Cerca de um terço da população é introvertida. Isso significa que grande parte das pessoas que você convive, ou até você mesmo, tem essa característica.
Mas será que ter essa personalidade é realmente um problema? Os introvertidos são menos capazes ou menos criativos que as outras pessoas?
Continue lendo esse artigo para descobrir:
Susan Cain é uma escritora e palestrante norte-americana muito conhecida por seu livro “O poder dos quietos” que se tornou um best-seller.
Formou-se em direito e trabalhou como advogada e consultora no início de sua carreira. Porém, abandonou sua carreira no direito para se dedicar à escrita, o que sempre foi o seu sonho.
Em 2015, Susan fundou a Quiet Revolution, uma empresa que tem a visão de “desbloquear o poder dos introvertidos para o benefício de todos nós”, com iniciativas para empresas, escolas e estilo de vida para pessoas.
Susan Cain é muito conhecida por seu TEDx “O poder dos introvertidos”, que é um dos mais assistidos, com mais de 28 milhões de visualizações.
Nesta palestra, Susan aborda como os introvertidos têm habilidades e talentos extraordinários e também devem ser valorizados e reconhecidos, especialmente em um mundo tão agitado como o nosso.
Ficou curioso para saber mais sobre esse assunto? Então continue!
No decorrer do TEDx, Susan Cain aborda alguns pontos importantes sobre os introvertidos e suas relações com as pessoas, as organizações e o ambiente. Descubra a seguir quais são eles:
Susan começa a conversa contando sobre uma experiência da sua infância. Ela sempre foi uma menina quieta e que gostava muito de ler. Em sua família, eles sempre tinham o costume de ler reunidos.
Aos 9 anos, ela foi para o seu primeiro acampamento de férias e encheu a mala de livros, já que era uma atividade que gostava muito de fazer e era comum em sua família.
Ao chegar lá, ela percebeu que a realidade não era muito bem o que estava imaginando. A monitora das crianças era muito animada e a todo tempo afirmava a necessidade das crianças estarem animadas também.
Quando Susan tentava se separar e começar a ler algum livro, a monitora se aproximava com um semblante preocupado e reafirmava o espírito do acampamento e como ela deveria se esforçar para ser mais extrovertida.
Com o exemplo de sua infância, ela afirma como ser extrovertido é o padrão esperado atualmente e como os introvertidos precisam, constantemente, se encaixar nesse molde.
Em diversos ambientes, podemos enxergar essa necessidade de parecer mais radiante, extrovertido e atraente. Seja na escola, no trabalho, ou até mesmo na sociedade, para ser considerado mais sociável.
“A sociedade é em si um ensino dos valores da extroversão, e raramente houve uma sociedade que os pregasse com tanto empenho. Nenhum homem é uma ilha, mas John Donne se contorceria ao ouvir com que frequência, e por que razões, esse pensamento é exaustivamente repetido.” (William Whyte)
Mas o que realmente é a introversão? Vamos entender melhor!
Introversão e timidez podem ser características facilmente confundidas. Mas, por mais que pareça, elas não significam a mesma coisa.
A timidez é o medo do julgamento social. Já a introversão é uma forma de se relacionar com o meio à sua volta, preferindo estar sozinho na maioria das vezes.
Ser introvertido não é sinônimo de ter medo ou aversão às pessoas. Significa apenas que, na maioria das vezes, os introvertidos desenvolvem melhor as suas tarefas e habilidades sozinhos.
De acordo com Susan, os extrovertidos precisam de muita estimulação e contato interpessoal, mas os introvertidos se sentem mais ativos e calmos quando estão em um ambiente silencioso.
Mas isso significa que os introvertidos são menos capazes ou menos talentosos do que as outras pessoas?
Hoje em dia, o pensamento em grupo é muito valorizado nas organizações, como no local de trabalho ou na escola.
Decorrente disso, surge um estigma de que a criatividade e a produtividade são provenientes de um pensamento de grupo ou de um local de debate entre várias pessoas reunidas.
Mas será que as pessoas mais talentosas, os melhores líderes ou os melhores estudantes, são os mais extrovertidos?
Susan destaca exemplos de líderes que marcaram a história e que, mesmo assim, eram introvertidos. Como exemplos temos:
Esses líderes se descreviam como pessoas quietas, de voz suave e, até mesmo, tímidas.
Outro exemplo de pessoa introvertida foi o pesquisador Charles Darwin. Ele foi um naturalista, biólogo e geólogo, que desenvolveu grandes avanços na ciência.
E adivinhe só? Gostava de caminhar sozinho na natureza, onde fazia as suas maiores descobertas.
Psicólogos observam que a maioria das pessoas criativas são muito boas em desenvolver e trocar ideias, mas também têm um traço forte de introversão.
Ou seja, os introvertidos não são menos talentosos nem menos criativos que as demais pessoas.
Susan finaliza contando o exemplo de seu avô. Ele amava ler, assim como a maioria de sua família, e era um homem introvertido. Pregou sermões por mais de 60 anos em sua comunidade, mesmo tendo dificuldade de manter contato visual.
Porém, quando ele faleceu aos 94 anos, os policiais tiveram que fechar as ruas para acomodar a multidão de pessoas que se reuniu para despedir-se dele.
“O segredo da vida é colocar a si mesmo sob a luz certa. Para alguns são os holofotes da Broadway; para outros, uma escrivaninha iluminada. Use seus poderes naturais — a persistência, a concentração, o discernimento e a sensibilidade — para fazer um trabalho que você ama e com o qual se importa.” (Susan Cain, O poder dos quietos, p. 208)
O insight de destaque desta palestra é que cada um de nós tem uma perspectiva e uma forma de ver o mundo, e todos nós temos igual capacidade de sermos criativos, talentosos e inovadores, independente da personalidade.
Susan afirma que:
“O segredo para maximizar os nossos talentos é nos colocar na zona de estimulação que nos seja adequada.”
Gostou desse assunto e quer assistir ao TEDx na íntegra?
Grad. em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Atuou como Gerente de Projetos e Conselheira Fiscal na empresa júnior Edifica Consultoria. Trabalhou como estagiária no Laboratório de Mecânica das Rochas da UFV. Foi bolsista de Iniciação Científica do CNPq na área de Mecânica das Rochas. Atuou como monitora da disciplina de "Fundamentos das estruturas" e atua como monitora da disciplina de “Teoria das estruturas I" da UFV. Possui certificação em Produção de conteúdo, Marketing de conteúdo, Copywriting e Revisão de conteúdo. Especialista na produção de conteúdo na área de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Voitto.
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