Entenda como a Cronoanálise pode otimizar os seus processos de produção!

A Cronoanálise é uma metodologia de engenharia industrial que tem como objetivo estudar, analisar e otimizar os tempos de execução de um processo ou atividade.

Sendo assim, é possível afirmar que a Cronoanálise é uma ferramenta muito utilizada no mundo da gestão das empresas. E, que, consequentemente, pode te ajudar a repensar a qualidade da sua produção.

Quer aprender mais sobre Cronoanálise? Fique tranquilo(a) que nesse artigo iremos explicar tudo o que você precisa saber sobre essa metodologia. Separamos os seguintes tópicos para serem abordados:

• O que é a Cronoanálise?
• A origem da Cronoanálise;
• Cronoanálise e Cronometragem são a mesma coisa?
• Quais os benefícios da Cronoanálise?
• Quais são as desvantagens da Cronoanálise? 
• Como aplicar a Cronoanálise na sua produção? 

O que é Cronoanálise? 

A cronoanálise é uma ferramenta muito utilizada por gestores em suas fábricas. Mas, além disso, ela é uma metodologia avançada que possibilita o estudo do tempo e dos movimentos dentro de uma produção.

Sendo assim, isso significa que esse estudo tem como objetivo compreender possíveis falhas no processo de produção, a fim de, posteriormente, otimizá-lo.

Então, basicamente a Cronoanálise tem como objetivo medir o tempo e os movimentos de uma produção.

Permitindo que o gestor tenha conhecimento de quanto tempo é necessário em cada etapa da produção, para que em um segundo momento, promova a melhoria contínua desses processos.

Assim como toda ferramenta de produção, a Cronoanálise visa produzir mais em menos tempo. Logo, é por esse motivo que a ferramenta se tornou indispensável nas indústrias atualmente, principalmente se falarmos de empresas de logística.

O principal diferencial da Cronoanálise é a possibilidade de calcular o tempo gasto em cada etapa da produção. Ou seja, é possível mensurar quanto tempo o Alex gasta na etapa da produção, assim como quanto tempo o Gabriel leva para exercer a mesma função.

A origem da Cronoanálise

Embora seja muito utilizada atualmente, a Cronoanálise teve sua origem na Inglaterra, no mesmo período do surgimento do Taylorismo. Isto é, por volta de 1911.

Seus idealizadores foram Frederick Taylor e Bunker Gilbreth.

De modo que Frederick Taylor foi responsável pela autoria das análises do tempo, uma vez que era um especialista em eficácia operacional.

Enquanto Bunker Gilbreth foi o autor das análises dos movimentos. Isso porque, devido a sua formação de Engenheiro Industrial, tinha interesse em conhecer melhor o comportamento dos colaboradores de uma empresa.

Logo, unindo o conhecimento de ambos, surgiu o método da Cronoanálise, que possibilita a otimização dos processos de produção até os dias atuais.

Cronoanálise e Cronometragem são a mesma coisa?

Não, a Cronoanálise e a Cronometragem não são a mesma coisa, embora estejam relacionadas.

A Cronoanálise é uma técnica utilizada para estudar e analisar os tempos de execução das atividades em um processo de produção ou operacional.

Ela envolve a observação e o registro detalhado de cada etapa do processo, identificando os tempos de trabalho, pausas, deslocamentos, entre outros elementos.

Já a Cronometragem é a medição precisa dos tempos de execução de cada atividade em um processo, utilizando instrumentos como cronômetros ou softwares especializados.

Ela é uma ferramenta fundamental na Cronoanálise, pois permite obter dados precisos sobre os tempos de execução, que serão posteriormente analisados e utilizados para otimizar o desempenho do processo.

Portanto, enquanto a Cronoanálise se concentra na análise e melhoria dos tempos de execução das atividades, a Cronometragem é uma técnica específica utilizada para medir esses tempos com precisão.

Ambas são importantes para a gestão da produtividade e eficiência de um processo.

Quais os benefícios da Cronoanálise? 

Agora que você já conhece um pouco mais sobre essa metodologia, deve estar se perguntando: quais os benefícios de introduzir essa ferramenta na minha empresa?

O primeiro benefício é o aumento dos lucros, que é o objetivo principal de todas as empresas. Isso porque, esse método tem como premissa otimizar os processos de produção através da análise do tempo e dos movimentos, o que resulta em mais produção em menos tempo de trabalho.

Outro ponto importante é a melhora na produtividade, uma vez que a Cronoanálise analisa os processos de produção e identifica possíveis falhas que prejudicam a realização de determinada tarefa.

Como consequência disso, essa metodologia possibilita o aumento da remuneração. Isso porque, ao observar cada etapa da produção é possível identificar e, consequentemente, valorizar o bom colaborador.

