dos processos e mudanças organizacionais.
Portanto, vamos iniciar essa leitura entendendo algumas premissas para melhor compreender a estrutura dos pilares gerenciais.
Diferentemente dos pilares técnicos, os pilares gerenciais não possuem um método sistemático de implementação. Entretanto, para cada pilar gerencial é aplicado uma nota de 1 a 5, com critérios que esclarecem o quanto a organização está executando atividades que contemplam cada pilar gerencial. Isso ocorre por conta da subjetividade dos pilares gerenciais.
Está confuso? Fique tranquilo! Você irá entender melhor ao conhecer cada um dos pilares.
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Embora os pilares gerenciais sejam responsáveis pelo nível estratégico do WCM, não significa que todos eles devam ser implementados um a um. Porém, ao ter esses pilares gerenciais bem enraizados na alta administração, facilita para que os pilares técnicos sejam implementados da melhor maneira e com resultados mais positivos.
O pilar de comprometimento gerencial tem como objetivo desenvolver competências para que todos os tomadores de decisão estejam cientes e engajados com a implementação da metodologia WCM.
Por se tratar de um sistema TOP DOWN, este pilar é primordial para que a busca pela eliminação de perdas e desperdícios sejam alcançadas.
Os gestores devem ter as seguintes competências:
Através de boas análises, coleta de dados e informações, planejamento e discernimento para priorizar os planos de ação.
O gestor deve agir com bastante positividade para resolver problemas, tomando decisões rápidas e precisas, e apresentando constância na solução de problemas.
É importante que o gestor saiba ouvir e aceitar opiniões contrárias, evite estresses e compreenda os outros. Além disso, ele deve possuir capacidade de persuasão e conhecimentos de como liderar as equipes.
Este pilar direciona as equipes para saber exatamente onde eles querem chegar, consiste em proporcionar objetivos, a partir de critérios claros, desafiadores e possíveis de serem alcançados pela organização.
Se você não tem clareza de onde quer chegar, como saberá as ações que deve tomar agora? Quanto mais claro os objetivos, mais fácil de orientar todos os colaboradores em uma única direção.
Para que este pilar seja implementado, sugerimos que seja utilizada a ferramenta SMARTe a Matriz KPI para a definição dos KPIs.
O pilar gerencial Route Map diz respeito a um plano básico de implementação do programa dentro da organização.
O plano deverá responder à seguinte pergunta: "Qual sequência de atividades para implementar o WCM?"
Como a metodologia apresenta níveis para se tornar classe mundial, define-se um plano em etapas e com KPIs para se alcançar o nível bronze, em seguida prata e ouro. A WCM Association define o percentual de implementação para cada um dos níveis e isso pode te ajudar a elaborar seu plano básico.
Um dos princípios da metodologia é o envolvimento de pessoas, porém, essas pessoas precisam ser qualificadas para garantir a gestão do conhecimento, e assim, proporcionar a expansão das melhorias para as demais áreas ou departamentos da organização.
Este pilar pode ser implementado em 4 etapas:
No primeiro momento é realizado benchmarkingpara saber quais são as competências necessárias para a execução das atividades de melhoria. Além disso, é nesta etapa que há a seleção dos perfis qualificados para desenvolver as competências necessárias.
Faz - se um mapeamento e avaliação dos gaps de competência que das pessoas selecionadas na etapa anterior e, em seguida, define - se o método de aprendizagem.
A partir do conhecimento adquirido, é de extrema importância que as pessoas registrem seus conhecimentos obtidos. Esse registro pode ser feito por POP, manuais e qualquer ferramenta que facilite a sua difusão.
Por último, realiza-se o compartilhamento desses conhecimentos e aplica a melhoria contínua para que possam ser aperfeiçoados.
Você estava achando que o comprometimento era responsabilidade apenas dos tomadores de decisão? Não! Todos precisam estar comprometidos com as ações para reduzir perdas, desperdícios e problemas.
As iniciativas têm origem na alta gerência, porém, é necessário que o comprometimento seja difundido para que haja uma mudança na cultura organizacional e todos se sintam responsáveis pela melhoria contínua.
Os níveis de comprometimento dos colaboradores vão desde o momento que eles negam existir algum problema ou fingem não vê-los, até o momento que eles conhecem os problemas e sabem os métodos para resolvê-los envolvendo toda a organização.
Este pilar tem como objetivo garantir que toda a organização seja competente para solucionar problemas, mas mais do que isso, que sejam competentes para prevenir problemas através de uma abordagem proativa e com métodos já implementados.
Você deve estar pensando no quão difícil é ter esse pilar muito bem implementado dentro de uma organização, certo? Não é um desafio fácil e leva bastante tempo e determinação.
Portanto, é necessário que o programa de excelência operacional seja implementado de forma gradual e com transparência para que as competências sejam difundidas internamente, estabelecendo normas e padrões.
