Qualquer tipo de investimento tem um risco. Por isso, muitas pessoas que desejam começar a investir têm receio ou dúvida de quando é o melhor momento para investir em uma ação ou outro ativo. Para isso, existem estratégias de análise, como a retração de Fibonacci.
Ela é uma das ferramentas mais utilizadas, tanto por traders experientes quanto iniciantes, porque é muito fácil de aplicar e simples de entender. Com ela, é possível fazer previsões sobre a valorização ou desvalorização de uma ação, por exemplo, mas existem muitas outras aplicações no mercado financeiro.
Por isso, vamos aprender mais sobre a retração de Fibonacci vendo os seguintes assuntos:
● O que é a Retração Fibonacci?
● Quais são as retrações de Fibonacci?
● Como a retração de Fibonacci pode ser aplicada nos investimentos?
A retração de Fibonacci é um tipo de análise financeira técnica. Ela utiliza um gráfico com a variação do valor de um ativo pelo tempo, e nele são traçadas linhas horizontais que indicam a probabilidade de ocorrência de níveis de suporte ou resistência.
Um nível de suporte é um nível de preço em que um ativo não cai além dele por um período de tempo. Ele é criado quando compradores entram no mercado financeiro sempre que o ativo cai para um preço mais baixo.
Já o nível de resistência é o preço pelo qual o valor de um ativo encontra dificuldades em aumentar devido ao surgimento de um número grande de vendedores que queiram vender a esse preço.
A retração de Fibonacci é baseada nos números-chave identificados pelo matemático italiano Leonardo Fibonacci, no século XIII. A sequência de Fibonacci é a seguinte: 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, etc. Cada termo nesta sequência é simplesmente a soma dos dois números anteriores, e ela continua infinitamente.
A principal característica dessa sequência numérica é que cada número é aproximadamente 1,618 vezes maior que o número anterior. Essa razão é chamada de número Phi. Ela é utilizada pelos traders técnicos para determinar os níveis de retração.
Essa proporção é encontrada em plantas, formações cósmicas, artefatos históricos e arquitetura.
Na análise técnica, uma retração de Fibonacci é criada escolhendo dois pontos extremos (geralmente uma alta e uma queda) em um gráfico de ações e dividindo a distância vertical pelas principais razões de Fibonacci de 23,6%, 38,2%, 50%, 61,8% e 100%.
Esses níveis de retração (exceto 50%, já que não é um número de Fibonacci oficial), são derivados da sequência numérica que vimos anteriormente. Depois que a sequência começa, dividir um número pelo próximo resulta em 0,618, ou 61,8%. Dividir esse número pelo segundo resulta em 0,382 ou 38,2%, e assim em diante.
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As retrações de Fibonacci não possuem uma fórmula para serem calculadas. Elas dependem do analista, que escolhe dois pontos no gráfico. A partir disso, as linhas dos indicadores são desenhadas na porcentagem das retrações.
As principais retrações são 23,6%, 38,2%, 61,8%. Utilizar esses níveis de retração ao negociar ativos é extremamente útil de uma perspectiva de gestão de dinheiro.
Suponha que o preço de uma ação aumente de R$10 para R$15, e esses dois níveis de preços são os pontos usados para desenhar o indicador de retração. Então, o nível de 23,6%, por exemplo, ficará em R$13,82 (15 - (5 x 0,236) = 13,82).
A retração de 23,6% é considerada leve. É o tipo que mais ocorre, e não dura muito tempo. Por isso, o investidor precisa ficar atento para realizar os trades.
Já a de 38,2% é moderada. Normalmente, a tendência é que os ativos cheguem a este patamar e percam força.
A retração de 61,8% é a mais importante, e por isso é chamada de retração ouro.
Essas retrações podem ser utilizadas em várias aplicações, como na previsão de lucros de uma empresa, ou nos investimentos, para quem quer diversificar sua carteira.
A retração de Fibonacci pode desempenhar um papel no mercado de ações e na bolsa de valores. Os traders técnicos a utilizam para determinar os pontos críticos onde o impulso do preço de um ativo provavelmente se reverterá.
Ela também faz parte de outros tipos de análises técnicas. Por exemplo, as retrações são predominantes nos padrões de Gartley e na teoria de Elliott Wave. Essas formas de análise técnica mostram que as reversões tendem a ocorrer perto das retrações de Fibonacci.
Elas são as mais utilizadas dentre todas as ferramentas de negociação de Fibonacci. Isso se deve em parte à sua relativa simplicidade e em parte à sua aplicabilidade a quase todas as estratégias de negociação.
Ela pode ser utilizada para traçar linhas de suporte, identificar níveis de resistência, pontos de reversão de tendências, colocar ordens de stop-loss e definir preços-alvo. Isso é bastante útil para identificar as zonas de alerta, ou seja, os momentos em que o investidor pode entrar nas negociações.
As retrações de Fibonacci podem até atuar como um mecanismo primário em uma estratégia de negociação de contra-tendência.
Pense na seguinte situação: você queria comprar uma determinada ação, mas não conseguiu por causa de uma forte e repentina alta. A atitude mais prudente a tomar seria esperar por uma queda no valor da ação. Os níveis de retração de Fibonacci atuam como um nível potencial até o qual uma ação pode ser corrigida.
Ao traçar os níveis de retração de Fibonacci, o trader pode posicionar-se para uma oportunidade de realizar negociação. No entanto, a retração de Fibonacci funciona melhor como uma ferramenta de confirmação.
Ainda, os níveis de retração de Fibonacci são estáticos. Isso permite uma identificação rápida e fácil, ajudando os comerciantes e investidores a antecipar e reagir com prudência quando os níveis de preços mudam.
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Thiago é engenheiro de produção, pós-graduado em estatística e mestre em administração pela UFJF. Especialista Black Belt em Lean Six Sigma, trabalhou na Votorantim Metais e MRS Logística, onde foi gestor e especialista em melhoria contínua. Com certificações MOS® e Auditor Lead Assessor ISO 9001, atuou em projetos de consultoria e ministrou treinamentos e palestras em congressos como ENEGEP e Six Sigma Brasil. Professor nas áreas de Gestão e Empreendedorismo, é fundador do Grupo Voitto e mentor de empresas, dedicando-se à liderança executiva da Voitto, com a visão de torná-la a maior escola online de gestão do Brasil.
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