O que é OPT?
Objetivos operacionais do OPT
Como o OPT surgiu?
O que são os gargalos de produção?
Os 9 princípios do OPT
O sistema Tambor, Pulmão e Corda (Drum-Buffer-Rope)
Benefícios do OPT
Quer aprender mais?

Aprenda como o OPT atua na otimização dos processos com a identificação dos gargalos de produção

Neste artigo apresentaremos o OPT, como identificar gargalos de produção e como aplicar esse conhecimento em 9 princípios

Walmor Machado
Por: Walmor Machado
Aprenda como o OPT atua na otimização dos processos com a identificação dos gargalos de produção

O mundo mudou e os processos de produção já não são mais os mesmos! Hoje, temos uma infinidade de produtos ao nosso alcance e à vezes nos passa despercebido quantas partes ou problemas estão relacionados com todo o sistema. Nesse contexto nasce o OPT.

O OPT — do inglês, Optimized Production Technology (Tecnologia de Produção Otimizada), é um sistema de administração da produção um tanto quanto novo, mas que tem ganhado espaço nas linhas de produção de todo o mundo.

Então para que você conheça mais sobre esse recente sistema, neste artigo você aprenderá:

  • O que é OPT?
  • Objetivos operacionais do OPT;
  • Como surgiu o OPT?
  • O que são gargalos de produção?
  • Os 9 princípios do OPT;
  • O que é o sistema Pulmão, Tambor e Corda?

Preparado? Então, vem comigo!

O que é OPT?

OPT (Optimized Production Technology) é um método desenvolvido na década de 70, por pesquisadores israelenses. É uma metodologia de gestão de produção que ajuda as organizações a terem maior rentabilidade e menos desperdícios. Esse auxílio ocorre a partir da identificação, gerenciamento e resolução dos recursos gargalo da empresa.

Além disso, o processo é a união de dois elementos principais: a sua filosofia, demonstrada em 9 princípios e um software com direitos autorais. Para aqueles que não possuem o software, não se preocupem! É possível extrair muitos benefícios apenas da filosofia e seus princípios.

Assim como o OPT, a filosofia Lean Manufacturing tem uma relação profunda com a busca pela otimização por meio da redução dos desperdícios. Ambos são formas de otimização da produção que todo profissional das áreas de engenharia e administração precisam saber!

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Já que, você estará apto a aplicar os 5 princípios Lean, identificar os 8 desperdícios da sua empresa e quais processos agregam valor ao seu produto, aplicar as técnicas de 5W2H e PDCA para soluções de problemas, além de se tornar capaz de elaborar Histogramas, Diagramas de Fluxo, Gráfico de Pareto, Diagrama de Ishikawa e Carta de Controle e muito mais!

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Objetivos operacionais do OPT

O OPT tem como foco a lucratividade e, por isso, seu desempenho é mensurado a partir de três objetivos operacionais, que vamos ver logo a seguir.


1. Throughput

Throughput diz a respeito de  Maximizar o fluxo de produtos vendidos. Essa é a taxa com que o sistema gera dinheiro por meio das vendas de produtos. É importante falar que o fluxo é baseado nos produtos vendidos, e não nos que foram produzidos mas ainda não comercializados.


2. Inventory

Inventory é sobre reduzir os níveis de estoque no sistema. O estoque é quantificado pelo dinheiro gasto na produção de produtos, mas apenas considerando a matéria prima. Nele não é contabilizado a margem de lucro nem as despesas operacionais, que entram na próxima categoria.


3. Operating expenses

Operating expenses é reduzir as despesas operacionais. São os custos operacionais que o sistema OPT gasta para transformar os estoques em fluxos.


Além desses objetivos operacionais, como o foco é o lucro, são levados em consideração outros 3 Indicadores Financeiros. São eles: lucro líquido, retorno sobre investimento e o fluxo de caixa. Abaixo uma breve explicação sobre cada um deles.

Indicadores Financeiros do OPT

  • Lucro líquido: esse é o rendimento real da empresa. Ele pode ser calculado por meio da diferença entre a receita total e o custo total.
  • Retorno sobre investimento (ROI): avalia o retorno daquilo que foi investido a partir de investimentos próprios e de terceiros.
  • Fluxo de caixa: refere-se as movimentações do dinheiro em um determinado período de tempo definido.

