O que é Acessibilidade na Web e por que ela é tão importante para o seu site?

A Acessibilidade na Web é um tópico cada vez mais importante para a revolução digital. Isso porque ela é responsável pela inclusão de todas as pessoas nesse novo ambiente de comunicação e de informação.

Além de prezar por uma linguagem clara e objetiva, a acessibilidade também busca organização e a hierarquia das páginas, combinando programação, design e tecnologia para sua implementação.

Continue neste artigo e confira a importância da acessibilidade na web a partir dos seguintes tópicos:

• O que é Acessibilidade na Web?
• Qual é a importância da Acessibilidade na Web?
• Ferramentas para a Acessibilidade na Web
• 5 técnicas para aplicar a Acessibilidade na Web

Bom aprendizado!

O que é Acessibilidade na Web?

A acessibilidade na Web é a implementação de técnicas que possibilitam todas as pessoas a perceber, entender, navegar, interagir e contribuir para a web. Isso permite uma igualdade das oportunidades e dos serviços disponíveis.

Assim como no mundo real, a acessibilidade nos sítios (ou sites) da Web consiste no rompimento de barreiras, dessa vez, do conhecimento, buscando a melhoria na qualidade de vida de todos os usuários.

Garantir o acesso à informação e à comunicação é lei. Além disso, o Decreto nº 5.296 de 2 de dezembro de 2004, trata da acessibilidade virtual em seu artigo 47. Entretanto, menos de 1% dos sites são adaptados para tal (big data corp)

As principais pessoas que são beneficiadas com a prática são aquelas com deficiência, mas idosos e portadores de transtornos como a dislexia e o TDAH também fazem parte da lista.

Qual é a importância da Acessibilidade na Web?

A acessibilidade está relacionada à expansão da inclusão de todas as minorias perante algo, que no caso, são as páginas web.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 17 milhões de pessoas no Brasil apresentam pelo menos um dos tipos de deficiência, o correspondente a 8,4% da população brasileira.

Dessa forma, pensar em acessibilidade é também pensar em permitir que todos os usuários possam realizar todas as atividades que a web proporciona, seja ler, interagir com alguém ou estudar, por exemplo.

A Internet possibilitou que o usuário da web deixasse de ser um leitor passivo para ser cada vez mais um ator participativo, expressando suas opiniões e trocando conhecimentos.

Além disso, adaptar o seu site para a acessibilidade também contribui para a expansão do seu público e para o fortalecimento da marca.

Pessoas beneficiadas pela Acessibilidade na Web

Apesar de todos acabarem sendo beneficiados pela linguagem acessível em páginas web, alguns grupos têm suas necessidades atendidas com essa prática. São eles:

• Deficientes visuais:, que se dividem em cegueira, baixa visão e daltonismo;
• Deficientes auditivos:, que se classificam em surdez e baixa audição;
• Deficientes motores;:
• Pessoas neuro diversas,: como os portadores de autismo, dislexia e TDAH;
• Pessoas idosas.

Ferramentas para a Acessibilidade na Web

A web é composta por um conjunto de documentos, denominados páginas web. Essas páginas contêm informações organizadas de maneira hierarquizada e se conectam umas às outras por meio de hiperlinks.

Existem algumas ferramentas que podem ser utilizadas para proporcionar a acessibilidade digital em seu site, em conjunto com a tecnologia assistiva.

A tecnologia assistiva consiste em equipamentos responsáveis por facilitar as atividades do cotidiano para as pessoas com necessidades especiais, como teclados e mouses adaptados, por exemplo.

No caso da deficiência visual, existem softwares leitores de tela e a navegação nas páginas pode ser realizada pelo teclado. Para pessoas com baixa visão, a lupa eletrônica é uma ferramenta utilizada para ampliar o tamanho das letras na tela.

Confira alguns softwares leitores de tela a seguir:

• JAWS (Windows - Pago);
• NVDA (Windows - Gratuito);
• Virtual Vision (Windows - Pago);
• Orca (Linux - Gratuito);
• VoiceOver (iOS - Gratuito);
• F123 (Windows e Linux - Pago)

No caso da deficiência auditiva, os conteúdos em vídeo e em áudio devem apresentar legendas ou transcrições de seu conteúdo. Existem três tipos de legenda:

• Closed Caption (CC): deverá ser ativada para começar a aparecer no vídeo;
• Open Caption (OC): está sempre visível no vídeo;
• Real Time Caption: representam as legendas de vídeo ao vivo, ou seja, são criadas simultaneamente à apresentação do vídeo por pessoal especializado, utilizando softwares e equipamentos especiais.

