A capabilidade do processo são métricas, ou KPIs, que fazem parte da metodologia de melhoria contínua, onde se projeta a possibilidade do processo em atender as expectativas dos clientes.
O meio de chegarmos até ele é pelo Controle Estatístico de Processos (CEP), uma ferramenta estatística que possui como objetivo controlar os resultados de um processo entregando a menor variabilidade possível.
O CEP é muito empregado em projetos Seis Sigma por favorecer a conquista de constantes retornos financeiros através da manutenção do desempenho conquistado por projetos de melhoria que alcançaram estes novos indicadores.
A própria métrica Seis Sigma não deixa de obedecer esta mesma premissa, onde a existência de apenas 3,4 defeitos por milhão de oportunidades (DPMO) é resultante de processos com este nível de performance.
Mesmo que projetos Seis Sigma não necessariamente busquem um desempenho dessa metodologiaem seus processos, de qualquer forma, eles procuram sempre elevar e controlar seus resultados conforme os objetivos estratégicos do projeto e os fundamentos do CEP, respectivamente.
Neste artigo você aprenderá:
Continue lendo o artigo e confira!
A capabilidade do processo é a habilidade de se gerar produtos dentro de uma faixa de especificação definida pela empresa ou pelo cliente.
Assim, o estudo de capabilidade do processo é feito por meio da comparação da faixa característica, que mostra como ele se porta na prática, com a faixa de especificação, dada pelo limite inferior e o limite superior.
Dessa forma, para apresentar uma boa capacidade, o processo deve estar dentro dos limites de controle, como mostra a imagem acima.
Ok, mas como isso se dá na prática?
Na prática, a capabilidade do processo é dada em função de um grupo de índices de capacidade que avaliam o quanto o processo está apto a atender às necessidades e expectativas do cliente. Aí, você deve estar se perguntando…
O principal motivo é melhorar a experiência do usuário através do controle e análise de cada etapa que constitui um processo, de acordo com as expectativas do consumidor. É fundamental para garantir a satisfação do cliente, um processo meticuloso que de enfoque nos detalhes que garantirão uma padronização no produto final.
Mas para entender melhor como funciona, veja alguns índices utilizados pela metodologia!
Há quatro índices que podem ser utilizados para a análise da capabilidade do processo, os quais são:
A razão (índice) da capacidade do processo - Cp, pode também ser interpretada da seguinte forma:
Ou seja, como a porcentagem da faixa de especificação usada pelo sistema.
Além dos explicados acima existe, também, o índice de performance de centralização do processo, Ppk, que analisa a relação da centralização da amostra com a especificação.
Enquanto o Cpk é importante para uma análise do curto prazo, o Ppk possibilita uma visão do longo prazo, considerando o histórico do processo.
E se eu dissesse que é possível se tornar um expert em resolução de problemas com apenas uma metodologia?
Para isso existe o método DMAIC - Definir, Medir, Analisar, Melhorar (Improve) e Controlar. Este processo é um dos mais usados atualmente por sua eficiência nos processos. Quer aprender e ser capaz de gerenciar projetos com altos resultados?
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Uma das perspectivas de análise resultantes do CEP é quanto a capacidade e a capabilidade do processo produtivo ser eficaz. Enquanto a capabilidade do processo é reconhecida pela abreviatura e variável CP e busca medir a capacidade potencial do processo, a capacidade CPK mostra o real desempenho do processo.
Você sabe a diferença entre exatidão e precisão?
Ser exato é permanecer no alvo, porém, não levando em consideração a dispersão dos dados. Ser preciso é a capacidade de atingir com constância resultados muito próximos um do outro, contudo, não levando em conta a localização central destes dados perante o alvo almejado.
Isto é, a capabilidade do processo (CP) mede a do processo: a capacidade potencial alcançada envolvendo apenas seus níveis de variação. Já a capacidade CPK vai um pouco além: ela representa a capacidade real do processo de permanecer e também preciso.
