O Capital de Giro é a quantidade de recursos financeiros que uma empresa precisa ter disponível para manter suas operações diárias. Ou seja, ele é essencial para garantir o funcionamento do negócio e sua capacidade de honrar compromissos financeiros a curto prazo.
Além disso, ele está diretamente ligado à saúde financeira de uma empresa e, por isso, é imprescindível entender como calculá-lo de forma precisa.
Uma empresa com um baixo capital de giro pode estar à beira da falência, afinal ele é fundamental para a continuidade das operações da mesma.. Portanto, saber administrá-lo pode fazer toda a diferença diante de uma crise nacional ou mundial, mas também é importante no cotidiano de qualquer empresa.
Se você ainda não sabe como calcular o capital de giro, ou ainda não entende nem mesmo o que ele é, não se preocupe! Continue a leitura do artigo para aprender com os seguintes tópicos:
O capital de giro é, de maneira resumida, a quantidade de dinheiro necessária para a empresa operar.
Diferentemente do investimento fixo, que é responsável pela compra dos bens necessários para que a empresa funcione, tais como móveis, equipamentos, imóveis e veículos, o capital de giro arca com despesas operacionais do dia a dia, como matéria-prima, impostos, salários, energia elétrica e água.
O capital de giro financia também as vendas a prazo. Por exemplo, se você vende um produto neste mês que só será pago no mês seguinte, as contas fixas serão pagas com os recursos financeiros do capital de giro.
É normal que as empresas possuam períodos de sazonalidade, algumas épocas do ano vendem muito mais do que outras. Logo, nesses meses em que não se vende o suficiente para pagar todas as contas, é o capital de giro que cumpre com as obrigações da empresa.
O capital de giro também financia o estoque da empresa. Portanto, quanto maior o estoque, maior o capital de giro.
No tópico acima, ao explicar o que é o capital de giro, evidenciamos algumas de suas funções. A partir delas, você pode imaginar o quanto ele é imprescindível para qualquer empresa. O que varia é o tamanho desta necessidade.
Algumas empresas podem se manter com baixo capital de giro, enquanto outras necessitam de quantias altas. Um exemplo destes dois casos, respectivamente, são empresas que utilizam a internet como ferramenta principal frente às empresas de manufatura que possuem grandes fábricas e estoques.
Empresas que trabalham com a internet possuem gastos fixos com computadores, planos de internet, contas de luz e água, funcionários e locação.
Empresas de manufatura possuem, além desses gastos, contas relacionadas à matéria-prima, espaço físico para estoque de insumos e produtos, máquinas e ferramentas com preço elevado, entre outros.
Podemos perceber a importância do capital de giro em ambas as empresas, que não funcionariam sem ele. Porém, nas do segundo exemplo, ele precisa ser significativamente maior.
Para saber quanto dinheiro é preciso dispor para manter o capital de giro suficiente, é necessário conhecer os ciclos operacional, financeiro e econômico da sua empresa.
É o tempo em que a mercadoria permanece em estoque. Vai desde a aquisição dos produtos até o ato da venda, não levando em consideração o recebimento do valor referente à mesma.
Ciclo Econômico = PME
PME: Prazo Médio de Estoque
É o período entre comprar a mercadoria ou a matéria-prima para a produção de algo e receber do cliente. A empresa tem um prazo para pagar os fornecedores e esse prazo para o pagamento das despesas cobre parte do ciclo operacional.
Ciclo Operacional = CE + PMR
CE: Ciclo Econômico
PMR: Tempo Médio de Recebimento
A parte que não é coberta pelos prazos de pagamentos é chamada de ciclo financeiro.
É ele que determina quanto investimento é preciso fazer no capital de giro. Começa no pagamento aos fornecedores e vai até o recebimento do valor das vendas.
Ciclo Financeiro = CO - PMP
CO: Ciclo Operacional
PMP: Prazo Médio de Pagamento
Em resumo, esses três ciclos podem ser observado de forma mais dinâmica na imagem abaixo:
Agora que você já sabe que para a empresa é imprescindível o capital de giro, podemos começar a entender como realizar os cálculos.
Para calcular o capital de giro, utiliza-se a seguinte fórmula:
CGL = AC - PC
CGL: Capital de Giro Líquido
AC: Ativo Circulante. Ou seja, os recursos financeiros disponíveis ou que podem ser acionados facilmente (contas a receber, dinheiro em banco ou em aplicações financeiras)
PC: Passivo Circulante. As despesas e custos (fornecedores, contas a pagar, empréstimos)
Alguns fatores podem influenciar diretamente no que diz respeito ao cálculo do capital de giro e é preciso observá-los atentamente. São eles:
Confira abaixo 5 dicas para realizar uma excelente gestão do capital de giro do seu negócio:
Este é um erro comum e que no futuro pode prejudicar sua empresa, afinal, se você não investir nos momentos em que os negócios vão bem, durante uma crise você não terá de onde tirar.
A necessidade de capital de giro remete à função do ciclo de caixa da empresa. Quando o ciclo de caixa é longo, a necessidade de capital de giro é maior e vice-versa.
A redução do ciclo de caixa, em resumo, significa receber mais cedo e pagar mais tarde e deve ser o objetivo da administração financeira.
As principais fontes de capital de giro são:
O capital próprio nada mais é do que os recursos provenientes dos sócios, acionistas ou investidores da empresa, bem como de sua atividade econômica por meio dos lucros.
Quando uma empresa usa o capital próprio, ela basicamente está se valendo do dinheiro relacionado ao patrimônio líquido (PL), que não é necessário ser devolvido.
O capital de terceiros é vinculado ao passivo exigível (obrigações da organização junto a terceiros) e ao passivo real. Também representa os investimentos realizados através de recursos de agentes externos. Com exemplos, temos debêntures, empréstimos e financiamentos de curto, médio ou longo prazo.
Crédito estabelecido de acordo com o nível de atividades da empresa com os seus fornecedores. Os termos de créditos relacionam-se a prazos, condições de pagamento e descontos.
Uma forma de fazer isso é negociar, com os fornecedores, prazos mais longos para pagamentos e, com os clientes, prazos mais curtos para recebimento.
É um contrato entre o cliente e a instituição financeira pela qual ele recebe uma quantia que deverá ser devolvida ao banco em prazo determinado, acrescida dos juros acertados.
Existem várias opções de empréstimo oferecidas pelos bancos, com custos e prazos diferentes para financiamento de capital de giro.
Cuidados com empréstimos bancários:
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Thiago é engenheiro de produção, pós-graduado em estatística e mestre em administração pela UFJF. Especialista Black Belt em Lean Six Sigma, trabalhou na Votorantim Metais e MRS Logística, onde foi gestor e especialista em melhoria contínua. Com certificações MOS® e Auditor Lead Assessor ISO 9001, atuou em projetos de consultoria e ministrou treinamentos e palestras em congressos como ENEGEP e Six Sigma Brasil. Professor nas áreas de Gestão e Empreendedorismo, é fundador do Grupo Voitto e mentor de empresas, dedicando-se à liderança executiva da Voitto, com a visão de torná-la a maior escola online de gestão do Brasil.
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