TPM, abreviação de Total Productive Maintenance, é uma ferramenta que oferece estratégias e procedimentos para uma cadeia produtiva, de maneira que haja o funcionamento pleno de máquinas e recursos. Ou seja, é uma técnica para padronizar operações e otimizar processos.
Uma corrente é tão forte quanto seu elo mais fraco. Ainda que seja clichê, essa frase representa o que as indústrias trabalham anos para superar: o planejamento e a prevenção de equipamentos quebrados em seu processo produtivo.
A melhor maneira para solucionar essas questões é pelo uso de manutenção rotineira e preventiva, o que ajuda a diminuir desperdícios e garantir a qualidade a produção de maneira geral.
Por isso, muitas indústrias utilizam TPM (Manutenção Produtiva Total), um dos métodos mais populares de estruturação da manutenção. Com esse recurso, é possível eliminar as falhas inesperadas, os produtos defeituosos e a ocorrência de acidentes.
Neste artigo que você irá aprender:
A TPM (Manutenção Produtiva Total) é uma abordagem geral sobre manutenção de equipamentos que busca alcançar a produção perfeita:
Essa ideia enfatiza a manutenção preventiva e proativa, de modo a maximizar a eficiência operacional do equipamento. Ela mistura os cargos de produção e manutenção ao colocar uma forte ênfase em empoderar os operadores a ajudar na manutenção das máquinas.
A implementação dos 8 pilares da TPM é fundamental para criar uma responsabilidade compartilhada, o que promove um maior envolvimento por parte dos operários de chão de fábrica.
No ambiente adequado, os 8 pilares da TPM podem ser muito eficientes para aumentar a produtividade (reduzindo os tempos de entrega e eliminando defeitos).
Os 8 pilares da TPM estão intimamente ligados com toda a filosofia Lean, pois seus princípios precisam da base de um processo produtivo para efetuar mudanças ou melhorias nos processos.
Quer entender mais sobre a ferramenta? Assista o nosso vídeo sobre os aprendizados e implementação a TPM:
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A técnica surgiu no Japão em 1950 e é utilizada até os dias de hoje, o que comprova a sua eficiência no ramo industrial. Que tal aprender mais sobre a Manutenção Produtiva Total e seus pilares?
O Ebook ”Manutenção Produtiva Total (TPM): entenda os 8 pilares da metodologia” tem um material aprofundado sobre o assunto, em suas páginas é possível encontrar a história do surgimento dessa metodologia e seus conceitos básicos para execução na prática.
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A origem da Manutenção Produtiva Total se deu na década de 50, no Japão. A empresa de componentes automotivos Nippondenso foi a primeira companhia a introduzir manutenção preventiva por todo o chão de fábrica.
No entanto, com o aumento da automação no processo produtivo, a demanda de manutenção aumentou muito, o que gerou a necessidade de uma equipe de manutenção maior e mais custosa.
Pensando nisso, a gerência decidiu que a manutenção de rotina dos equipamentos seria realizada pelos próprios operadores (manutenção autônoma, um dos 8 pilares da TPM).
A mão de obra de manutenção foi reduzida e passou a realizar trabalhos pontuais, modificações e instalações de novas máquinas. Tais modificações serviram para a instauração da manutenção preventiva na empresa.
Essa conjunção de manutenção preventiva com a manutenção autônoma deu início ao que é chamado de manutenção produtiva, que visa maximizar a eficiência da fábrica e dos equipamentos.
A fundação dos 8 pilares da TPM começa com a implantação do programa 5S. Os problemas não podem ser identificados quando o local de trabalho é desorganizado. Limpar e arrumar o ambiente ajuda a equipe a descobrir as falhas, que é o primeiro passo para a melhoria.
Basicamente, esse método consiste de 5 elementos:
Intuitivamente, é possível imaginar como o 5S cria uma fundação para uma empresa funcionar de maneira eficiente e fluida.
Por exemplo, em um ambiente de trabalho limpo e bem organizado, ferramentas e peças são mais fáceis de encontrar, além de simplificar a identificação de problemas emergentes como vazamentos, derramamentos, desgaste, entre outros.
A Manutenção Produtiva Total deseja aumentar a produtividade, a eficiência e a segurança ao empoderar operadores e líderes de equipe para desempenhar um papel proativo na manutenção dos equipamentos no cotidiano.
A gerência tem a tarefa de criar uma cultura interna para apoiar atividades contínuas que sejam baseadas nos 8 pilares da TPM:
O primeiro dos 8 pilares da TPM transfere a responsabilidade de manutenção rotineira, como limpeza, lubrificação e inspeção dos equipamentos para os operadores, o que gera um senso de "posse" da máquina, aumentando o cuidado por parte dos colaboradores.
Além disso, aumenta o conhecimento dos funcionários sobre os equipamentos e garante que estejam sempre limpos e bem lubrificados, ideal para seu funcionamento.
Por fim, a manutenção autônoma é importante para identificar problemas emergentes antes de virarem falhas. Como a manutenção de rotina é feita pelos próprios operadores, isso libera a equipe de manutenção para tarefas mais complexas e importantes.
