O Design Thinking é uma abordagem para criar soluções inovadoras e pode estar presente de diferentes maneiras no seu cotidiano, sem que você tenha percebido, quer ver?
Você já parou para refletir porque existe um espelho dentro da maioria dos elevadores? Há diferentes razões que explicam os espelhos no elevador, sendo a principal delas a distração.
Quando você se encontra dentro de um elevador, a sua única função é esperar, e para tornar esse processo menos exaustivo são colocados esses espelhos que te distraem e não te deixam pensar que você está esperando. Isso é Design Thinking!
Ficou curioso para saber como essa metodologia é aplicada nas empresas para solucionar as dores dos clientes ou até mesmo dos colaboradores?
Continue lendo que te explicarei o que é o Design Thinking, as suas vantagens e te ensinarei a como aplicá-lo dentro da sua organização. Além disso, vou te oferecer materiais e dicas para que você fique expert no assunto.
Neste artigo, você aprenderá:
Design thinking, ou “pensamento do design” em português, é uma inovação na forma de solucionar problemas, passando do pensamento puramente crítico por estatística para a formação de ideias criativas que integralmente contentam as necessidades do mercado. É um meio de desvendar essas necessidades com mais foco na ideação da solução do que nos problemas a serem resolvidos.
O termo Design Thinking passou a ser difundido em 2008 por Tim Brown, CEO de uma empresa de design dos Estados Unidos, e desde então vem sendo utilizada nas mais diversas áreas.
De acordo com Tim Brown em seu livro "Change by Design", "Design Thinking é uma abordagem antropocêntrica para inovação que usa ferramentas dos designers para integrar as necessidades das pessoas, as possibilidades da tecnologia e os requisitos para o sucesso do negócio".
Empresas gigantes como Nike, Apple e IBM aplicaram o conceito para ganhar vantagem competitiva e criar produtos e serviços inovadores, além de utilizarem o Design Thinking na solução de problemas. A aplicação do método torna a organização mais flexível, mais responsiva ao seu público alvo e, consequentemente, melhor sucedida.
Você deve estar se perguntando o que torna essa metodologia tão eficiente em desenvolver soluções que melhoram a experiência do usuário, como o espelho no elevador, né? Continue lendo que vou te explicar todos os elementos que compõem o Design Thinking.
Com os elementos do Design Thinking fazendo parte de seu dia a dia, uma empresa é capaz de promover uma mudança na sua cultura, tornando-se cada vez mais centrada em seus consumidores. Isso é um dos princípios da inovação e pode apresentar diversas vantagens, vamos conferir as principais.
A aplicação de técnicas de Design Thinking no meio corporativo pode ajudar executivos a repensar ofertas de produtos, expandir seus mercados, oferecer maior valor agregado aos seus clientes e, principalmente, inovar para se manter relevante no mercado.
Visto isso, você já pode aproveitar sua jornada de desenvolvimento para assistir o Workshop de Inovação e Design Thinking e saber como aplicar os conceitos aprendidos em seus projetos. Este Workshop lhe possibilita desde aumentar a capacidade de criação da sua empresa, a estabelecer produtos minimamente viáveis, os MVP’s.
Certifique-se com poucas horas de dedicação em um conceito base e aplicável para a padronização do pensamento fora da caixa e projeção de ideias, clicando no botão abaixo:
Agora que você já entendeu tudo sobre essa metodologia e viu todos os benefícios que sua implantação pode trazer para sua empresa, deve ter ficado curioso sobre como aplicá-la na sua realidade.
Basicamente, o processo de criar soluções internas, como melhorar reuniões por meio do design thinking, ou externas, como criar soluções para clientes por meio de projetos de design thinking é baseado nos seguintes pilares.
Então, aqui vão as principais etapas do design thinking destrinchadas para o processo de criação:
O primeiro passo é entender por completo a problemática que você deseja solucionar antes de começar a buscar soluções, afinal muitas vezes o real problema que você precisa enfrentar não é aquele que você originalmente se prestou a resolver.
Então é essencial definir o escopo e limites do projeto com a equipe a partir de uma exploração de conteúdos e dados claros sobre o problema proposto. Depois disso pode-se partir para tal etapa de aprofundamento, onde todos os membros devem estimular insights sobre cada tópico apontado no contexto da solução.
Um erro comum é tentar conectar o problema apenas com suas próprias experiências, o que te faz acreditar que você tem o total domínio e entendimento da situação. quando na verdade, o problema é sempre mais profundo e totalmente diferente do que as pessoas imaginam inicialmente.
Vamos fazer o exercício de imaginar que você está criando um novo design de andador para pessoas desabilitadas e idosos. No entanto, provavelmente você nunca fez uso de um, então como você poderia entender o que os clientes precisam?
Por isso, é importante realizar extensas pesquisas, observações e entrevistas com os reais consumidores, aí entra o fundamento de foco nos usuários presente no Design Thinking.
Para a definição do problema, o método busca se basear em pesquisas focadas no usuário, como pesquisas etnográficas (analisa a cultura e o comportamento de determinado grupo). O objetivo nessa etapa é entender e alcançar empatia com as pessoas para as quais você está desenvolvendo seu produto ou serviço.
Também é importante analisar e contactar outros stakeholders, como os vendedores e fornecedores, pois dessa forma, você consegue ter um maior entendimento acerca do ciclo de vida do produto.
Agora que você já mapeou e adquiriu conhecimento sobre o problema, chegou a hora de desenvolver soluções para ele. Isso é feito através de brainstorming.
Tudo que vier à mente deve ser exposto durante essa etapa, pois mesmo ideias que inicialmente pareçam absurdas podem dar início a um fluxo de ideias e concluir com uma solução brilhante.