Por último, mas não menos importante, o uso dessa ferramenta possibilita precisar indicadores de desempenho. O que, posteriormente, auxilia no estabelecimento de metas, controle do tempo de produção, identificação de falhas, etc.

Se você gostou de conhecer os benefícios da Cronoanálise, continue a leitura para entender as desvantagens dessa metodologia!

Quais são as desvantagens da Cronoanálise? 

A Cronoanálise, assim como qualquer metodologia ou ferramenta, pode apresentar algumas desvantagens que é importante considerar. Algumas das principais desvantagens da Cronoanálise incluem:

Complexidade

A Cronoanálise envolve a análise detalhada de cada etapa de um processo, o que pode exigir um tempo e esforço significativos. A coleta de dados precisos e a realização de medições podem ser complexas, especialmente em ambientes de trabalho dinâmicos.

Dependência de dados históricos

A Cronoanálise baseia-se em dados históricos para determinar os tempos padrão e identificar oportunidades de melhoria. No entanto, esses dados podem não ser totalmente representativos das condições atuais, levando a estimativas imprecisas ou desatualizadas.

Limitações da observação humana

A Cronoanálise depende da observação humana para medir e registrar tempos e movimentos. Essa abordagem pode ser suscetível a erros, subjetividade e influências externas, o que pode comprometer a precisão dos resultados.

Resistência à mudança

A implementação da Cronoanálise pode encontrar resistência por parte dos funcionários, especialmente se houver preocupações sobre monitoramento excessivo ou perda de autonomia.

É fundamental gerenciar essa resistência e envolver os colaboradores no processo para obter benefícios significativos.

É importante lembrar que as desvantagens da Cronoanálise podem ser minimizadas por meio de uma abordagem cuidadosa, adaptada às necessidades e realidade de cada empresa.

Como aplicar a Cronoanálise na sua produção? 

Para conquistar os inúmeros benefícios proporcionados pela Cronoanálise é necessário seguir alguns passos:

1. Faça o mapeamento do processo e suas etapas 

Essa etapa será a base para todo o processo de implantação da ferramenta, uma vez que conhecer todos os processos e procedimentos da empresa é essencial para compreendê-la.

2. Faça o levantamento do tempo de cada etapa do processo produtivo

A Cronoanálise busca melhorias no processo de produção. Logo, é importante que nessa etapa os analisadores não busquem aumentar a produtividade, mas sim, busquem observá-la do que jeito que ela é.

Portanto, nesse momento da implantação é importante estar atentoà capacidade produtiva de cada colaborador a cada atividade.

3. Identifique as falhas no processo produtivo

Agora que você já observou o processo produtivo da sua empresa e tem uma visão geral de cada uma dessas etapas, é importante entender quais falhas prejudicam esse processo.

E, obviamente, buscar uma solução para isso, que será explicada a seguir.

4. Defina tempo padrão 

Chegamos a última etapa da implantação da metodologia da Cronoanálise. Esse é o momento de colocar em prática tudo o que foi pensado e analisado anteriormente.

Para isso e para consequentemente chegarmos em um Tempo Padrão de produção é necessário fazer alguns cálculos.

Sendo assim, esse cálculo começa com o resultado da observação feita anteriormente. Isso porque esse cálculo leva em consideração o Tempo normal de Produção.

Para levar em conta o Tempo Normal de produção é necessário definir que esse tempo é a média do tempo gasto em cada fase da operação. Ou seja, se toda a operação tem 10 etapas e leva 1 hora para ser concluída, a média do tempo gasto é 6 minutos (360 segundos) por etapa.

Posteriormente, é necessário levar em consideração o rendimento de trabalho ideal de 100%, já que, não necessariamente, o trabalhador observado estava trabalhando em 100% do seu rendimento.

Por exemplo, se o colaborador observado, teve um rendimento de 80% em relação ao ideal, o Tempo Normal será calculado pela fórmula:

• Tempo Normal = Tempo Médio x Rendimento/ 100.
• Tempo Normal = 360 x 80/100 = 288.
  

Agora que temos o Tempo Normal, precisamos definir uma taxa de tolerância para o processo analisado. Suponha que esta seja de 10%.

• Tolerância = Tempo Normal x Taxa de Tolerância/100.
• Tolerância = 288 x 10/100.
• Tolerância = 28,8.

Por fim, chegamos ao Tempo Padrão, que nada mais é que o Tempo Normal menos essa Tolerância. Ou seja:

• Tempo Padrão = Tempo Normal - Tolerância.
• Tempo Padrão = 288 - 28,8.
• Tempo Padrão = 259,2.

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