Como o OPT surgiu?

O OPT surgiu nos anos 70, com o físico israelense Eliyahu M. Goldratt, incentivado por problemas que enfrentava com a logística de produção.

Nos anos 80, o autor publicou um livro chamado "A Meta". Nele, ele explica os caminhos de Alex, um gerente de produção que precisa rapidamente fazer sua empresa voltar a dar lucro. Baseado nesses princípios ele consegue reverter a situação e ainda é promovido.

Eliyahu M. Goldratt


Então, a filosofia do OPT foi se desenvolvendo e se transformou em um sistema de gestão da produção, que antecede a chamada Teoria das Restrições (TOC). O OPT na verdade, foi justamente a frustração de Eli Goldratt para desistir dos métodos de otimização e criar a Teoria das Restrições.

Os princípios utilizados nesse sistema buscam reafirmar o fato de que a prioridade deve ser no planejamento dos recursos gargalo. Ficou curioso para conhecer os tipos de recursos? Abaixo eu te explico melhor.

O que são os gargalos de produção?

Os gargalos de produção podem ser definidos em dois diferentes tipos. Entenda a seguir um pouco mais sobre a diferença entre os dois:

Recursos gargalos

Esse é o nome dado quando um recurso interfere no ritmo da produção, gerando uma diminuição do mesmo. Isso acontece quando ele apresenta uma disponibilidade menor do que as outras estações de trabalho da mesma linha.

Recursos não gargalos

São aqueles que, diferente do mencionado acima, não apresentam variação no fluxo, pois sua disponibilidade é igual ou maior que a exigida, não interferindo na capacidade de produção.

Os gargalos podem ocorrer por vários motivos, seja por níveis de demanda irregular ou alguma adversidade. Logo, o mais importante é mapear onde eles estão para solucioná-los de forma eficaz.

A fim de solucionar esse problema, o OPT fornece 9 princípios que devem ser utilizados para ser colocado em prática, aqui vão eles:

Os 9 princípios do OPT

A seguir, explicarei para você os 9 princípios do OPT. São eles:

1. Equilibrar o fluxo e não a capacidade

A abordagem inicial enfoca no balanceamento da capacidade e somente depois tenta estabelecer um fluxo de materiais suave e se possível contínuo.

O OPT dá ênfase ao fluxo de materiais e não na capacidade dos recursos produtivos.

2. A utilização de um recurso não gargalo não é determinada pela sua disponibilidade

A utilização de um não gargalo é determinada na verdade por alguma outra restrição do sistema, como por exemplo, um gargalo. Não adianta colocar a capacidade de produção no máximo se houver gargalos no processo de produção, pois isso gera mais estoques intermediários. Então a produção deve ser baseada na maior capacidade do gargalo.

3. Utilização e ativação de um recurso não são sinônimos

Caso a ativação do recurso não implique em contribuição ao atingimento dos objetivos, esta não pode ser chamada de utilização.

Exemplo: uma máquina produz 100 peças em 2 horas e o próximo processo precisa de 4h para atender essa demanda. Então não é necessário que o primeiro recurso também seja produzido por 4h, pois isso vai gerar estoque.

4. Uma hora ganha em um recurso gargalo, é uma hora ganha para o sistema global

Como comentado anteriormente, quem limita o sistema global da produção são os recursos gargalos. Portanto, ganhar tempo no recurso gargalo, impacta toda a produção.

5. Uma hora ganha em um recurso não gargalo não é nada, é só uma miragem.

Os benefícios não são iguais em se reduzir os tempos de preparação (setup) em recursos gargalos e nos não gargalos. Ou seja, se você for melhorar o processo de um recurso que não é gargalo, não vai gerar ganho de lead time no final.

6. O lote de transferência pode não ser e, frequentemente, não deveria ser, igual ao lote de processamento

Lote de processamento é o número de peças que você vai processar no seu equipamento. Já o lote de transferência é o número de peças que você vai passar para a próxima etapa.