Nessa fase, o importante é conseguir um alto volume de ideias, que serão analisadas e peneiradas posteriormente. Para isso acontecer, é necessário que a equipe evite julgamentos em relação a outras ideias, assim os participantes se sentem mais à vontade para lançar soluções e ficam mais engajados.
A partir das ideias desenvolvidas, é necessário analisá-las e escolher as que são entendidas como as mais plausíveis e viáveis para ser a solução procurada. Algumas técnicas são úteis nessa parte, como criação de rascunhos e de mapas mentais para desenvolver conceitos de alta qualidade do produto.
Uma parte crítica do processo de design thinking é o surgimento de ideias que sejam tangíveis, ou seja, aplicáveis ao mundo real.
É nesse estágio que são validados os melhores conceitos criados na fase anterior, nos exercícios de ideação. Você já definiu o problema. Você conversou com clientes e fornecedores. Sua equipe realizou o brainstorm e levantou diversas soluções, que foram estudadas e as melhores foram selecionadas. Então, qual o próximo passo?
Agora, é preciso entrar em um processo de iteração: a exploração de potenciais soluções é realizada pela análise e síntese de protótipos. Ao criar um protótipo, é importante que ele seja testado nas condições reais e com usuários reais, que vão fornecer o feedback necessário para aprimoramentos.
Um conceito utilizado nesta etapa é o de MVP, que fornece as diretrizes para a elaboração de um protótipo eficiente, mas com o menor custo possível. Repetir todo este processo de modelagem e teste é crucial para garantir que o design está correto, ou seja, vai funcionar para os clientes (solucionar o problema), você consegue produzir (é plausível) e é viável economicamente para a empresa.
Nessa etapa é que serão gastos a maior parte do tempo, dinheiro e energia de sua equipe, por isso é tão importante realizar com maestria todos os passos anteriores: para que o protótipo seja compatível com a realidade, é preciso que ele seja testado no mesmo contexto e ambiente em que o produto final vai funcionar quando pronto.
Vale ressaltar que o protótipo não precisa ser exatamente fiel, o mais importante é que ele consiga transmitir a experiência dos novos produtos. Com isso, é possível garantir que a melhor solução foi encontrada antes de implementar o seu design.
Na parte de implementação, são necessários treinamentos, aplicação de novas ferramentas e desenvolvimento de um design mais detalhado.
O Design Thinking não deve ser utilizado apenas para o desenvolvimento de produtos físicos. Na verdade, a filosofia pode ser aplicada na resolução de qualquer problema que necessite de uma solução inovadora.
Para que todas essas dicas sejam aplicadas, é necessário contar com uma liderança forte e muito engajada com o método do Design Thinking. Além disso, os líderes podem turbinar suas equipes relacionando outras metodologias como Lean e Agile.
O design thinking chega à tona para quebrar um espaço onde profissionais são constantemente cobrados por resultados de máximo ganho e baixo risco, o que costuma tolher a capacidade de criar ações, serviços e produtos nunca explorados.
Assim, o design que antes servia como uma arte desvinculada da funcionalidade da solução, se torna uma forma de abordagem de diversas empresas do setor comercial a estratégico. Ao materializar aspirações do consumidor que podem ser desconhecidas até para ele, os gatilhos de persuasão são otimizados e a análise do negócio desprendida do simples aprendizado por experiência.
Exemplos marcantes de design thinking foram feitos nas empresas Havaianas e GE Healthcare (dentre muitas outras como Natura, Totvs e Netflix): Para lançar uma linha de bolsas, fora as tradicionais sandálias, a Havaianas pesquisou com o público nacional e internacional características que mantivessem a leveza e brasilidade da marca. Depois do teste de alguns protótipos, o modelo foi lançado no São Paulo Fashion Week.
O GE Healthcare precisou criar uma máquina de ressonância com figuras divertidas e infantis para maior aceitação das crianças, no exame que requer o máximo de imobilidade. Porém o primeiro modelo causou efeito reverso, que acabou assustando e inquietando ainda mais o público, e foi resolvido com a devida aplicação do Design Thinking.
O Design Thinking também se complementa com o Lean e o Agile, amplamente utilizados no desenvolvimento de produtos, nas mais diversas áreas de atuação. Quando aplicados juntos, suas diretrizes formam uma sustentação para maior produtividade e eficiência.
O Design Thinking tem a ver com a forma com que os problemas são estudados e solucionados, o Lean é a estrutura usada para traçar o caminho para os melhores resultados. Já o Agile está relacionado à maneiras de adaptação e reação à algum tipo de mudança nas condições de projeto do produto.
Você entende qual é a importância da agilidade para a realização de uma gestão efetiva?
O segredo para otimização de projetos está em usar um método ágil! O framework Scrum, por exemplo, é um método usado para o gerenciamento de projetos, baseado no desenvolvimento de software, que beneficia a empresa e os clientes com agilidade e flexibilidade em sua elaboração.
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Thiago é engenheiro de produção, pós-graduado em estatística e mestre em administração pela UFJF. Especialista Black Belt em Lean Six Sigma, trabalhou na Votorantim Metais e MRS Logística, onde foi gestor e especialista em melhoria contínua. Com certificações MOS® e Auditor Lead Assessor ISO 9001, atuou em projetos de consultoria e ministrou treinamentos e palestras em congressos como ENEGEP e Six Sigma Brasil. Professor nas áreas de Gestão e Empreendedorismo, é fundador do Grupo Voitto e mentor de empresas, dedicando-se à liderança executiva da Voitto, com a visão de torná-la a maior escola online de gestão do Brasil.
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