Saiba o significado de absenteísmo e como é importante controlá-lo dentro da empresa

Acompanhar de perto os indicadores de desempenho é uma das principais tarefas do departamento de Recursos Humanos e é essencial para entender os resultados da organização. Neste post, falaremos de uma das métricas que podem fazer a diferença na sua empresa: o índice de absenteísmo. Mas você sabe o que é absenteísmo?

Apesar de ser algo natural dentro das organizações, as faltas e atrasos podem impactar diretamente na produtividade e nos resultados do negócio.

Quer entender melhor como calcular o absenteísmo da sua empresa e como reduzir o índice? Confira os próximos tópicos!

• O que é o absenteísmo
• Como calcular o índice de absenteísmo
• Qual a diferença entre absenteísmo e turnover
• Como controlar o absenteísmo dentro da organização
• NR17 e absenteísmo: Qual é a relação?
• Conclusão

Vamos lá?

O que é absenteísmo?

O absenteísmo se refere à falta de pontualidade e assiduidade no cumprimento da jornada de trabalho. Dessa forma, ele está relacionado tanto às faltas quanto aos atrasos dos colaboradores.

De acordo com Idalberto Chiavenato — autor na área de Administração de empresas e RH — o absenteísmo é a soma dos períodos em que um profissional se ausenta do trabalho, seja por qual motivo for.

Mas é importante entender que algum grau de absenteísmo é normal e não chega a prejudicar a produtividade da empresa. No entanto, quando as taxas estão muito elevadas, é preciso que o RH busque alternativas para minimizar os prejuízos.

Ademais, o absenteísmo também pode ser um indicador de que algo não vai bem na empresa, seja em relação à cultura organizacional, à postura das lideranças ou até mesmo à falta de oportunidades de crescimento na organização.

Sendo assim, quando a motivação e o engajamento dos colaboradores está baixo, é normal que isso reflita, de alguma forma, na taxa de absenteísmo.

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Como calcular o índice de absenteísmo?

Para entender se a taxa de absenteísmo da empresa está mais elevada do que o esperado, é importante manter um controle sobre esse indicador. Para isso, é preciso calcular a relação entre o total de faltas e atrasos e a quantidade de dias ou horas trabalhadas pelos colaboradores.

Outro ponto importante é definir qual será a unidade de medida. As mais comuns são "dias" e "horas". Para tanto, é preciso que todas as informações sejam calculadas na mesma unidade. Dessa forma, se a jornada de trabalho é de 8 horas diárias e o colaborador perdeu um dia todo, considere 8 horas perdidas.

O próximo passo é multiplicar o número de colaboradores pelas horas trabalhadas diariamente e mensalmente. Assim, se a empresa conta com 20 trabalhadores em uma jornada de 8 horas diárias, durante 20 dias ao mês, a conta ficaria 20 x 8 x 22 = 3.520 horas previstas de trabalho por mês.

Agora, chegou o momento de computar o absenteísmo, considerando, primeiramente, faltas, licenças e atestados. Vamos considerar como exemplo que esses 20 colaboradores tiveram, em média, uma falta por mês cada um. Nesse caso, o total de horas perdidas seria 20 x 8 = 160.

Depois disso, é hora de computar os minutos provenientes de atrasos e saídas antecipadas, convertendo esse tempo em horas. Vamos imaginar que 10 colaboradores tenham acumulado um total de 30 minutos perdidos cada um. Nessa caso, multiplique esse número 10 x 30 = 300 e divida por 60 para ter o valor em horas 300 / 60 = 5.

Por fim, some as 160 horas perdidas por faltas com as 5 horas por atrasos e divida pelas 3.520 horas previstas, multiplicando o resultado por 100 para chegar a um percentual. Assim:

• 160 + 5 = 165
• 165 / 3520 = 0,0468
• 0,0468 x 100 = 4,68%

Qual o índice aceitável de absenteísmo?

Não existe um consenso sobre o índice ideal e aceitável de absenteísmo, já que ele pode variar de acordo com o segmento e o porte da empresa.

De modo geral, especialistas consideram aceitável um valor entre 3 e 4%. Logo, se sua empresa tem números muito maiores do que esse, é preciso acender o alerta e tentar entender os motivos por trás do problema, criando ações para revertê-lo.

O ideal é que o índice seja o menor possível. No entanto, é muito improvável que você consiga manter esse número em zero, uma vez que o cálculo do absenteísmo computa também atrasos e faltas justificadas.

Qual a diferença entre absenteísmo e turnover?

Absenteísmo e turnover são duas métricas que devem ser monitoradas de perto pelo RH, mas entenda que não se trata da mesma coisa. Como já mencionado, o absenteísmo diz respeito às faltas e atrasos, ou seja, ele mede a ausência dos colaboradores no trabalho.

Já o turnover é um indicador relacionado aos desligamentos da empresa. Nesse sentido, ele mensura a relação entre a quantidade de entradas e saídas de colaboradores da empresa em determinado período.

Como controlar o absenteísmo dentro das organizações?

Existem diversas ações que podem ser trabalhadas pela área de Recursos Humanos para melhorar o employer branding e minimizar os índices de absenteísmo. A seguir, vamos citar algumas:

• Avalie o clima organizacional: entender a percepção dos colaboradores sobre o ambiente de trabalho ajuda a identificar uma cultura organizacional tóxica, lideranças despreparadas e até conflitos que podem trazer estresse e desmotivação aos funcionários;
• Invista na qualidade de vida dos colaboradores: quando as condições de insalubridade ficam elevadas surgem danos de ordem física e mental que vão, com certeza, aumentar o absenteísmo. Assim, é importante criar programas de incentivo à qualidade de vida e saúde mental, como ginástica laboral e pausas ao longo do expediente;
• Valorize os profissionais: plano de carreira, treinamentos e capacitações, feedbacks constantes e até bonificações são importantes para manter os profissionais motivados e engajados. 

NR17 e absenteísmo: qual é a relação?

A NR17é um guia de ergonomia regulamentado pelo Ministério do Trabalho para estabelecer diretrizes a fim de maximizar o conforto, o desempenho e a segurança para os colaboradores.

Dessa forma, a norma estabelece regras para tornar as condições de trabalho mais adequadas, melhorando a qualidade de vida dos profissionais.

Nesse sentido, empresas que seguem efetivamente as diretrizes da norma, garantem melhorias em diversos indicadores de desempenho, inclusive no absenteísmo. Isso porque, as melhores condições garantem a manutenção da saúde dos profissionais, minimizando, por exemplo, faltas e atrasos por atestado.

Conclusão

A taxa de absenteísmo é um importante indicador da gestão de pessoas. Uma vez que mostra a quantidade de faltas e atrasos dos colaboradores, o que pode ser um sinal de que algo não vai bem na gestão e no ambiente de trabalho.

Portanto, é fundamental que o departamento de RH acompanhe de perto essa métrica e saiba o que é absenteísmo para pensar em ações efetivas que possam tornar as condições de trabalho mais eficientes. Desse modo, minimizam-se os riscos de acidente, o estresse e a desmotivação.

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