A pandemia de coronavírus vem afetando todos os setores da economia brasileira. Segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), a produção industrial brasileira constatou a terceira queda seguida no ano em abril de 2021.
Porém, nem tudo está perdido. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),o PIB brasileiro cresceu além do esperado por vários bancos nesses três primeiros meses de 2021. Vamos ver melhor o cenário a partir dos seguintes pontos:
Pelo terceiro mês consecutivo, a produção industrial no Brasil está em queda. Segundo dados do IBGE, ela caiu 1,3% em abril na comparação com março.
Mas essa queda não é apenas relativa ao mês de março. A produção atual também está 1% abaixo do patamar de antes da pandemia de coronavírus. O resultado de abril de 2021 é o de pior desempenho desde 2002.
Esse decrescimento na indústria brasileira foi muito influenciado pela queda de 9,5% na produção de coque, um derivado de petróleo e biocombustíveis.
Mas se analisarmos um período de tempo maior, veremos que a produção industrial no nosso país mostra um aumento de 10,3% em 2021 e de 1,1% se considerarmos os últimos 12 meses.
Se compararmos esse resultado com o de abril de 2020, veremos uma alta de 34,7%. Isso se deve ao fato de que no ano passado o setor enfrentou a sua maior queda histórica, de 27,7%.
Segundo André Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal, o resultado é reflexo das paralisações de várias fábricas ao redor do país por conta do coronavírus.
Além da pandemia, outros pontos influenciam nessa baixa, como o aumento da inflação, diminuição do auxílio emergencial e a alta taxa de desemprego.
Apesar da queda no setor industrial, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresce acima do esperado no primeiro trimestre de 2021.
Nem tudo é notícia ruim para o Brasil. Segundo o IBGE, o PIB brasileiro cresceu 1,2% no primeiro trimestre de 2021 quando comparado com o quarto trimestre de 2020. O resultado ainda representa um crescimento de 1% na comparação com os primeiros três meses de 2020.
Segundo o Goldman Sachs, o resultado se deve às melhoras no ambiente externo e também por ganhos de eficiência. O banco também aumentou a projeção de crescimento do PIB brasileiro de 4,6% para 5,5%.
Alberto Ramos, chefe de pesquisa econômica do Goldman Sachs para a América Latina, afirmou que a economia deve se recuperar nos próximos meses em decorrência da vacinação e reabertura do comércio.
A XP Investimentos, apesar de não revisar o seu cálculo de imediato, disse que o PIB brasileiro está com um viés de alta. A corretora de investimentos atribui parte disso à adaptação das empresas e famílias brasileiras ao cenário pandêmico que estamos vivendo no momento.
A revisão do Bank of America foi a que gerou uma maior margem de correção: de 3,4% foi para 5,2%. Segundo o banco, a economia brasileira é cada vez menos afetada por medidas de restrição e, portanto, uma possível terceira onda da pandemia não deve ter um impacto tão significativo na economia do país quando a queda identificada no início da pandemia em 2020.
Para Jayme Carvalho, conselheiro da Planejar (Associação Brasileira de Planejamento Financeiro), o aumento no PIB não significa necessariamente algo positivo para as famílias, pois tanto a taxa de inflação quanto a de desemprego estão altas.
O consumo das famílias se manteve estável no primeiro trimestre, com uma queda de 0,1% na comparação com o quarto trimestre de 2020 e de 1,7% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado.
Além disso, outros pontos influenciam nesse crescimento do PIB, como os gastos públicos, que continuam caindo. O corte de gastos foi de 0,8% com relação ao quarto trimestre de 2020 e de 4,9% na comparação anual.
As exportações tiveram um aumento de 3,7% na comparação trimestral e de 0,8% na comparação anual. Já nas importações os respectivos crescimentos foram de 4,6% e 17%.
Grad. em Engenharia Elétrica na Universidade Federal de Santa Maria. Participou do Movimento Empresa Júnior atuando em consultorias, gerenciamento de equipes e no setor de marketing pela ITEP Jr. Bolsista de iniciação científica na área de eficiência energética. Possui formação em Excel avançado, Gerenciamento de Projetos, Fundamentos de Scrum, Produção de conteúdo, Marketing de conteúdo, Copywriting e Revisão de conteúdo. Especialista na produção de conteúdo na área de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Voitto.
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