Se você já liderou algum projeto, tenho certeza que as palavras foram as primeiras que vieram em sua mente para cada ideia que surgiu. Saber o tempo e o valor, em dinheiro, que será investido para a implementação de um projeto novo é crucial para validar com as estratégias da empresa.
Este pilar está muito conectado as etapas de um projeto:
Aqui você entende qual é o problema e, também, qual será a solução para a dor encontrada. Para que as próximas etapas ocorram, é necessário que seja viável economicamente e que esteja alinhado com a estratégia de implementação do WCM.
Ao atender os requisitos da etapa de concepção, é realizado a elaboração do plano do projeto, que será composto pelas ações a serem realizadas, as pessoas envolvidas e os prazos.
Executar as atividades dentro do prazo previamente estabelecido, registrando as ações e lições aprendidas.
Na última etapa é colocado o sistema em prática e, então, verifica-se o quanto os objetivos foram atingidos, se o valor investido foi suficiente e os benefícios da implementação.
O pilar nível de detalhe tem como objetivo saber qual a profundidade que cada projeto buscará atingir.
Nem sempre sabemos até onde implementar as melhorias necessárias e como consequência, os projetos se tornam infinitos e sua equipe pode ficar desmotivada. Saber exatamente onde cada projeto termina ajuda na definição de metas, tempo, investimento e até mesmo na análise dos resultados.
Para saber o nível de detalhe que precisará, verifique a disponibilidade de dados que a organização possui para analisar o sistema.
A implementação inicia desde o momento em que não há dados suficientes para iniciar melhorias, até que haja dados sobre cada um dos problemas muito bem detalhados e estruturados.
Diferentemente do pilar anterior, este pilar diz respeito em saber até que ponto as implementações serão realizadas, isto é, será elaborado um plano para se analisar os resultados do processo de implementação, e a partir desses resultados, para quais áreas será expandido.
Por exemplo, no primeiro nível há a implementação de melhorias e eliminação de perdas em uma área piloto. Para que essa prática aconteça, serão definidos as etapas de início até o fim da primeira área. Em seguida, serão analisados os resultados do processo de implementação e, assim, definidos os próximos níveis de implementação até que se atinja toda a unidade fabril.
Conforme já explicamos acima, o comprometimento dos colaboradores é fundamental para que a empresa alcance níveis de classe mundial. Portanto, este pilar objetiva responder "Como iremos motivar todos até o fim?"
Para que os operadores promovam ações de melhoria, a organização precisa proporcionar motivações que atendam às suas necessidades e interesses. Tais práticas podem ser classificadas em 2 colunas:
As circunstâncias primárias que as empresas devem oferecer aos seus colaboradores são as condições fisiológicas e de segurança.
Já as demais condições estão relacionadas ao social (relacionamentos, comunicação e fazer parte de algo), a autoestima (confiança, respeito aos outros e dos outros) e a realização pessoal (superação, ausência de preconceitos, criatividade e aceitação dos fatos).
Agora que você conhece os 10 pilares essenciais para implementação de projetos de melhoria contínua, segundo a metodologia WCM, você está preparado para alcançar bons resultados em qualquer organização.
Mas para que você se torne um líder de sucesso, é imprescindível que você conheça também a metodologia Lean Manufacturing, pois possui muita afinidade com todos os pilares que você acabou de conhecer.
Se você pensa em alcançar aquela vaga dos seus sonhos e se tornar um líder excepcional, busque conhecer os desperdícios que podem ser eliminados através desta metodologia e os diversos modelos de negócios que ela pode ser aplicada.
O WCM é uma metodologia crucial para você se tornar um competidor de classe mundial. Logo, você deve investir em otimizar ao máximo os seus processos produtivos com uma mentalidade de zero desperdício.
Para te ajudar nisso, a Voitto criou o curso de Fundamentos de World Class Manufacturing. Com ele, você irá aprender uma visão geral dos pilares, fundamentos e métodos de otimização como o ECRS, tornando-se apto a utilizar as fundações do sistema como base para a implementação de qualquer projeto e muito mais!
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Graduando em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Diretor voluntário no Programa Futuro Cientista, levando incentivo à pesquisa científica crianças e jovens. Bolsista de projeto de extensão por 6 meses, desenvolvendo palestras e workshops sobre fontes de energias renováveis e resíduos sólidos. No Movimento Empresa Júnior, assumiu posições de liderança como Diretor Comercial da Líder Jr. e Gerência de projetos. Estagiou em três empresas, dentre elas, a Mind Consulting em que se responsabilizou pela inteligência de mercado, prospecção e gestão de projetos. Estagiário na ACE Startups em que elaborou e publicou o ACE Innovation Survey. Certificado em White Belt Lean Seis Sigma e metodologia SCRUM. Especialista em conteúdo no Grupo Voitto na área de P&D.
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