Outro pilar da TPM é agendar trabalhos de manutenção baseados nas taxas de falhas que foram medidas ou previstas, ou seja, trabalha tanto com a manutenção preventiva quanto com a manutenção preditiva.
Esse método é importante para reduzir problemas inesperados e permite que a manutenção seja realizada durante períodos em que o equipamento não estaria sendo usado, o que aumenta a produtividade.
Outro fator positivo é a otimização do estoque de peças, que passa a considerar a necessidade de manutenção e a taxa de desgaste dos equipamentos.
Objetiva prevenir e identificar erros de desenvolvimento no processo de produção. Para isso, é necessário realizar a análise de causa raiz, que pode ser feita com o uso dos 5 Porquês.
Após identificados os problemas de qualidade existentes, é possível implantar projetos de melhoria específicos, o que reduz substancialmente a quantidade de defeitos.
A manutenção da qualidade também serve como redução de custos, uma vez que enxerga os problemas no início do processo produtivo, atividade que permite diminuir a taxa de desperdício.
Um dos 8 pilares da TPM é buscar melhorias específicas. Assim, é fundamental que pequenos grupos de funcionários trabalhem em equipe e de maneira proativa, visando alcançar melhorias regulares na operação dos equipamentos.
A combinação de talentos coletivos dentro da empresa ajuda a resolver problemas recorrentes de maneira mais fácil e rápida, além de criar uma estrutura para a melhoria contínua.
Para a implantação desse pilar, é importante fazer uso da metodologia Kaizen e da métrica OEE, que procura medir a eficiência global de certo equipamento, considerando seus níveis de disponibilidade, eficiência e qualidade.
O fundamento do controle inicial visa direcionar o conhecimento prático adquirido através da TPM no desenvolvimento e aquisição de novos equipamentos, fazendo com que eles atinjam seu desempenho máximo mais rápido, com uma melhor adaptação.
Além disso, a manutenção acaba sendo mais simples e eficiente, já que envolve os funcionários na análise e instalação das novas máquinas.
É necessário eliminar as lacunas de conhecimento existentes para alcançar os objetivos da Manutenção Produtiva Total. Isso se aplica a todas as esferas da empresa, desde operadores, equipes de manutenção até aos gerentes.
Com isso, os operadores desenvolvem habilidades para manter rotineiramente os equipamentos utilizados e identificar problemas. A equipe de manutenção aprende novas técnicas para manutenção preventiva e proativa.
Já os gerentes são treinados para aplicar os 8 pilares da TPM, além de aconselhar e desenvolver suas equipes de funcionários.
Para tornar o local de trabalho mais eficiente e produtivo, é necessário criar um ambiente saudável e com bem estar para os colaboradores.
Esse pilar da TPM foca na eliminação de riscos de segurança e de saúde, especificamente visando um processo produtivo sem a ocorrência de acidentes.
A implantação desses fundamentos aumenta a motivação e o engajamento dentro da empresa, fatores primordiais para o desempenho máximo de uma organização.
O último pilar da TPM consiste na aplicação das técnicas também nos processos administrativos, eliminando desperdícios também na esfera gerencial.
Esses métodos permitem um melhor apoio à produção através de operações administrativas mais eficientes, como agendamentos, processamento de pedidos e aquisição de novos produtos e equipamentos.
Para cumprir esse objetivo, é interessante utilizar os fundamentos do Lean Office, ferramenta enxuta que pretende otimizar os processos administrativos.
Depois de ser exposto ao mundo dos negócios nos anos 80, o Lean Manufacturing integrou a ferramenta TPM para atender a um objetivo estratégico específico: alcançar maior estabilidade - uma condição altamente necessária para o modelo enxuto funcionar.
Você se lembra que o objetivo básico do Lean Manufacturing é combater o desperdício?
Assim, para combater seus 8 desperdícios corporativos e promover o aumento de desempenho de uma organização, o Lean adota 4 princípios fundamentais: seus 2 pilares de suporte, Just in Time e Jidoka, seu conceito Takt Time e sua filosofia Kaizen.
Mas todos esses princípios precisam se basear na previsibilidade de um processo produtivo. A base para qualquer mudança ou melhoria nesses processos é a padronização, consistência e estabilidade: ambas as consequências alcançadas por meio da ferramenta TPM.
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Thiago é engenheiro de produção, pós-graduado em estatística e mestre em administração pela UFJF. Especialista Black Belt em Lean Six Sigma, trabalhou na Votorantim Metais e MRS Logística, onde foi gestor e especialista em melhoria contínua. Com certificações MOS® e Auditor Lead Assessor ISO 9001, atuou em projetos de consultoria e ministrou treinamentos e palestras em congressos como ENEGEP e Six Sigma Brasil. Professor nas áreas de Gestão e Empreendedorismo, é fundador do Grupo Voitto e mentor de empresas, dedicando-se à liderança executiva da Voitto, com a visão de torná-la a maior escola online de gestão do Brasil.
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