Os presidentes de empresas como Google, Twitter e Facebook participaram de uma audiência conjunta na Câmara dos deputados dos Estados Unidos, no dia 25 de março, para debater sobre a disseminação de desinformação durante a pandemia.
A chamada seção 230 do Ato de Decência das Comunicações é a legislação que está em pauta nesse debate. Quer saber o porquê? Se atente aos seguintes tópicos, então:
A seção 230 é a legislação que garante às empresas uma certa imunidade com relação aos conteúdos publicados por usuários. Dentre essas empresas estão o Facebook, o Google e o Twitter.
Mas qual o motivo dessas desavenças sobre um assunto tão simples? O motivo é claro: Você acha que seria justo ser responsabilizado por notícias que seus usuários publicam e compartilham?
Esse é o caso das famosas fake news, que moldaram diversas eleições em torno do mundo.
Sob esse viés, Mark Zuckerberg defende que a reformulação nessa legislação possa excluí-los de qualquer culpabilidade, se seguirem as melhores práticas para removerem esses conteúdos danosos.
Você concorda ou discorda dessa posição? Ainda não tem uma opinião formada? Então, te ajudaremos a construí-la no próximo tópico.
Para se eximir da responsabilização pelos conteúdos publicados pelos seus usuários, o que só é possível a partir de políticas de conteúdo claras.
Dessa forma, o Facebook e o Google ouviram de parlamentares, na audiência conjunta perante dois subcomitês de Energia e Comércio da Câmara dos Deputados, que o tempo de autorregulação terminou.
Cabe ressaltar que, após a pandemia da desinformação atacar as redes sociais de alguma forma, muitas plataformas passaram a ser responsabilizadas pelo conteúdo propagado.
Por conta disso, diversas delas prepararam suas defesas para essa audiência, a exemplo do presidente da Google, Sundar Pichai, que propôs soluções para reformular a lei, sem defender adoção de práticas recomendadas, como Zuckerberg.
Nesse sentido, há diversas leis propostas por democratas para reformar a seção 230, as plataformas, porém, discordam de algumas delas.
Assim, o Facebook fez uma nota semelhante à sua defesa, publicada na quarta-feira (24), dizendo que deveria ocorrer uma nova seção permitindo que as empresas se tornassem imunes aos conteúdos feitos por usuários.
E aí? Você também escreveria uma nota semelhante dizendo os motivos pelos quais sua plataforma não poderia ser responsabilizada?
E no caso dos usuários? Seria possível criar informações acessíveis notificando as pessoas sobre suas publicações?
Será que estaríamos garantindo a livre expressão na internet, caso os usuários fossem responsabilizados pelo o que publicam?
É esse o argumento que as plataformas do Google, Facebook e Twitter falaram na audiência em questão, que já a seção 230 dura há meses e ainda não é passível de consenso.
Nesse sentido, caso a remodelação seja favorável às plataformas ou não, o impacto na experiência dos usuários só será sentido após a aprovação das reformulações na lei.
Porém, uma coisa é clara: poderíamos barrar ou até mesmo diminuir a quantidade de informações falsas que recebemos e compartilhamos. A questão é, estamos dispostos a sermos responsabilizados por isso?
Grad. em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Participou de projeto de extensão na área de cooperativismo. Atuou como estagiária no Tribunal Regional Eleitoral. Possui certificação em Marketing de Conteúdo, Produção de Conteúdo, Revisão de Conteúdo, Copywriting e Excel. Especialista na produção de conteúdo na área de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Voitto
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