Muito tem se discutido acerca das taxas de emissões de carbono e como reduzi-las para atingir o objetivo base de aquecimento do Acordo de Paris: evitar o aumento da temperatura do planeta e permanecer abaixo dos 2 ºC.
Para atingir esse objetivo, de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), as emissões precisam cair radicalmente até 2025.
Atualmente, a busca por soluções para conter o aumento do aquecimento global acontece em nível mundial e muitos países têm feito esforços para alcançar a neutralidade, como é o caso da Islândia, que abordaremos logo em seguida.
Nesse artigo veremos:
A aplicação dessa tecnologia é feita em Reykjavik, na Islândia, onde atuam a usina geotérmica On Power e as companhias Climeworks e Carbfix, que promovem a retirada de carbono da atmosfera e seu estoque novamente no solo.
O processo pode ser feito de duas maneiras, tanto com a retirada do carbono pela própria geotérmica no momento da produção de energia, como pela retirada do CO2 depois de ter sido liberado, já na atmosfera, esse último feito pela Climeworks.
A empresa Carbfix atua nos dois tipos de processo, sendo responsável por reproduzir o procedimento natural, em que o dióxido de carbono se dissolve em água e entra em contato com rochas basálticas, formando minerais estáveis e garantindo um armazenamento permanente e seguro de CO2.
O procedimento acontece da forma inversa ao da queima de combustíveis fósseis, onde o carbono que antes se encontrava armazenado há milhões de anos no subsolo é lançado na atmosfera com a queima do carvão mineral e dos derivados do petróleo, não sendo possível realizar a reciclagem do CO2.
Para conseguir alcançar o processo de retirada, a companhia insere o carbono diretamente na água, o que desencadeia a produção de um ácido de ph 3,2 que será injetado no subsolo. Dessa maneira, o ácido líquido é introduzido até a camada de rochas basálticas, um tipo de rocha vulcânica, tendo efeito de dissolução dos íons de cálcio e magnésio das camadas de basalto poroso, gerando cálcio e magnésio.
Pesquisas e amostras relatam que, depois de 2 anos, 95% do CO2 que passou por esse processo se mineralizou e ficou armazenado nos poros das rochas.
Inicialmente, a empresa Climeworks tinha tecnologia suficiente para aproximadamente 4.000 toneladas/ano. Porém, atualmente, depois de investimentos realizados em 2022, passou a possuir capacidade para 40.000 toneladas/ano (equivalente a emissão anual de 6.000 europeus). Com isso, está sendo visada por grandes empresas como a Microsoft que pretende reduzir suas taxas de emissão até a data de 2030.
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