Outras duas ferramentas que podem ser utilizadas por essas pessoas são o Suite VLibras, um software gratuito brasileiro, que traduz páginas para a Linguagem Brasileira dos Sinais e a extensão paga Plugin Hand Talk, que realiza a mesma função.

No caso de pessoas neurodiversas e grande parte dos idosos, a opção para a acessibilidade é na própria aplicação do conteúdo produzido. Veremos a seguir algumas técnicas para implementá-la.

5 técnicas para aplicar a Acessibilidade na Web

Como dito anteriormente, a implementação da acessibilidade na web acontece a longo prazo. Os colaboradores da empresa devem ser orientados a realizar essas atividades e a estarem cientes de sua importância.

Confira a seguir algumas técnicas para aplicar a acessibilidade na web em seu site:

1. Realize um teste de acessibilidade

O primeiro passo é realizar um teste de acessibilidade para identificar os principais pontos de melhoria para o seu website. O governo federal brasileiro oferece uma avaliação de acessibilidade em sua página.

Para saber como se enquadrar nas exigências, você também pode acessar as Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web (WCAG - Web Content Accessibility Guidelines).

Vale lembrar que, para um site ser acessível, ele deve seguir os seguintes princípios:

• As informações e interface devem ser apresentadas de maneira perceptível;
• A Interface e a navegação devem ser operáveis para todos os usuários;
• A informação deve ser apresentada de forma simples e compreensível;
• O conteúdo deve ser robusto e completo para atender a todos os usuários.  

Alguns impedidores para um site acessível são a adaptação para flash, a implementação do captcha (diferenciação entre humanos e robôs) e o bloqueio de opções de atalhos e de teclados virtuais.

2. Pense na escaneabilidade do texto

Um texto escaneado é um texto claro e objetivo, que permite a compreensão por todas as pessoas. Conta com parágrafos curtos, palavras de transição (conectivos), alinhamento à esquerda e divisão em tópicos.

Além disso, o conteúdo da web também deve seguir uma hierarquia, muito presente em textos otimizados para SEO (Search Engine Optimization), que contém título, subtítulos e outras seções.

Em relação ao layout da página, é importante buscar por fontes limpas, sem serifa, sem itálico e sem contraste de cores.

Vale lembrar que quanto mais escaneável for o seu texto, mais os mecanismos de busca se preocupam em deixar o seu conteúdo no topo das pesquisas.

3. Descreva o que não pode ser perceptível 

Para a transmissão de uma informação na Web, é importante que ela esteja presente em vários canais. Isso é, se for apresentada uma imagem, é interessante contar com a sua descrição - também chamada de alt text.

O mesmo acontece em relação a vídeos e áudios. O ideal é conter pelo menos legendas descritivas, descrição em texto e, quando possível, a imagem de um intérprete de libras.

As pessoas com surdocegueira geralmente acessam os conteúdos por meio da transcrição textual de um display braille.

4. Faça alterações no layout da página

Além de seguir a hierarquia que dissemos anteriormente - H1, H2, H3… - a apresentação de uma barra de ferramentas com as funcionalidades do website também é essencial para a navegação inclusiva.

Isso também contribui para o aumento da velocidade de carregamento das páginas, outra variável importante para o ranqueamento de páginas nos mecanismos de busca.

A maioria dessas alterações é realizada por meio do código HTML - HyperText Markup Language. A apresentação dessas páginas é feita por meio do CSS (Cascading Style Sheets)

5. Preocupe-se com a versão móvel

Segundo relatório do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) de 2020, cerca de 58% dos brasileiros acessam a Internet apenas por dispositivos móveis.

Dessa forma, é imprescindível se preocupar com a versão móvel de seu site, como as informações estão sendo apresentadas e carregadas. Um baixo desempenho nesse quesito também pode acarretar perda do ranqueamento nos mecanismos de busca.

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