Você já ouviu falar de figuras e vícios de linguagem?
A depender do objetivo da apresentação e da intenção de uso de figuras de linguagem, elas podem ser bem-vistas. Os autores literários, por exemplo, fazem uso de figuras de linguagem que, muitas vezes, até viram uma característica de seus textos e poemas, para dar mais ênfase ao conteúdo e chamar a atenção do leitor.
Entretanto, já para você, que está no período ENEM, na faculdade ou no mercado de trabalho, os vícios de linguagem podem impactar negativamente seu desempenho em uma comunicação caso faça uso de forma frequente e indevida. As figuras de linguagem podem empobrecer sua fala, dificultar o entendimento dos ouvintes e ainda afetar a sua imagem!
Não vai me dizer que quer prejudicar sua, né? Percebeu o "né"? Calma! Não irei fazer uso de vícios de linguagem aqui (só quando exemplificar para você).
Ao final deste artigo, você saberá como identificar seus vícios de linguagem e como evitá-los em suas apresentações, preparado?
Com base na gramática vou te apresentar sobre os seguintes tópicos:
Pronto para a imersão?
Vícios de linguagem são usos frequentes e indevidos de figuras de linguagem na comunicação oral e escrita.
Mas você já se perguntou o porquê é chamado de vício? Um vício, por ser um hábito, é algo que você faz quase que automaticamente. E repete. É comum até esquecer que está falando de uma forma inapropriada, já que na nossa cultura, muitas vezes, esses erros de linguagem são incorporados no dia a dia,informalmente.
Uma tentativa de comunicação com vícios de linguagem pode te trazer prejuízos no ambiente de trabalho.
É importante você saber que no cotidiano esses vícios são até "aceitáveis", não há uma punição ou julgamento em relação a você. Entretanto, em ambientes mais profissionais, como no ambiente de trabalho, essa inadequada poderá trazer riscos para sua imagem na organização!
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Para você parar de vez por todas com vícios de linguagem, primeiro você precisa identificá-los!
Trouxe abaixo os principais tipos de figuras linguagem que podem impactar em suas apresentações:
Plebeísmo está relacionado ao uso de termos informais, como gírias e palavras de baixo calão.
Pense na situação de um início de apresentação de projeto na sua empresa você falar: "Mano, senta nessa cadeira".
Você está de terno na organização em que trabalha e usa a palavra "mano". Há congruência da vestimenta e do lugar com a linguagem que você utilizou? Será se o uso indevido dessa figura de linguagem não afeta a imagem dos ouvintes em relação a sua postura profissional (e quem sabe influencia no voto para aprovação ou não do projeto)?
O pleonasmo é referente a adição de uma palavra redundante. É quando uma palavra por si só já traz a informação e você repete dizendo o óbvio.
Imagine na preparação para uma apresentação de trabalho você dizer: "Vou precisar descer para baixo para buscar o datashow".
O verbo descer já indica algo abaixo de você. Caso você fosse buscar algo andares acima de você, usaria o verbo subir. Então não haveria necessidade de adicionar o "para baixo".
O uso inapropriado dessa figura de linguagem pode levar até mesmo a um desinteresse das pessoas presentes em assistir sua apresentação. Podem questionar seu nível de competência.
A ambiguidade acontece quando uma mesma frase, por erro de estruturação, pode sugerir mais de um sentido.
Você é assistente em um hospital de ortopedia e traumatologia e repassa a seguinte informação para a recepcionista: "O cliente que está sentado na cadeira quebrou o braço". O que foi quebrado?
Se foi o braço da cadeira, a indicação seria a recepcionista pedir para o financeiro o orçamento de outra cadeira. Afetaria a imagem da empresa com esse nicho manter uma cadeira nesse estado na recepção.
Caso o cliente tenha quebrado o braço, a recepcionista poderia encaminhar logo esse cliente para o setor específico.
Percebe o quão essa diferença de sentido afetaria a experiência de um cliente?
A cacofonia é quando na fala ou leitura de uma frase, uma junção de palavras gera um som desagradável. Há a geração, por exemplo, de palavras com sentido pejorativo ou obsceno.
Você é do RH e está em um conversa com seu gestor sobre uma funcionária que está almejando uma promoção. E você diz: "Ela tem fé de mais que vai conseguir a promoção no emprego."
É necessário um cuidado com o som produzido em algumas construções de frase. Sem querer você pode induzir a uma mensagem pejorativa e equivocada sobre alguém no seu ambiente de trabalho.
O solecismo ocorre quando há um na frase. Podem ser erros de concordância, colocação ou regência.
"Me encomenda um café, por favor?"
Imagine você, em cargo de liderança na sua empresa (logo, com imagem a zelar e como referência de exemplo para demais), usar a concordância de forma inadequada.
