A logística é o setor responsável pela entrega do serviço ou produto desejado ao cliente. Desta forma, é necessário manter uma atenção constante sobre cada etapa.
Por esse motivo, o plano de manutenção preventiva tem sido uma ferramenta muito buscada, principalmente para reduzir custos e garantir o alto desempenho das empresas.
Isso é fundamental para o funcionamento efetivo dos processos logísticos de uma empresa, permitindo verificar quando há falhas internas da operação que podem comprometer toda a entrega de valor ao cliente e, consequentemente, reduzindo o risco de desperdícios e facilitando a identificação de pontos críticos nos processos.
Para saber como isso é possível, continue a leitura e veja como criar e implementar um plano de manutenção na sua empresa. Neste artigo você vai aprender mais sobre os seguintes tópicos:
O plano de manutenção nada mais é do que um registro completo de todos os dados relativos às atividades que se deseja monitorar.
Isso inclui anotar a descrição de todas as atividades, a frequência e período em que são realizadas, assim como os materiais necessários e os responsáveis pela execução de cada tarefa.
Por fim, esse conjunto de dados permite que os gestores de processos tenham uma visão muito mais ampla da cadeia logística, das oportunidades de melhoria e, em especial, de qual plano de manutenção se faz necessário aplicar de acordo com o cenário da operação.
O plano de manutenção preditiva visa garantir a preservação e otimização da vida útil de cada equipamento envolvido na cadeia de logística de um negócio. Esse tipo de plano tem ganho cada vez mais relevância no cenário da lógistica 4.0.
Esse plano de manutenção deve, dentre outras coisas, reduzir as paradas de emergência, que podem prejudicar o andamento da operação, otimizar a vida útil dos equipamentos e determinar, com antecedência, a necessidade de interrupções de fabricação e eliminar paradas desnecessárias.
A manutenção preventiva é o plano de manutenção que, por meio de intervenções periódicas e pré-determinadas, previne e elimina as possíveis falhas nos equipamentos, que podem comprometer o desempenho da cadeia logística da operação.
Tal abordagem está alinhada com as tendências da logística lean.
Esse plano pode ser fundamental, em especial para garantir o funcionamento adequado de equipamentos vitais para o funcionamento da operação e entrega do serviço ao cliente, permitindo a correção em tempo hábil e minimizando os riscos de interrupções inesperadas que podem comprometer a operação.
Por sua vez, o plano de manutenção corretiva é considerado o último estágio dentre os processos de manutenção previstos em uma operação.
Esse tipo de plano de manutenção tem como objetivo restaurar as condições ideais do equipamento, seja de forma planejada ou não planejada.
As atividades de manutenção corretivas podem ser executadas quando se identifica a possibilidade do surgimento de um problema sério na operação como um todo ou em um dos equipamentos.
Outra possibilidade é a aplicação das atividades corretivas em um contexto não previsível, para corrigir um problema não esperado no plano de manutenção, onde a parada do equipamento se faz necessária.
Elaborar um plano de manutenção não é uma tarefa tão complexa quanto pode parecer.
No entanto, é necessário ter atenção em alguns pontos fundamentais desde os primeiros passos, para garantir que os gestores do plano de manutenção e os executores de cada etapa do processo tenham clareza da importância de cada uma das atividades.
Com isso, os responsáveis saberão os detalhes das atividades de manutenção e a frequência em que ela deve ser executada para obter, a longo prazo, o melhor uso de cada equipamento, gerando redução nos custos da operação logística e otimizando os custos de manutenção exigidos.
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Para que você consiga elaborar um plano de manutenção de forma eficaz, preparamos 5 passos que te ajudarão nesta tarefa. Veja quais são eles!
O primeiro passo para criar um plano de manutenção preventiva em um processo logístico é fazer um levantamento de dados de todos os equipamentos envolvidos no plano de manutenção.
Na indústria, o profissional indicado para exercer essa função é o analista PCP.
Nesse mapeamento, deve-se identificar uma série de informações relevantes para garantir que a logística do processo ocorra de forma a reduzir ao máximo os custos e os recursos de manutenção dos equipamentos necessários para se obter um planejamento de logística adequado.
Dentre os dados que devem constar no seu plano de manutenção preventiva estão todas as informações relativas às máquinas disponíveis na cadeia logística.
Exemplos dessas informações são o modelo, especificações técnicas e o local de cada equipamento, principalmente dos equipamentos essenciais para o seu processo e que não podem ficar parados.
Além disso, é necessário identificar o histórico de troca de peças e reparo de cada equipamento listado.
Essas informações permitirão gerar inteligência por meio de estatísticas para a gestão do seu plano de manutenção preventiva e facilitar a tomada de decisões.
