Muitas empresas já perceberam que a imagem de sua marca precisa estar associada a diversos aspectos para que ela seja conhecida em toda parte e isso deve ir muito além do produto ou serviço que oferece. Para ajudar nesse ponto, nasceu o Sistema B.
Criado nos Estados Unidos, esse é um método de certificação que busca apoiar iniciativas de empresas que voltam seus esforços para a resolução de problemas relacionados ao cunho social e ambiental.
Empresas que pensam muito além do lucro normalmente são as consagradas com o selo Sistema B.
Se você quer entender mais a fundo como funciona esse modelo de reconhecimento do papel social e ambiental das empresas, confira este artigo. Nele você saberá mais a fundo detalhes sobre as seguintes questões:
● O que é Sistema B?
● Qual a história do Sistema B?
● Diretrizes para fazer parte do Sistema B.
● Principais práticas do Sistema B.
O Sistema B é um movimento global que tem por finalidade identificar, reconhecer e incentivar empresas que se importam com o seu impacto socioambiental, além de buscarem apenas o lucro.
Essa é uma iniciativa sem fins lucrativos reconhecida por todo o mundo. Afinal, é uma Organização Não Governamental (ONG) que tem critérios de avaliação rígidos, que dão mais credibilidade às empresas reconhecidas.
Assim, mostram os seus altos padrões de desempenho e a atuação no mercado voltada para solucionar problemas.
Além disso, uma entidade ao ser certificada como Empresa B passa a ser parte de um ecossistema de organizações reconhecidas. Entre elas estão a Natura, a Ouro Verde Amazônia e outras mais de 2.500 instituições.
Desse modo, para que o Sistema B seja efetivo na empresa é necessário uma gestão sustentável baseada no tripé da sustentabilidade empresarial.
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Quer saber mais como surgiu esse projeto? Confira a história do Sistema B no próximo tópico.
O surgimento do Sistema B foi no ano de 2006 e seu fundador foi Jay Coen Gilbert. Nesse ano, o empresário vendeu uma loja de materiais esportivos que já possuía há mais de 10 anos e percebeu que muitas das boas práticas da organização foram extintas com a mudança dos donos.
Apesar de o lucro ter crescido surpreendentemente, o impacto social causado pela organização não era o mesmo.
Desiludido com o que estava acontecendo, Gilbert decidiu encontrar um novo propósito e criou uma fórmula de negócios que visava as repercussões positivas no meio ambiente e na sociedade.
Com o passar dos anos, a iniciativa se popularizou nos Estados Unidos e as empresas que tinham interesses parecidos nesses quesitos começaram a se unir, tornando cada vez mais popular o Sistema B.
Em 2011, o movimento chegou à América Latina através do Chile. Dois anos depois, Argentina, Brasil e Colômbia também já estavam na lista de países que adotaram o Sistema B.
Agora com certeza você está em dúvida de quais são as diretrizes para fazer parte do Sistema B. Não se preocupe, no próximo tópico você encontrará essa resposta.
Para fazer parte do Sistema B, mais do que se preocupar com a comunidade e o meio ambiente, a empresa precisa demonstrar os seus resultados nesses âmbitos. Para isso, foi criado o processo de Avaliação de Impacto B.
Esse mecanismo consiste em um questionário com cerca de 200 perguntas, que perpassam por temas de igualdade de gênero, projetos sociais, foco no bem-estar de colaboradores e comunidade, entre diversos outros quesitos importantes.
Após essa fase, também é necessário que um membro da equipe Lab B, que comanda o processo de concessão do certificado, tenha reuniões com os diretores das empresas para o entendimento mais global das suas atuações na prática.
O processo de certificação pode durar de seis a vinte e quatro meses, a depender da complexidade dos modelos de negócio das organizações que pleiteiam a participação nesse ecossistema.
Se você ainda tem algumas dúvidas sobre o Sistema B e a certificação das empresas, separamos os detalhes mais importantes que você deve conhecer. Veja a seguir.
Por ainda ser considerado um mecanismo de certificação pouco conhecido, algumas dúvidas sempre surgem. Por isso, separamos as principais questões que envolvem o Sistema B e a sua certificação na prática.
O Sistema B tem como um de seus pilares a melhoria contínua dos processos e a evolução do impacto social.
Por isso, uma empresa B é reavaliada a cada três anos. Para isso, o mecanismo de coleta de dados é também o questionário utilizado na primeira etapa da certificação.
Dessa maneira, a equipe Lab B consegue ter medidas comparativas da evolução temporal da atuação da empresa.
Além disso, ocorre anualmente um sorteio que escolhe aleatoriamente organizações parceiras para uma reavaliação.
Assim, é possível fazer com que todas as empresas estejam sujeitas a uma vistoria de seus processos a qualquer tempo.
A resposta é sim, desde que a instituição possua mais de um ano de funcionamento e as suas atividades não sejam divergentes com aquilo que a ONG prega.
Exemplos de empresas que não cumprem esses quesitos são o setor de tabaco e também o bélico
Para começar o processo de certificação do Sistema B, o primeiro passo é o preenchimento do questionário disponibilizado pelo movimento em sua página oficial.
Cada uma das 200 questões vale 1 ponto. Para que a empresa siga para as próximas fases é necessário obter nessa etapa o mínimo de 80 pontos.
Assim, será necessário comprovar as respostas dadas através de documentos, dados e análises internas e externas da organização.
Feito isso, a empresa já pode passar para a última etapa: a entrevista com os gestores. Nela, além dela ser um momento para entendimento mais profundo, também será a ocasião onde as instruções serão passadas.
Um relatório com boas práticas é normalmente apresentado e o mesmo tem como referência todos os dados coletados nas fases anteriores. Assim, os planos de ação para a melhoria contínua seguem traçados.
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Thiago é engenheiro de produção, pós-graduado em estatística e mestre em administração pela UFJF. Especialista Black Belt em Lean Six Sigma, trabalhou na Votorantim Metais e MRS Logística, onde foi gestor e especialista em melhoria contínua. Com certificações MOS® e Auditor Lead Assessor ISO 9001, atuou em projetos de consultoria e ministrou treinamentos e palestras em congressos como ENEGEP e Six Sigma Brasil. Professor nas áreas de Gestão e Empreendedorismo, é fundador do Grupo Voitto e mentor de empresas, dedicando-se à liderança executiva da Voitto, com a visão de torná-la a maior escola online de gestão do Brasil.
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