Para falar sobre a Síndrome de Gabriela, não podemos deixar de citar um trecho da música “Modinha para Gabriela”, escrita por Dorival Caymmi e interpretada por Gal Costa: “Eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, vou sempre assim… Gabriela”.
Você já ouviu de alguém no seu ambiente de trabalho (ou você já até mesmo se utilizou da expressão) que “sempre fizemos assim e deu certo, não há porque mudar”? Ou melhor: “em time que está ganhando não se mexe”?
Esse tipo de fala, ou comportamentos irredutíveis, são características da Síndrome de Gabriela. Tal comportamento pode dificultar o crescimento pessoal e profissional da pessoa, bem como afetar os seus relacionamentos, demonstrando um déficit na inteligência emocional.
Um dos maiores problemas que podemos destacar em relação a esse tipo de comportamento é a necessidade de agilidade e adaptação que o mundo VUCA exige.
Ao longo deste artigo vamos falar sobre:
Vamos começar entendendo o que é a Síndrome de Gabriela.
A Síndrome de Gabriela é o reflexo da falta de autocrítica e autoconhecimento, que pode prejudicar os relacionamentos pessoais e profissionais de quem a possui.
A falta de adaptabilidade e a postura inflexível faz com que a pessoa tenha dificuldade em aceitar a opinião dos outros, bem como novas ideias e metodologias de trabalho.
Ela se recusa a modificar seus padrões e comportamentos, mantendo-se em sua zona de conforto, o que pode fazer com que ela perca oportunidades profissionais.
O indivíduo não percebe a própria autossabotagem e se torna refém de seus sabotadores mentais.
Tudo isso reflete na falta de desenvolvimento de suas habilidades cognitivas, relacionadas à falta de inteligência emocional e seus pilares.
A Síndrome de Gabriela pode trazer consequências negativas para o indivíduo e também para as organizações. Vamos conversar mais sobre isso no próximo tópico!
A nomenclatura “Síndrome de Gabriela” surgiu devido à música de Dorival Caymmi, tema da novela “Gabriela”, dos anos 70, escrita por Jorge Amado.
Pela condição se referir aos indivíduos com pouca adaptabilidade e flexibilidade, nada mais justo do que fazer uma alusão ao trecho “Eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, vou sempre assim…”, não é mesmo?
Além de trazer prejuízos para a pessoa, a Síndrome de Gabriela pode prejudicar toda a organização.
Vamos imaginar a seguinte situação:
Temos uma equipe composta por 5 profissionais altamente competentes e um deles possui características da Síndrome de Gabriela.
Um dos integrantes do time tem a excelente ideia de implementar as metodologias ágeis na cultura da equipe e, por consequência, da empresa como um todo.
Porém, aquele que possui a Síndrome de Gabriela não aceita a ideia. Diz que a empresa sempre se utilizou de metodologias tradicionais e não tem porque mudar agora.
Os seus colegas ficam surpresos com a sua reação e mostram as vantagens e a competitividade que tal metodologia traria para a organização, o que a colocaria em destaque em relação às suas concorrentes.
No entanto, ele não se convence e diz que é melhor permanecer do jeito que está, alegando que tais mudanças exigem muito empenho, são desgastantes e podem não dar certo.
Para evitar maior desgaste na reunião, os outros colaboradores preferem não tocar mais no assunto e deixar tudo como está, mas acabam tendo receio de se aproximar dessa pessoa.
Bom, após esse exemplo, vamos analisar a consequência dessa atitude irredutível.
O colaborador que tem as características da Síndrome de Gabriela tem o seu desenvolvimento profissional prejudicado, pois não quer se empenhar em adquirir novos conhecimentos e reconhecer a sua vulnerabilidade perante os novos desafios que surgirão.
O seu relacionamento com os outros integrantes da equipe foi afetado, o que prejudica o desenvolvimento das suas relações interpessoais. Em um certo momento ele pode se sentir excluído, gerando uma queda em sua autoestima.
A sua performance cai, prejudicando também os outros membros da equipe.
Por outro lado, a organização também perde uma grande oportunidade de crescimento, possuindo uma queda nas entregas de resultado e se tornando menos competitiva.
Perceberam? O medo de mudar, de encarar o desconhecido e de se frustrar pode acarretar diversas consequências negativas para quem possui a síndrome e para aqueles que estão ao seu redor.
Vamos entender como a síndrome de Gabriela pode ser vencida?
Sabemos que qualquer mudança gera desconforto, mas elas são necessárias para o nosso desenvolvimento e crescimento, seja ele pessoal ou profissional.
Tendo esse pensamento em mente, vamos conversar agora sobre algumas atitudes que podem ser adotadas.
O primeiro passo é fazer uma autoanálise e entender quais são as crenças e comportamentos limitantes.
Seja sincero com você mesmo. Se for necessário peça um feedback a respeito do seu comportamento para as pessoas mais próximas e esteja aberto às críticas construtivas.
Trace planos de ação para mudar o seu mindset e comportamentos que prejudiquem você e aqueles que estão ao seu redor.
Comece aos poucos. Lembre-se: a mudança não vai acontecer da noite para o dia. Dê um passo de cada vez, quando você menos perceber já terá atingido grandes resultados.
Para evitar esse tipo de comportamento dentro de uma organização, algumas ações podem ser tomadas pelos gestores e pela equipe de recursos humanos.
Garanta que os seus funcionários tenham uma comunicação holística com os outros setores.
Tenha uma liderança emocional capacitada para as suas funções e utilize uma gestão transparente. Forneça capacitações para os seus colaboradores. e crie uma cultura de feedbacks e um clima organizacional de motivação.
Essas atitudes, conjuntas ao empenho dos colaboradores, podem gerar resultados incríveis.
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Grad. em Engenharia Civil pela Universidade federal de Juiz de Fora. Participou de iniciação científica nas áreas de ambiente construído e transportes. Atua como voluntária no projeto de treinamento profissional no Núcleo de Estudos e Projetos em Educação e Tecnologia. Possui certificação em Inteligência Emocional, Formação Yellow Belt em Lean Seis Sigma, Fundamentos de Growth Hacking, Agile Scrum Foundation EXIN, Produção de Conteúdo Web, Marketing de Conteúdo e Copywriting. Especialista na produção de conteúdo na área de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Voitto.
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