Já se perguntou como investidores fazem para descobrir em quanto tempo vão obter retorno sobre um investimento feito? Afinal, não se aplica dinheiro em algo sem saber em quanto tempo os resultados aparecerão, não é mesmo? E é exatamente para isso que serve o payback.
Muito utilizado na engenharia econômica, esse conceito permite uma visualização fácil e simples do investimento feito. Como todo método, o payback possui vantagens e desvantagens em sua aplicação, e é exatamente disso que vamos falar nesse artigo.
Além disso, você irá aprender a diferenciar o payback simples do payback descontado, e também como calcular cada um deles de forma fácil!
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Agora, vamos ao que interessa!
Payback é um termo utilizado dentro da gestão financeira para indicar o tempo decorrido do momento de um investimento inicial até o momento no qual o lucro líquido se iguala ao valor investido.
O cálculo do Payback de um investimento é bastante simples, e dá ao gestor uma visão rápida sobre o projeto, permitindo uma tomada de decisão sobre seguir em frente ou não, de acordo com o risco verificado.
O tempo de Payback não segue um padrão pré estabelecido, pois depende de fatores como o valor do investimento inicial e tipo do negócio. Ele pode variar desde alguns meses até anos, afinal, um investimento muito alto provavelmente vai requerer um tempo maior para ser retornado.
O payback está vinculado a alguns outros indicadores, que são:
Como todo método matemático, existem pontos positivos e pontos negativos de se utilizar o Payback para analisar a viabilidade de um investimento. E quais são eles?
Como você viu no início desse artigo, existem dois tipos de payback, o simples e o descontado.
O payback simples é calculado de maneira direta, ou seja, é o número de meses ou anos necessários para recuperar um investimento feito.
Ele não considera o valor do dinheiro no tempo e também se limita ao momento em que o lucro cobre o investimento.
Devido a isso, alguns especialistas matemáticos consideram esse método incorreto, pois não respeita os princípios da equivalência entre taxas, conceito provindo da matemática financeira.
O payback descontado existe justamente para suprir as falhas que ocorrem no cálculo do payback simples. Como assim?
Ele usa uma taxa de desconto que pode ser anual ou mensal, de acordo com o interesse do investidor. Geralmente a taxa utilizada é a TMA, ou seja, taxa mínima de atratividade.
Essa taxa pode ser estipulada pela própria empresa, que determina quantos por cento ela quer de ganho em determinado investimento.
Dessa forma, no payback descontado, todas as parcelas do fluxo de caixa terão esse desconto dessa taxa determinada em relação a um período especificado.
Agora que você já entendeu o conceito teórico de payback, é hora de aplicá-lo na prática. Vamos lá?
Vamos começar pelo método mais fácil, para depois dificultar um pouco. Para calcular o payback simples, basta utilizar a seguinte fórmula:
Ou seja, sabendo o investimento inicial, basta calcularmos o ganho obtido com o investimento para descobrir o valor do nosso fluxo de caixa, e dessa forma descobrir o período necessário para cobrir o valor investido.
Para facilitar o entendimento, vamos ao seguinte exemplo:
"Uma montadora deseja reduzir custos na fabricação de "peitos de aço", peça instalada sob o motor para protegê-lo de impactos. O departamento de engenharia encontrou uma prensa que pode reduzir o custo de produção em 12% com um investimento de R$ 1,7 milhões. Sabendo que cada peça tem custo de R$123,00, que são produzidas 21.000 peças no mês, e que a empresa deseja retorno em 3 meses, decida se o projeto deve ser aceito ou não."
Fica claro a partir da leitura que o investimento inicial a ser feito é 1,7 milhões para adquirir a prensa em questão. Dessa forma, você já possui o numerador da sua fórmula, e para encontrar o denominador, basta fazer uma conta simples.
Se a prensa irá reduzir o custo de fabricação em 12%, basta subtrair essa porcentagem do custo atual para se fabricar uma peça, que é R$123,00. Dessa forma, encontra-se que o novo custo por peça será de R$108,24.
Para encontrar o lucro que está sendo obtido por peça, basta fazer a subtração desses dois valores. Assim, encontramos que ao adquirir a prensa, estará sendo economizado R$14,76 por peça. Para encontrar seu fluxo de caixa, basta multiplicar esse valor pela quantidade de peças produzidas por mês.
Dessa forma, chegamos no seguinte cálculo:
Logo, 5,48 meses é o tempo necessário para que o investimento feito obtenha retorno (payback). Como a empresa desejava obter retorno em 3 meses, nesse caso o projeto será recusado, pois não atendeu esse requisito.
Utilizando o mesmo exemplo acima, podemos demonstrar como deve ser feito o cálculo do payback descontado.
Como visto na parte teórica, a diferença de um para o outro é que no payback descontado leva-se em consideração uma taxa de desconto definida pelos investidores.
Vamos considerar então que a TMA seja estabelecida como 10% para esse investimento. Dessa forma, basta fazer o seguinte cálculo para encontrar o valor do payback descontado:
Pois dessa forma, leva-se em consideração a taxa de desconto mensal estabelecida. Logo, fica claro que ao usar o payback descontado, o investimento demora ainda mais tempo para obter o retorno desejado, fazendo com que o mesmo se torne ainda mais inviável.
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Thiago é engenheiro de produção, pós-graduado em estatística e mestre em administração pela UFJF. Especialista Black Belt em Lean Six Sigma, trabalhou na Votorantim Metais e MRS Logística, onde foi gestor e especialista em melhoria contínua. Com certificações MOS® e Auditor Lead Assessor ISO 9001, atuou em projetos de consultoria e ministrou treinamentos e palestras em congressos como ENEGEP e Six Sigma Brasil. Professor nas áreas de Gestão e Empreendedorismo, é fundador do Grupo Voitto e mentor de empresas, dedicando-se à liderança executiva da Voitto, com a visão de torná-la a maior escola online de gestão do Brasil.
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