Para se tomar como exemplo, um processo com indicador CPK igual a 2 corresponde aproximadamente a um processo nível 6 Sigma - que entrega apenas cerca de 3,4 DPMO.
Sobre os valores de Cp e Cpk pode-se concluir que se Cp = Cpk, o processo é exatamente centrado, quando Cpk < Cp, o processo está descentralizado para algum dos lados e quanto maior essa diferença, mais descentralizado está o processo.
Um processo vai ser tido como capaz quando 6 desvios padrão (99,74%) ou mais do seu processo couberem entre os limites especificados (Cp e Cpk ≥ 1), mesmo não estando perfeitamente centralizado.
Na indústria, geralmente o valor exigido para Cp e Cpk é ≥ 1,33.
Além disso, quanto mais estreita é curva do gráfico, maiores são os índices de Cp e Cpk e menores são as variações, o que permite concluir que o processo está apresentando desempenho satisfatório.
Agora imagine um processo que apresenta tanto o Cp, quanto o Cpk baixo. Apesar de a distribuição ser centrada, a variação excederá os limites de especificação e o processo será classificado como incapaz.
Já no caso em que o Cp é alto, enquanto o Cpk é baixo, apesar de haver pouca variação em relação à faixa dos limites de especificação, a distribuição não está centrada. Assim, o processo também se mostra incapaz.
Assim, ao analisar a capabilidade do processo, é necessário que o processo esteja centralizado e apresente baixa variação em relação aos limites de especificação para ser considerado capaz.
Tá, mas como eu começo? É bem simples, mas trabalhoso. Isso requer um bom conhecimento de como realizar coleta de informações e análise. Então se liga nesses tópicos para te guiar na aplicação do controle de capabilidade:
As Cartas de Controle contam com as medições obtidas do processo, os limites de especificação e controle pré-estabelecidos, além do alvo a ser atingido. Com estas informações alocadas em um gráfico, ao longo da coleta de amostras e do seguimento do processo, os próprios operários conseguem manter o processo estável ajustando-o quando recomendado.
Todavia, a ferramenta que sugere a execução de ações preventivas para manter o processo sob controle e estável, como vimos, chama-se Controle Estatístico de Processos (CEP).
É através dela que a companhia pode adotar técnicas estatísticas para intervir no processo de modo efetivo com o apoio das informações contidas nas Cartas de Controle.
O CEP pode ser considerado, assim como o Seis Sigma, como um excelente sistema de medição de desempenho que, com base em um histórico de dados obtidos perante ferramentas primárias - como o caso das cartas de controle, o levantamento de informações e indicadores de análise mais apurados se mostra convidativo e oportuno.
Afinal de contas, sem um sistema de indicadores de desempenho não existe a possibilidade de analisar o progresso de desempenho de determinado processo e justificar a necessidade de investimentos, não é mesmo?
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Um Projeto Lean Seis Sigma deve ter o objetivo de resolver um problema de difícil solução, ou seja, não gaste esforço realizando um projeto para um problema que podemos resolver utilizando um PDCA ou simplesmente “ver e agir”. Para isso este Checklist foi planejado e criado para que você alcance resultados na prática e se organize para atingir a excelência operacional.
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Thiago é engenheiro de produção, pós-graduado em estatística e mestre em administração pela UFJF. Especialista Black Belt em Lean Six Sigma, trabalhou na Votorantim Metais e MRS Logística, onde foi gestor e especialista em melhoria contínua. Com certificações MOS® e Auditor Lead Assessor ISO 9001, atuou em projetos de consultoria e ministrou treinamentos e palestras em congressos como ENEGEP e Six Sigma Brasil. Professor nas áreas de Gestão e Empreendedorismo, é fundador do Grupo Voitto e mentor de empresas, dedicando-se à liderança executiva da Voitto, com a visão de torná-la a maior escola online de gestão do Brasil.
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