7. O lote de processamento deve ser variável e não fixo

Exemplo: num lote de 100 peças, não é necessário aguardar a conclusão de todas para continuar, você pode dividir em 4 lotes de processamento de 25 cada. Isso reduz o tempo de espera do processo.

8. Os gargalos não só determinam o fluxo do sistema todo mas também definem seus estoques

Os estoques devem ser localizados em pontos do processo de forma que consigam isolar os gargalos das incertezas que possam ocorrer com os processos não gargalos.

9. A programação de atividades e a capacidade produtiva devem ser consideradas simultâneaa e não sequencialmente. Lead-times são um resultado da programação e não podem ser assumidos

Lead times são resultados da programação e não podem ser assumidos,  é a função do sequenciamento da produção e não entrada do sistema como ocorre no MRP. Esse princípio fala que a saída do sistema deveria ser o tempo de processamento e não a entrada


Estes nove princípios do OPT, de certa forma, são intuitivos e úteis para as empresas que querem potencializar os ganhos e reduzir as despesas. Desse modo, o uso de alguns dos tópicos mencionados chegam até a preceder o uso do Software OPT.

No entanto, alguns destes princípios não são possíveis de serem aplicados sem o auxílio do software. Então, para que a solução seja completa e se possa extrair ao máximo do OPT, é necessário fazer o uso do Software especializado.

Essa característica faz com que os defensores do OPT argumentem que os programas gerados por ele sejam mais realísticos que os gerados pelo MRP.

O sistema Tambor, Pulmão e Corda (Drum-Buffer-Rope)

O sistema Tambor, Pulmão e Cordas, é o sistema em que o OPT programa suas atividades. Sua programação, como vimos, é baseada nos 9 princípios e a seguir vou falar sobre os principais aspectos dessa sistemática.

Nos ambientes de manufatura é muito comum existir uma série de restrições, como as de mercado, fornecimento, política da empresa, capacidade dos processos produtivos. Essas características favorecem a existência de gargalos.

Dessa forma, o sistema tambor, pulmão e corda age de forma a otimizar o processamento das atividades da produção. Entenda a seguir o seu funcionamento.

Tambor

O tambor determina o ritmo para a restrição. Ele é a programação em detalhes das restrições com todos os itens que devem ser produzidos, quantidades, e os horários de início e de término.

São as demandas que determinam o ponto de partida do Tambor.

Pulmão

O pulmão é um mecanismo de tempo usado para proteger o gargalo das incertezas. O pulmão é medido em unidades de tempo e não pela quantidade de itens. Atua como um "fôlego", ou seja, a tarefa que antecede o gargalo produz mais do que o gargalo é capaz de processar, de forma que o gargalo nunca pare, para que a produção não seja afetada.

Corda

A corda é o mecanismo de informação usado para sincronizar a fábrica e determinar a liberação dos materiais na cadeia de suprimentos.

Ela assegura que a liberação dos itens estará na quantidade exata e será processada pela restrição. Por meio de seu uso, é garantido que os recursos operem no mesmo ritmo, sem elevar os níveis do estoque no processamento.

Benefícios do OPT

Os benefícios do OPT engloba várias vantagens na produção de linhas complexas e com diversas estações de trabalho. Com ele, a fábrica se torna uma única unidade de produção, e as concepções do andamento e tempo de produção são aplicadas na gestão da programação.

Além disso, o objetivo da Tecnologia de Produção Otimizada é desenvolver um sistema de suporte ao gerenciamento das organizações, para alcançar maior rentabilidade e agilidade na identificação e resolução de problemas.

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Walmor Machado

Walmor Machado

Grad. em Ciências Exatas pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Foi bolsista de Robótica e Educação Matemática no Colégio de Aplicação João XXIII. Diretor de Gestão da Qualidade no Ramo Estudantil IEEE UFJF. Possui certificação de Especialista em Growth, Black Belt em Lean Six Sigma, Scrum Master pela Voitto e Product Management pela PM3. Especialista em SEO, ex-coordenador do blog da Voitto, gosto de quebrar paradigmas e desafiar limites usando a tecnologia e a comunicação.

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