Ao criar um checklist de manutenção, os gestores do plano de manutenção podem verificar o tipo de plano adequado para implementação na cadeia logística, seja o plano de manutenção preventiva ou corretiva, a partir do estado de cada equipamento.
A partir do checklist de manutenção, é possível não só acompanhar o status de cada equipamento monitorado e sua utilização com excelência na cadeia logística, como também garantir que o plano de manutenção e todas as ações necessárias estão sendo seguidas com excelência, a fim melhorar a otimização dos processos.
Uma das etapas mais importantes para a elaboração do plano de manutenção é a criação de um cronograma. Com a aprovação do planejamento e do orçamento em mãos, defina com que frequência serão feitas as revisões e manutenção dos equipamentos.
Faça o levantamento de quantos colaboradores serão alocados para cada tarefa e a quantidade de pessoas disponíveis na operação.
Porém, deve-se tomar o cuidado para garantir a rotatividade dos técnicos responsáveis por cada ação corretiva ou preventiva, a fim de evitar imprevistos como nos casos em que um colaborador fique indisponível.
Outro ponto importante: priorize os equipamentos vitais da sua operação. Tendo isso em mente, é possível aumentar a frequência, o tempo dedicado e os colaboradores responsáveis pela revisão desses equipamentos com maior tempo de uso.
Esse cuidado torna o gerenciamento e a execução do seu plano muito mais eficiente.
Após o levantamento dos checklists e do cronograma envolvido no plano de manutenção que se deseja elaborar, é chegada a hora de controlar a execução das atividades.
Esse passo é necessário para manejar os recursos, o tempo e os custos disponíveis para garantir o funcionamento e o alto desempenho dos equipamentos e da equipe de operação.
Ao obter controle das tarefas executadas é possível gerir o uso dos equipamentos e prolongar a sua vida útil, de forma a minimizar a necessidade de ações corretivas não planejadas, que por sua vez podem levar a perdas na produtividade e o desperdício.
Além disso, por meio desse controle também é possível avaliar o progresso das atividades e a oportunidade de melhorias na prática das atividades de manutenção avaliando essas ações por meio de indicadores-chave.
Os indicadores-chaves ou KPI’s (key performance indicators) são as peças fundamentais para que você possa mensurar a execução do seu plano de manutenção preventiva.
Sem eles, o levantamento de dados, o controle das atividades e os checklists não teriam sentido para o seu plano.
São os indicadores-chave que vão indicar o norte, o caminho certo que se deseja traçar para atingir os seus objetivos, e mensurar o impacto das ações executadas, bem como dos ajustes necessários ao longo do caminho.
Ao acompanhar os indicadores-chaves do seu processo com consistência, você garante a oportunidade de visualizar o desenvolvimento do seu plano e os resultados obtidos.
Mesmo que não exista uma fórmula ou lista mágica de todos os indicadores-chave aplicáveis para todos os projetos, existem KPI’s que podem ser avaliados durante a implementação do seu plano de manutenção, como:
● Tempo médio de atendimento;
● Rentabilidade por máquina;
● Cumprimento do cronograma;
● Produtividade média dos colaboradores;
● Tempo de reparo;
● Incidência de acidentes.
Agora que você sabe como elaborar e implementar um plano de manutenção preventiva é possível que você tenha noção da importância e do impacto que esse conjunto de dados e ferramentas pode agregar à cadeia logística da sua empresa.
A importância de fazer um plano de manutenção está na capacidade de fornecer informações reais e relevantes, a fim de trazer inteligência para a operação, permitindo a resolução de problemas e a melhoria de processos de maneira contínua e otimizada.
Por sua vez, essa série de melhorias permite a execução com excelência e segurança por parte dos técnicos da operação e o melhor uso dos equipamentos disponíveis.
Além disso, o plano de manutenção preventiva funciona como uma poderosa ferramenta para auxiliar a tomada de decisões estratégicas, como no planejamento agregado por parte da gerência ou na elaboração do Plano Mestre de Produção.
Tudo isso vai ajudar a empresa a reduzir custos, evitar desperdícios e melhorar a efetividade da operação, visando o alto desempenho dos colaboradores e equipamentos para atender da melhor maneira as necessidades do cliente, dentro do contexto de cada organização.
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Thiago é engenheiro de produção, pós-graduado em estatística e mestre em administração pela UFJF. Especialista Black Belt em Lean Six Sigma, trabalhou na Votorantim Metais e MRS Logística, onde foi gestor e especialista em melhoria contínua. Com certificações MOS® e Auditor Lead Assessor ISO 9001, atuou em projetos de consultoria e ministrou treinamentos e palestras em congressos como ENEGEP e Six Sigma Brasil. Professor nas áreas de Gestão e Empreendedorismo, é fundador do Grupo Voitto e mentor de empresas, dedicando-se à liderança executiva da Voitto, com a visão de torná-la a maior escola online de gestão do Brasil.
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