Uma definição objetiva
Aqui não é o Vale do Silício
EXIT
O verdadeiro vale da morte
O que esperar do futuro?

Vira-lata Caramelo: modelo ideal para as flutuações de venture capital?

As startups unicórnio do Vale do Silício estão exibindo sinais de cansaço, enquanto a nova Vira-lata Caramelo surge como modelo ascendente atraindo investidores

Christopher Toya
Por: Christopher Toya
Vira-lata Caramelo: modelo ideal para as flutuações de venture capital?

Startups são empresas fascinantes, reconhecidas pela inovação e tecnologia, mas recentemente ganharam as manchetes devido às crises financeiras e de credibilidade, que tiveram o ápice na quebra do Silicon Valley Bank.

Antes de mais nada é necessário entender o que de fato é uma startup.

Segundo Steve Blank, empreendedor serial e professor de Stanford: “Startup é uma organização temporária em busca de um modelo repetível e escalável”.

Já para Eric Ries, ilustre aluno do próprio Steve Blank: “Startup é uma instituição humana com objetivo de criar novos produtos e serviços sob condições de extrema incerteza”.

Não há como refutar as grandes referências do empreendedorismo mundial, no entanto, interpretar suas definições ao pé da letra podem induzir o empreendedor ao erro, sobretudo ao confundir startup com outros tipos de empresas inovadoras.

Uma definição objetiva

Por isso, desenvolvi minha própria definição: “Startup é uma empresa inovadora com modelo de negócios potencialmente escalável, que não distribui dividendos e busca um evento de liquidez”.

Trata-se de uma forma objetiva e que gera diferenciação para outras operações inovadoras, como um MicroSaaS ou mesmo uma consultoria, ambos variações do mesmo tipo de empresa, que podemos caracterizar como um negócio constituído sobre definições incertas, como dito por Ries, isto é, que requerem constante validação e não partem necessariamente de um modelo pré-definido, como uma padaria, por exemplo.

Considerando que os três modelos citados anteriormente são especializações de uma empresa inovadora, o que define a startup é, na verdade, o aspecto financeiro, representado pela não distribuição de dividendos, o que implica num esforço para máximo crescimento através do reinvestimento dos lucros e pelo foco no evento de liquidez, que por ser um M&A, operação de fusão e aquisição ou um IPO, abertura de ações na bolsa de valores.

Esta diferença fundamental estabelece principalmente o tipo de investidor interessado em cada tipo de ativo, sendo que nas operações normais levam em conta lucratividade e na segunda o potencial de valorização.

O ativo em questão neste artigo atrai o interesse do Venture Capital, ou capital de risco, que podem ser fundos profissionais ou pessoas físicas interessadas em aportar dinheiro esperando a máxima valorização no evento de liquidez.

E é nesse ponto que as dinâmicas de capital brasileira e do Vale do Silício se separam.

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Aqui não é o Vale do Silício

Não é preciso ser nenhum economista para compreender as diferenças entre Brasil e EUA, a começar pela quantidade de investidores na bolsa de valores, porém, a falta de conhecimento e um pouco de síndrome de vira-lata fez com que uma geração inteira de startups fosse comprometida pelo contrabando das teses de investimento para nosso território.

O culto ao unicórnio fez com que várias startups se colocassem em situação de risco com crescimento acelerado e desordenado, além de literalmente torrar milhões de reais de dinheiro de investidores em busca de um alvo pouco factível: o IPO.

É no meio de toda essa confusão, iniciando pela carta da Y Combinator, uma das principais aceleradoras de startups do mundo, alertando para o inverno das startups em 2022, que nasce o conceito da Startup Vira-lata Caramelo.

Enquanto unicórnios são símbolos de startups com valuation acima de USD 1 bilhão e camelos representam as operações que preservam seus gordos aportes, afinal um camelo é capaz de beber 110 litros de água de uma vez, o vira-lata caramelo representa a grande maioria das operações brasileiras.

São startups que nascem sem investimento, tracionam por conta própria - a melhor forma de começar uma startup -, utilizam investimento para acelerar e não se sustentar, e tem seu evento de liquidez por meio de M&A, acolhidos em sua maioria pelo CVC, Corporate Venture Capital, ou braços de investimento e aquisição de médias e grandes corporações.

Embora pouco glamourosas, as startups vira-lata caramelo entregam o que todo investidor quer: liquidez com uma belíssima margem e alguma previsibilidade, ao contrário dos quadrúpedes de grande porte endeusados, até então, pelo mercado.


E nada melhor que uma crise para exaltar a eficiência de uma filosofia tipicamente brasileira e não menos inovadora, que alterou a dinâmica GO BIG or GO HOME, para GO EXIT.

EXIT

EXIT é o termo utilizado quando uma startup atinge seu evento de liquidez, momento em que os investidores de risco e demais cotistas, incluindo fundadores, passam a ver a cor do dinheiro.

Enquanto um IPO pode levar 10 anos ou mais para acontecer, uma boa startup vira-lata caramelo é capaz de atingir um evento de liquidez entre 3 e 5 anos, sendo capaz de entregar um retorno de até 20 vezes sobre as primeiras rodadas de investimento, um belo resultado, considerando que, atualmente, boa parte dos investimentos em renda variável anda perdendo feio do CDI.

O verdadeiro vale da morte

Outro ponto controverso é o conceito de vale da morte, considerando as fases iniciais de uma startup como as mais arriscadas.

Considerando que boa parte das falências nos dois primeiros anos são causados por imperícia do empreendedor, eu prefiro chamar esse trecho de vale dos suicidas ou vale dos descuidados.

O verdadeiro vale da morte para startups brasileiras está a partir da Série B de investimentos, quando uma operação atinge valuation superior a 300 milhões de reais. Isso ocorre fundamentalmente pelo fato da startup ser cara demais para a maioria dos bolsos de CVC brasileiros, forçando a apenas dois caminhos: M&A internacional ou o IPO.

Nessa camada, o capital é concorrido e cada vez mais escasso e caso a operação esteja operando em cash burn, isto é, queimando caixa, é bem possível que fique pelo caminho no grande deserto do venture capital.

Mesmo assim, a maioria das startups brasileiras têm tido um desempenho lamentável na bolsa de valores, o que exige cautela na hora de dimensionar o crescimento da operação.

O que esperar do futuro?

Startups são o futuro, não apenas pela tecnologia e inovação, mas sobretudo pela eficiência. É nesse ponto que separamos as operações de verdade, das especulativas.

Operações como essa ainda são puro oxigênio para grandes corporações, que tendem a ganhar agilidade e perenidade através da conexão com inovações externas, a exemplo da própria Microsoft, que tem se mostrado cada vez mais bem sucedida na ampliação do portfólio, sobretudo com o investimento da OpenIA e na revitalização de seus produtos.

O entendimento do modelo financeiro das startups e novas abordagens, incluindo a atração de novos investidores para a liquidação de ativos de venture capital é capaz de dar cada vez mais incentivo para inovação e construção de novos modelos, num estilo tipicamente brasileiro e resiliente de ser.

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Christopher Toya

Christopher Toya

Carteira de trabalho em branco, criou seu primeiro negócio digital em 1998 aos 14 anos. Foi CTO em 2007, um dos pioneiros no CTO as a service no Brasil e seguiu em tecnologia até se aposentar em 2021. Hoje, se dedica a manter sua carteira de ativos de startup, atua como advisor em startups e corporações e busca empoderar empreendedores através de conhecimento, tecnologia e capital.

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