O Toyotismo, também conhecido como Sistema Toyota de Produção, é um sistema de produção industrial desenvolvido pela Toyota, uma montadora de automóveis japonesa.
Ele se baseia em princípios como a eliminação de desperdícios, produção just-in-time (produzir somente o necessário, quando necessário) e envolvimento dos trabalhadores em melhorias contínuas.
O Toyotismo é conhecido por sua eficiência na fabricação, redução de custos e capacidade de se adaptar às mudanças nas demandas do mercado. Foi uma influência significativa na evolução da produção industrial em todo o mundo.
Contudo, você sabia que o Lean Seis Sigma é baseado no sistema Toyotismo?
Ficou interessado em aprender mais sobre? Continue lendo este artigo, separamos alguns tópicos para auxiliar seu aprendizado:
Vamos à leitura?
O Toyotismo é um sistema de produção que consiste em produzir sob demanda através da manufatura enxuta.
Este sistema foi criado por Taiichi Ohno no Japão, um funcionário da Toyota que tinha o objetivo de eliminar os desperdícios durante o processo de produção e também diminuir a quantidade de produtos em estoque.
O Toyotismo passou a ser amplamente conhecido e usado em vários países a partir das décadas de 1960 e 1970, junto ao aumento do consumo da população, o surgimento do neoliberalismo e todas as influências que a globalização trouxe.
Inicialmente, o Toyotismo foi desenvolvido para a indústria automotiva, mas com o tempo passou a ser utilizado dentro de vários outros setores.
Existem alguns princípios que servem como base do Sistema Toyota de Produção. Vamos conferir os principais a seguir!
A automatização se refere ao uso de máquinas que conseguem trabalhar de maneira automática, com pouca interferência de um funcionário.
Desta maneira, um colaborador consegue trabalhar com mais máquinas ao mesmo tempo, diminuindo os custos de mão-de-obra e aumentando a produtividade.
A metodologia Just in Time está relacionada com a produção puxada e consiste em definir a hora correta para produzir, transportar e comprar. Consiste em antes determinar a demanda do produto, para só depois produzi-lo.
A ideia do Just in Time contribuiu muito para a redução do estoque de produtos acabados e matéria-prima em processo,, um ponto muito importante para as fábricas japonesas devido a sua limitação de espaço físico.
O Kanban vem como uma forma de gestão visual para colocar em prática os princípios do Toyotismo.
Através de um sistema de etiquetas (ou post-it), o Kanban é ágil e visual, permitindo gerenciar as tarefas com grande velocidade.
Ele funciona basicamente com um quadro separado por colunas com cards coloridos, que permite uma fácil visualização por todo o time.
Vamos entender melhor o contexto que o Toyotismo foi criado e o porque ele foi tão importante para a época?
O Toyotismo surgiu no Japão pelo engenheiro mecânico da Toyota Taiichi Ohno (1912-1990). Ohno começou a trabalhar na Toyota em 1932 e desempenhava a função de diretor e especialista em produção.
Durante esse período percebeu-se a necessidade de adequação de um sistema de produção para a realidade econômica e social do Japão, quando o engenheiro Eiji Toyoda (1913-2013) visitou plantas da Ford nos Estados Unidos na década de 1950.
Toyoda percebeu que o modelo de produção industrial implementado pela Ford e que era também implementado em fábricas japonesas até a Segunda Guerra Mundial não era mais adequado para o Japão.
Para que a produção fosse viável, levando em conta o cenário do Japão, um país pequeno e que depende da importação de matérias-primas, era necessário criar várias adaptações no modelo atual.
Os custos com transporte e estoque eram muito altos e o Japão possuía um mercado consumidor relativamente menor quando comparado ao Estados Unidos.
Então, este novo modelo foi criado por Taiichi Ohno e Eiji Toyoda e foi adotado inicialmente por fábricas da Toyota no Japão por volta de 1970.
Foi possível observar muitos resultados positivos na eficiência da produção e redução de custos. O sistema Toyotista passou a ser difundido para diversas outras localidades, e até mesmo empresas que utilizavam o modelo Fordista passaram a utilizar o Toyotismo.
E falando nisso, vamos aproveitar e conferir as diferenças entre o Fordismo e Toyotismo? Separamos o tópico seguinte exatamente para isso! Vamos lá?
De maneira geral, os dois sistemas buscam melhorar o processo produtivo nas indústrias. Desta maneira é possível aumentar a produtividade e o lucro das empresas. Porém os dois sistemas possuem formas de atuação bem distintas.
O Fordismo foi criado por Henry Ford tem o foco principal a produção em massa, através do auxílio das máquinas. Além disso, o Fordismo tem como cultura manter alto estoque para ter qualquer produto a pronta entrega.
Um ponto importante a se destacar é que a produção em larga escala tende a diminuir os custos de produção.
Porém, isso afeta diretamente no controle de qualidade do produto, que é reduzido através da escolha de matéria-prima mais barata. Desta maneira, podemos concluir que a proposta do Fordismo é a quantidade e não a qualidade.
Por outro lado, o Toyotismo tem uma forma de trabalho bem distinta, sendo que a produção só começa depois que existe a demanda, evitando estoques e desperdícios.
Outro ponto divergente entre os dois sistemas é que o Fordismo possui um operador fixo para cada processo, enquanto o Toyotismo procura o conhecimento geral de todos os operadores em todos os processos.
Dessa maneira, os funcionários podem trabalhar no processo que estiver com mais demanda, não ficando ocioso quando a demanda não existe.
Agora que você já sabe o que é o Toyotismo e sua diferença para o Fordismo, vamos conferir alguns pontos importantes sobre a aplicação do Toyotismo?
O Toyotismo implantou várias inovações no modo de produção por todo o mundo. O princípio da produção conforme a demanda e a redução de estoques fez com que a matéria-prima fosse melhor utilizada e os desperdícios fossem evitados.
A flexibilização da produção permitiu que os produtos fossem produzidos de maneira personalizada, como é o caso de automóveis e diversos outros produtos que são personalizados para os clientes.
Os processos também passaram a ser mais otimizados e tecnológicos, melhorando drasticamente a produção.
Além disso, o fato da mão de obra ser qualificada e multifuncional garante maior autonomia para o entendimento de todo o processo por parte do funcionário, ao invés de desempenhar apenas uma função.
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Thiago é engenheiro de produção, pós-graduado em estatística e mestre em administração pela UFJF. Especialista Black Belt em Lean Six Sigma, trabalhou na Votorantim Metais e MRS Logística, onde foi gestor e especialista em melhoria contínua. Com certificações MOS® e Auditor Lead Assessor ISO 9001, atuou em projetos de consultoria e ministrou treinamentos e palestras em congressos como ENEGEP e Six Sigma Brasil. Professor nas áreas de Gestão e Empreendedorismo, é fundador do Grupo Voitto e mentor de empresas, dedicando-se à liderança executiva da Voitto, com a visão de torná-la a maior escola online de gestão do Brasil.
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