Zero defeito: o que é, como funciona e como aplicar?

Já parou para pensar o quanto que uma empresa ou uma indústria gastam anualmente com erros na produção e desperdícios dos recursos? Certamente, deve ser um valor alto. Por isso, as corporações adotam esforços para aumentar o nível de qualidade. Um desses esforços é a adoção da filosofia zero defeito.

Quer conhecer mais sobre isso? Então continue lendo esse artigo para você descobrir:

O que é zero defeito?
A origem desse conceito
Pilares do conceito de zero defeito
As vantagens dessa filosofia para uma empresa.
Como aplicar esse conceito efetivamente?

Preparado para conhecer o conceito de zero defeito? Vamos lá!

O que é zero defeito?

Zero defeito é um conceito ou filosofia de incentivo à adoção de medidas para correção de erros na fabricação a fim de atingir a produção ideal. Ou seja, uma produção com erros mínimos, tendendo a zero e, de preferência, na primeira vez.

A mentalidade de "fazer certo logo no início" é o cerne da filosofia zero defeito. Ao combinar esse conceito com práticas de melhoria contínua nos aproximamos da metodologia Lean Manufacturing.

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Como me tornar um profissional de destaque no mercado de trabalho?

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Como surgiu o zero defeito?

O conceito de zero defeito começou durante a Segunda Guerra Mundial, quando os fabricantes precisavam entregar equipamentos bélicos o mais rápido possível e sem falhas.

Depois, a Martin Company, fabricante de mísseis e foguetes, adotou um programa da qualidade para treinamento dos trabalhadores em 1961.

Em 1970, o gerente de qualidade dessa empresa, Philip Crosby, criou o termo zero feito, apresentado em seu livro "Quality is Free", traduzindo significa "Qualidade é gratuita".

Para Crosby, as práticas de fabricação fundamentadas em zero defeito tendem a diminuir significamente os custos associados à condição final de um produto ou um serviço, sendo assim a qualidade é gratuita.

Ainda conforme o pensamento de Crosby, é possível verificar como o zero defeito integra-se com os conhecidos sistemas de produção como o Taylorismo, o Fordismo e o Toyotismo. Ao juntar-se com esse último, o zero defeito é chamado de CQZD (Controle de Qualidade Zero Defeitos).

E como o zero defeito agrega valor nessas metodologias? Por meio dos pilares e boas práticas definidas por Crosby e outros pesquisadores da qualidade ao longo das décadas.

Descubra mais no tópico seguinte! Continue lendo.

Pilares do zero defeito

Primeiramente, é importante destacar que o zero defeitos não é uma metodologia. Não existe uma sequência de passos estruturados para que você aplique esse conceito.

O que existe são pilares e boas práticas que orientam os gestores e profissionais de melhoria a direcionarem a produção a uma política de qualidade defeito zero.

Quais são esses pilares?

Inspecionar na fonte

Ao invés de monitorar e controlar apenas a execução do processo e os resultados, como as metodologias de produção incentivam, é importante avaliar e fazer o controle de qualidade na origem de todos os recursos utilizados na fabricação.

Inspecionar todos os resultados

É comum as análises de qualidade serem feitas em amostras dos resultados.

Apesar de por meios estatísticos essas análises apresentarem alta confiabilidade em relação a caracterização dos resultados, para caminhar na direção de uma produção com zero defeito, sugere-se que a análise seja feita considerando todos os resultados.

Agir imediatamente

O tempo entre a detecção de um problema e a ação corretiva deve ser o menor possível para evitar que o problema cause outros erros, comprometendo a qualidade do produto.

Lembrar que os trabalhadores não são infalíveis

Apesar da filosofia de zero defeito ser rígida para que altos níveis de qualidade sejam atingidos, é importante lembrar que os trabalhadores podem errar e tudo bem. Os gestores de qualidade devem estar cientes disso e devem tratar seu time com empatia.

Simplificar o processo

Quanto mais simples um processo de produção é, menor a probabilidade de haver erros. Para isso, é possível utilizar metodologias como o DFMA e o Poka Yoke integradas ao sistema produtivo a fim de alcançar o estado de nenhum defeito.

Como essa lista já está longa, vamos parar por aqui. Porém esses 5 pilares são suficientes para que você entenda quais são as principais práticas que devem ser adotadas para atingir o zero defeito.

E qual a vantagem disso para uma organização, além de produzir produtos livre de erros é claro? No próximo tópico, você verá as vantagens desse conceito para as empresas e as indústrias.

Vantagens da filosofia zero defeito

As principais vantagens do conceito de zero defeito são:

Aumento das receitas
Aumento da satisfação dos clientes
Diminuição dos desperdícios
Incentivo à melhoria contínua.

Interessante observar que esse conceito pode ser aplicado em qualquer área: desde a montagem de um veículo até uma campanha de marketing. A ideia central do zero defeito é trazer a mentalidade de sempre buscar o resultado impecável.

E como fazer isso?

Como aplicar o zero defeito na prática?

Nesse ponto da leitura, depois de conhecer os pilares e as vantagens dessa filosofia, você deve estar se perguntando: como aplicar o zero defeito? Aqui seguem dicas para você implantar tal conceito!

1. Monitore todos os processos

Se você não estiver controlando todos os processos, por menores que sejam, envolvidos na produção você dificilmente conseguirá atingir o zero defeito. Para tanto, defina todos os processos e crie rotinas para monitorá-los com frequência.

2. Meça os resultados das suas ações

Comece a analisar como uma ação corretiva ou preventiva influencia na receita da empresa. Dessa forma, você entenderá como agir futuramente para que o processo tenha o índice de defeitos bastante baixo.

3. Crie equipes focadas em melhoria

Desenvolva habilidades de melhoria da qualidade no seu time. Promova treinamentos e incentive a capacitação dele em metodologias como Kaizen, Lean Seis Sigma e WCM.