
Em meio à crise de biodiversidade que encontramos, estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU) calculam ameaça de 1 milhão de espécies de plantas e animais de extinção.
Dentro desse contexto assustador, cientistas do Nature´s Safe - maior biobanco de tecidos vivos do Reino Unido - trabalham selecionando castas para freezer que guardará amostras de DNA para o futuro.
Em frascos, as unidades são armazenadas a -196°C, temperatura em que os processos químicos naturais que ocorrem nas células param, permitindo a preservação do código genético.
O objetivo dos cientistas é assegurar a diversidade genética e, posteriormente (assim que alcançarmos a tecnologia eficaz), reanimar esses genes para salvar a espécie.
Essa tarefa vem sendo feita em cooperação com alguns zoológicos da Europa que, no momento em que animais de certas espécies morrem ou são sacrificados, fornecem unidades de tecidos para o biobanco.
As amostras de tecido epidérmico possuem células muito úteis para a estratégia de conservação, principalmente um tipo de célula presente no tecido conjuntivo chamado fibroblasto.
Essas células são importantes e fundamentais para processos de cura e restauração e, assim que retiradas da refrigeração e aquecidas com banho de nutrientes, passarão pelo processo de divisão e de multiplicação.
Com o sucesso dessa técnica, uma das opções viáveis para o posterior uso desse DNA congelado é a clonagem.
Primeiramente, é preciso ter noção sobre a importância da diversidade genética. À proporção que a população de uma espécie diminui, aumentam os riscos de endogamia, que é a reprodução entre “parentes”.
A endogamia traz pontos negativos para a saúde da espécie, já que aumenta a semelhança entre os indivíduos e pode evidenciar os defeitos dos animais. Sua prática resulta na transmissão de doenças genéticas, redução da fertilidade e sobrevivência do grupo.
Segundo Ben Novak, cientista-chefe da companhia de biotecnologia americana Revive and Restore, os ambientalistas estão buscando salvar as espécies, mas não conseguem salvar todas.
Para Novak, armazenar os DNAs no banco nos dá a chance de no futuro fazer a recomposição.
Em todo caso, a estratégia de congelar material genético ainda enfrenta muitas dificuldades.
Além da preocupação de que o biobanco passe a mensagem errada de que não precisamos mais nos preocupar em cuidar e salvar as espécies em risco de extinção, trata-se de um método caro e que não consegue atender todas as espécies necessitadas.
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