No mercado atual, coletar dados e não fazer as análises dos mesmos de pouco adianta. Nesse sentido, alguns métodos foram criados para auxiliar os gestores, entre eles está a Matriz RFM.
Com o objetivo de responder questões sobre os melhores clientes, essa metodologia analisa os diferentes perfis. Por exemplo, com a sua aplicação é possível entender se é mais vantajoso o consumidor que gasta muito ou aquele que compra com mais frequência.
Mas essa é apenas uma situação que a Matriz RFM pode auxiliar na criação de planos de ação para os esforços de vendas e fidelização. Quer aprender a aplicar esse método na prática? Então, confira a seguir!
A sigla RFM é a denominação utilizada para abreviar as seguintes palavras em inglês Recency, Frequency and Monetary. A tradução literal significa Recência, Frequência e Valor Monetário, ou seja, os três pilares dessa metodologia.
Eles em conjunto são capazes de embasar a tomada de decisão das companhias na hora de montar planos de ação e esforços de vendas.
De maneira mais detalhada, cada conceito pode ser descrito como:
Agora que você já conhece qual a função de cada um dos termos, é hora de entender mais a fundo como a análise é feita através de cada um deles.
A análise RFM tem como objetivo a segmentação de clientes de acordo com o engajamento dos mesmos. Ou seja, com a sua frequência de consumo, bem como avaliando o quão recente foi a sua última compra e o quanto foi gasto.
Com base nesses três pilares, a metodologia busca agrupar e clusterizar os clientes, evidenciando quais são as métricas para que eles sejam considerados melhores ou piores.
Para atingir esse objetivo, é baseada no princípio de Pareto. Sendo assim, parte-se do pressuposto que com a análise RFM será possível encontrar o perfil dos 20% melhores clientes que contribuem com 80% da receita total do negócio.
Mas não se preocupe! O modelo RFM é mais fácil de aplicar do que você imagina. Para colocar em prática e adequá-la à realidade do seu modelo de negócio, confira o tópico a seguir!
Chegou a hora de aprender a fazer a análise RFM na prática. Para isso, é preciso passar por cada um dos seus critérios. Vamos nessa?
Como você já sabe, o parâmetro monetário que gera valor para a companhia se difere entre cada modelo de negócios. E por isso ele deve ser analisado primeiro.
Para a maior parte das empresas, o Lifetime Value (LTV) pode ser um bom indicador inicial. Afinal, ele é objetivo e considera o valor total das compras de cada um dos clientes durante um recorte de tempo.
No entanto, outras métricas também podem ser utilizadas. Por exemplo, para hotéis pode ser o número de reservas.
Para que você entenda mais na prática, vamos tomar como suposição o caso de aplicativos de transporte e utilizar o valor média das corridas como parâmetro monetário. Quanto maior, maior a pontuação do cliente nesse quesito.
Sendo assim, é preciso pegar o menor e o maior valor médio para classificar os clientes em cinco categorias. Vamos supor que o maior seja R$60,00 e o menor R$10,00.
Depois de definido o monetário, é hora de avaliar a recência. Esse pode ser considerado o pilar mais fácil de ser mapeado. No entanto, é preciso não só avaliar o quão recente foi a compra, mas também instituir o seu parâmetro de análise.
Você pode definir isso com base no tempo. Por exemplo os últimos 30 dias, 12 meses, 5 anos e por aí vai. Para seguirmos com o exemplo, foi escolhido o período de tempo de um ano.
Feito isso, é hora de dividir esse quesito em 5 níveis que receberão nota de 1 a 5. 1 para o menos recente e 5 para o mais. Sendo assim:
Sendo assim, quanto mais recente maior a nota recebida, favorecendo os clientes que fizeram negócios há menos tempo.
Por fim, é hora de avaliar a frequência, ou seja, a quantidade de vezes que o cliente fez compras no seu negócio. É importante ressaltar que esse parâmetro deve partir do mesmo período da recência.
Com isso, é preciso definir uma quantidade alvo. É comum que para isso sejam verificados os clientes que mais utilizaram o serviço e os que menos utilizaram.
Por exemplo: o usuário com mais corridas fez 500 no último ano, enquanto o que menos fez foi apenas 1 no mesmo período.
Com isso, parte-se do mesmo pressuposto de notas: quanto maior a frequência, maior a nota atribuída.
Com todos os parâmetros levantados, é hora de construir a matriz RFM. Aprenda a seguir!
A matriz é feita após os passos anteriores, afinal ela é uma maneira visual de combinar e dispor as informações coletadas em uma única imagem.
Seguindo o exemplo, temos 11 clientes hipotéticos. Eles tiveram os seguintes resultados em cada quesito:
Para melhorar a visualização da pontuação RFM, é possível elaborar um gráfico de distribuição. Para isso, usamos o eixo X como a recência e o Y como a média dos outros dois pilares.
Depois de visualizada a base de clientes, você pode escolher o quintil para cada segmento de clientes. Descubra como logo a seguir!
Depois de analisar os resultados das combinações dos três resultados obtidos, sugere-se agrupar cada cliente em categorias. A metodologia mais difundida é embasada no artigo da Putler. De acordo com ela são os seguintes:
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Thiago é engenheiro de produção, pós-graduado em estatística e mestre em administração pela UFJF. Especialista Black Belt em Lean Six Sigma, trabalhou na Votorantim Metais e MRS Logística, onde foi gestor e especialista em melhoria contínua. Com certificações MOS® e Auditor Lead Assessor ISO 9001, atuou em projetos de consultoria e ministrou treinamentos e palestras em congressos como ENEGEP e Six Sigma Brasil. Professor nas áreas de Gestão e Empreendedorismo, é fundador do Grupo Voitto e mentor de empresas, dedicando-se à liderança executiva da Voitto, com a visão de torná-la a maior escola online de gestão do Brasil.
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