É possível estar em ambientes que lembram a natureza? Conheça o design biofílico!

Muitas pessoas afirmam que ao entrar em contato com a natureza conseguem renovar as energias em ambientes de trabalho, onde temos passado a maior parte do tempo. Pensando justamente nesses benefícios, a arquitetura passou a ter uma nova corrente: o mundo natural do design biofílico.

Essa abordagem tem como objetivo trazer a natureza para o ambiente das cidades, através de construções que criam a sensação de um habitat, onde as pessoas mesmo que de forma inconsciente se sintam em contato com as referências naturais que são tidas como gatilhos para as boas sensações.

Apesar de inicialmente abstrato, esse conceito já faz parte de muitos projetos de construções que buscam a inovação de forma moderna e sustentável. Quer conhecer mais sobre o design biofílico? Confira os seguintes tópicos:

●     O que é o design biofílico e quais são os seus pilares?;

●     Benefícios do design biofílico na arquitetura e como implementá-lo nos projetos.

O que é o design biofílico e quais são os seus pilares?

Segundo o dicionário, biofílico é um termo que se refere ao amor à vida e à natureza. Justamente nesse sentido, nasceu o conceito de design biofílico. Transcendendo as barreiras entre a natureza e as construções humanas, esse tipo de linha arquitetônica busca estreitar essa relação.

Com isso, o objetivo do design biofílico tem como principal objetivo criar a sensação de uma espécie de "habitat natural" para os seres humanos. Fazendo com que esses consigam alinhar as sensações trazidas pelo seu ambiente residencial ou de trabalho à saúde mental, física e ao bem-estar.

Afinal, é uma necessidade inata de todos os seres esse contato com a natureza e a modernização da arquitetura e da engenharia civil isso é cada vez mais fácil de ser propiciado. Para isso, três pilares do design biofílico foram instituídos.

1. Experiência direta com a natureza

O pilar de experiência direta com a natureza diz respeito ao que os olhos podem ver e as sensações que mostram uma relação de imersão ao meio ambiente. Para alcançar esse estados, alguns elementos são utilizados:

● Luz solar;

● Ar puro;

● Fogo;

● Água;

● Terra e plantas;

● Animais;

● Clima;

● Paisagens.

2. Experiência indireta com a natureza

Ao contrário do pilar anterior, a experiência indireta traz a sensação de lembrança da natureza e não da imersão. Sendo assim, os elementos que podem ser utilizados para alcançar esse sentimento são:

●     Imagens da natureza e de paisagens;

●     Geometrias específicas, como por exemplo de ondas;

●     Utilização de materiais naturais para a composição do ambiente;

●     Biomimética;

●     Paletas de cores com base em paisagens naturais ou estações;

●     Simulação da luz natural ou do ar puro.

3. Experiência de espaço e lugar 

Por fim, o último pilar do design biofílico é a experiência de espaço e lugar. Nele são trazidos ao ambiente aspectos que lembram as características da natureza através de:

●     Prospecção e refúgio;

●     Complexidade organizada;

●     Idade, mudança e detonação do tempo;

●     Espaços de transição;

●     Mobilidade e orientação;

●     Vínculos culturais e ecológicos com o local.

Com esses pilares é mais fácil entender como se dá o processo de implementação das ideias de design biofílico aos projetos arquitetônicos. Mas para se aprofundar ainda mais, veja a seguir quais são os benefícios dessa utilização.

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Benefícios do design biofílico na arquitetura e como implementá-lo nos projetos

Como você já sabe, o design biofílico tem benefícios quanto a qualidade de vida das pessoas inseridas nesses ambientes. Entre as melhorias, podemos citar as mais representativas:

●     Aumento do bem-estar com a redução do estresse;

●     Estímulo a ideias criativas;

●     Aumento da produtividade e concentração.

Visto isso, o design biofílico pode ser utilizado nos mais diversos ambientes, como escolas, hospitais, prédios corporativos e residenciais. Justamente por essa grande diversidade, esse conceito vem ganhando cada vez mais espaço no mercado e no gosto dos brasileiros.

Sendo assim, separamos algumas situações em que o design biofílico pode ter benefícios específicos. Veja a seguir.

Design biofílico aplicado na construção civil

Você já ouviu falar em green building? Essas são construções voltadas para a sustentabilidade. Algumas das práticas mais comuns nelas são:

●     Utilização de energia solar;

●     Reaproveitamento de água;

●     Foco em coleta seletiva;

●     Plantio de árvores para purificação do ar.

Nesse tipo de construção, o design biofílico é muito utilizado. Afinal, os dois conceitos estão altamente relacionados. Porém, o design biofílico pode ultrapassar esses limites e também ser uma forma de readaptar edificações de outros padrões, trazendo conceitos da natureza para o seu visual.

Esse primeiro passo pode ser considerado como um avanço na construção civil, pois o setor passa a se importar cada vez mais com a sustentabilidade e a proteção ao meio ambiente, reduzindo desperdícios e impactos nocivos ao redor.

Design biofílico nas cidades inteligentes

As cidades inteligentes são criadas e planejadas para melhorar a qualidade de vida de quem as habita. E justamente por isso o design biofílico faz parte dessa idealização.

Criar ambientes com referências à natureza possui um impacto positivo no que se refere a ajuda a reduzir estresse e ansiedade, bem como a melhora do humor e do aspecto físico e mental.

Sendo assim, o mindset de projetar espaços que deixem as pessoas próximas de árvores e fontes de água, por exemplo, pode trazer bons resultados. Para isso, são utilizados:

●     Vasos de plantas;

●     Jardim vertical;

●     Área externa e de convivência em prédios.

Design biofílico e sua influencia nos projetos e na saúde das pessoas

A saúde mental de todas as pessoas imersas em ambientes construídos através do design biofílico sofre excelentes melhorias. Afinal, ao colocar um aquário com barulho de água ao fundo do local de descanso dos colaboradores, por exemplo, já traz a sensação de leveza e relaxamento.

Já para ambientes com foco na criatividade, alguns arquitetos recomendam trabalhar as cores. Por exemplo, em salas de aplicação da metodologia de design thinking colocar flores e retratos de diferentes ambientes.

Mas essa aplicação pode ir muito além do mundo corporativo. Um hospital australiano chamado The Royal é focado no tratamento de pacientes infantis. Os médicos notaram que a decoração com aspectos marinhos ajudou que as crianças diminuíssem os níveis de ansiedade.

A habilidade de saber identificar e lidar com emoções tem se tornado uma das mais procuradas em todo o mercado, uma vez que ela é responsável por aproximadamente 58% da nossa performance profissional. Aliado a isso, 90% dos profissionais com melhor desempenho em seus empregos possuem altos níveis de Inteligência Emocional.

Fica claro que o desenvolvimento desse conjunto de habilidades é fundamental tanto para ser um profissional que as empresas buscam quanto para potencializar o desempenho em suas tarefas.

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