Que repercussões isso pode gerar? Um funcionário em contato direto com cliente pode se achar liberado a usar essa forma informal de fala na empresa e depois repetir no contato com clientes. E se o cliente em questão gostar de formalidade? Ele pode relacionar uso de linguagem informal como sinônimo de não confiança no trabalho sério da empresa.
O gerundismo consiste no uso excessivo de verbos no gerúndio. Verbos nessa forma verbal indicam ações que estão em curso. E qual sensação dá vários verbos juntos indicando ações que estão ocorrendo?
Imagine você telefonista transmitindo a seguinte mensagem ao cliente: "Estou anotando sua solicitação, vou estar encaminhando pro setor específico do seu produto para eles estarem resolvendo seu problema."
Um cliente que liga para um call center, em geral, já está estressado por algum erro no seu produto e se irrita também com a demora no atendimento. O quão somente ouvir sobre atividades em andamento, mas a ligação ainda não ter terminado e nem ter uma solução concreta pode gerar na experiência do usuário?
É o chamado falar, mas onde está o resultado?
Barbarismo é referente ao uso de uma palavra com divergência em relação à norma culta. Pode ser diferença na grafia ou pronúncia, por exemplo.
Imagine você ao assinar o documento de contratação, perguntar: "Onde coloco minha rúbrica?". A pronúncia e grafia correta é "rubrica".
E se você for o responsável, posteriormente, a assinar contratos com clientes e sempre usar a fala: "Coloque sua rúbrica aqui"... será que o seu contratante não terá dúvidas se é bom ou não contratar você? O funcionário é a imagem da empresa e o português adequado é importante no mundo de negócios!
O primeiro passo para quem quer corrigir vícios de linguagem é conhecer seus tipos. Como arrumar algo que não conhece ou não sabe identificar?
Nessa dica você já deu o primeiro passo! Entretanto, existem mais tipos de figuras de linguagem e vícios e muito mais exemplos que podem te ajudar nessa identificação.
Você já deve ter notado que as gramáticas são volumosas. Portanto, estude!
Quanto maior seu conhecimento, menos vícios de linguagem estarão presentes em sua fala.
Exatamente isso. Fale e escreva! É somente com a prática que você terá o conhecimento e percepção sobre seu modo de comunicação. Assim, será mais fácil identificar quais os vícios de linguagem que mais utiliza (e focar na eliminação deles!)
Esse autoconhecimento não permitirá só você saber as suas tendências de vícios, mas também ajudará a identificar em quais momentos elas mais ocorrem.
Atenção! Em geral, os vícios de linguagem acontecem nos momentos de transição de slides ou assuntos em uma apresentação. Por quê? Porque comumente você só planeja o conteúdo, não as transições. Logo, é nessa pausa, nesse pensar no que falar que "passa pela sua cabeça" essas expressões usadas no dia a dia.
Portanto, escreva um roteiro e treine sua apresentação. Inclua os momentos de transição nesse planejamento. Estude. Pratique. Prepara-se!
Ao se expor a situações de fala e escrita pode ser que alguns de seus vícios não sejam identificados por você! Sim, nós temos pontos cegos sobre nós mesmos.
Sabe quando seu amigo diz que você fala muito "tipo" e você diz que nunca percebeu? Geralmente acontece quando isso é tão natural para você que já é automático, por isso a necessidade da ajuda do outro, de um olhar externo.
Quando for falar ou escrever algo como teste, se possível, peça para seu amigo dar um feedback a você. A ajuda na identificação ajuda a encontrar bem mais vícios de linguagem.
E não só em testes... no dia a dia mesmo! Combine com seu amigo para avisá-lo quando em alguma situação cotidiana você fizer uso de vícios de linguagem.
Vocês decidem que sinal vão escolher para que você se atente que está usando de forma inapropriada os vícios de linguagem. O importante é que esse essa estratégia te ajude a identificar os vícios de linguagem na hora em que ocorrem, para que a correção seja instantânea.
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Você percebeu o quão uma comunicação sem vícios de linguagem impacta positivamente na compreensão da mensagem que você quer passar e na sua imagem profissional no ambiente de trabalho.
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Grad. em Psicologia (UFMA) e Pós-Grad. em MBA Gestão Estratégica de Pessoas (ESTRATEGO). Experiência de mais de 3 anos em Empresa Júnior, onde assumiu 4 cargos de liderança: Diretora, Vice-Presidência, Presidência e Conselho Fiscal. Participante de Grupo de estudos e pesquisas sobre trabalho e subjetividade. Formação Master DISC Fundamental com Tecnologia para Gestão de Perfil. Apaixonada pela Psicologia Organizacional e gestão de negócios, com foco em carreira e desenvolvimento pessoal e profissional de líderes. Atua no RH do Grupo Voitto, com ênfase em gestão de pessoas.
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