Do ponto de vista da Engenharia de Software, o primeiro passo para se desenvolver um programaé entender e especificar o modelo de trabalho e metodologia que será utilizado. Assim, deve-se escolher o processo mais adequado ao tipo de serviço, seja com o modelo cascata ou com a metodologia ágil.
Nesse sentido, é necessário, ainda no começo do projeto, aprender a programar na linguagem de programação que melhor resolve a necessidade do cliente, sendo a escolha da linguagem mais adequada uma parte importante do planejamento para o modelo cascata.
Então, se quiser entender a essência do modelo cascata e como ela é feita, acompanha os tópicos abaixo:
● O que é o modelo cascata?
● Para que serve o modelo cascata?
● Como funciona o modelo cascata?
● O modelo cascata está ultrapassado?
Modelo cascata, também conhecido como ciclo de vida clássico, é um modelo de processo para o desenvolvimento de projetos que, assim como uma cascata, flui de modo sequencial e linear.
Desse modo, o modelo cascatatem como objetivo organizar o desenvolvimento do projeto do software, de modo o qual cada etapa, além de todos objetivos, sejam bem definidos desde o começo do trabalho.
Assim, o modelo cascataé composto por 5 etapas (as quais iremos nos aprofundar mais durante esse artigo):
● Especificação dos requisitos;
● Fase de planejamento do projeto;
● Fase de implementação;
● Testes para validação;
● Implantação e manutenção.
O modelo cascata serve para ajudar a organizar o fluxo de trabalho no processo de desenvolvimento de um software. Assim, o modelo pode ser ao mesmo tempo prescritivo e preditivo, estabelecendo-se uma estrutura lógica para se seguir, ao mesmo tempo em que se estima variáveis diversas, como o tempo para execução ou orçamento do projeto.
Nesse contexto, um excelente diferencial ao se utilizar o modelo cascataé a capacidade de se realizar uma análise de dados efetiva. Para isso, com o crescimento exponencial da quantidade de dados disponíveis para estudo, saber programação se torna quase imprescindível. Dentre as linguagens de programação, uma das mais utilizadas nessa área é o Python, excelente para análise e manipulação de dados, além de servir ainda para propósitos gerais.
Além disso, antes do surgimento do modelo cascata, na década de 1970, era comum que desenvolvedores trabalhassem sem planejamento algum, apenas “seguindo o fluxo”, o que muitas vezes diminuía a eficácia do projeto. Por isso, o modelo cascata chega para estabelecer uma abordagem sistemática para o desenvolvimento de softwares.
Diante de tudo o que foi dito, percebe-se que o modelo cascatafunciona de forma linear, estabelecendo um processo bem definido do que será realizado. Assim, a ideia é que cada etapa só se inicie após a etapa anterior ser completamente realizada.
Com isso, o modelo cascatafunciona em 5 etapas principais, citadas anteriormente. Então, confira a sequência desse modelo:
Esta etapa é o pilar das outras fases, na qual irá se entender e estabelecer com precisão os requisitos do software a ser desenvolvido. A ideia (é uma das principais críticas ao modelo cascata) é que essa etapa só seja realizada uma vez no início do projeto, minimizando assim a necessidade de constante reformulação do software.
O planejamento, ou design do software, é a fase que antecede imediatamente o código de programação (a próxima etapa). Aqui, estabelece-se os cronogramas, as tarefas necessárias para a execução do projeto são definidas baseados nos requisitos estabelecidos na fase anterior, e se define os times que atuarão em cada área.
Essa aqui é a etapa da mão na massa! Na fase de implementação, o software é de fato codificado em linguagem de programação. Assim, essa etapa, em geral, é a mais demorada e complexa em nível técnico.
Uma vez com o código pronto, iniciam-se os testes no sistema para garantir que o software realize as suas funcionalidades da forma como foi requisitado. Nessa etapa que se evidenciam possíveis erros ou ineficiências no projeto para garantir o seu alinhamento com os requisitos da fase 1.
Com tudo pronto, na última fase o sistema é implantado de fato, retornando ao cliente para que este avalie o resultado final. Assim, caso encontrado erros que passaram despercebidos na fase 4, ou possibilidades de melhorias, há a manutenção do software (que pode inclusive ser realizada novamente pelo método cascata).
Enquanto, por um lado, em situações nas quais desde o princípio já se sabe exatamente como o projeto se desenrolará (em um projeto governamental ou uma mudança específica em um software já pronto, por exemplo) há situações nas quais o modelo cascatanão convém.
Em qualquer projeto, a equipe de desenvolvimento do software pode perceber necessidades de alterações no meio do desenvolvimento. Quando isso ocorre, uma possível solução é realizar iterações, passando diversas vezes por uma mesma atividade, processo este que não ocorre naturalmente no modelo cascata.
Assim, nesse tipo de projeto, é necessário manter um mindset ágil, estabelecendo uma série de atitudes para garantir que o software esteja em linha com as vontades do cliente. Por isso, nesses casos com bastante possibilidade de mudanças nos quais é imprescindível o envolvimento do cliente durante todo o projeto, a metodologia ágil é mais adequada.
Diante disso, o modelo escolhido depende do caso da aplicação. Para softwares com requisitos bem determinados e compreendidos, o ciclo de vida clássico do modelo cascata ainda é uma das melhores metodologias para garantir a eficiência de todo o processo.
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Thiago é engenheiro de produção, pós-graduado em estatística e mestre em administração pela UFJF. Especialista Black Belt em Lean Six Sigma, trabalhou na Votorantim Metais e MRS Logística, onde foi gestor e especialista em melhoria contínua. Com certificações MOS® e Auditor Lead Assessor ISO 9001, atuou em projetos de consultoria e ministrou treinamentos e palestras em congressos como ENEGEP e Six Sigma Brasil. Professor nas áreas de Gestão e Empreendedorismo, é fundador do Grupo Voitto e mentor de empresas, dedicando-se à liderança executiva da Voitto, com a visão de torná-la a maior escola online de gestão do Brasil.
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